CAPÍTULO 1

936 Words
James Smith Construí um império do nada junto com o meu irmão Adam. Se foi fácil? Claro que não, afinal nunca é fácil crescer na vida. Levamos muitos "nãos" na cara e já cansados de correr atrás dos outros para realizar nosso sonho, decidimos inovar por conta própria. Meu irmão é um excelente engenheiro e eu um excelente administrador e com o pouco dinheiro que tínhamos mais um belo empréstimo no banco, criamos o Grupo Smith Empreendimentos. Depois do nosso primeiro projeto, que ganhamos através de uma licitação, ninguém mais nos segurou. Aquela foi a nossa chance, aquela que a vida só dá uma vez, e aproveitamos da melhor maneira possível. Fizemos amizades com pessoas importantes da área, que poderiam nos abrir portas, e hoje com muito trabalho e muitas noites em claro trabalhando, nos transformamos em uma potência mundial. Todos sabem da nossa existência, somos considerados leões na nossa área de atuação e ninguém tem coragem de entrar no nosso caminho, pois, passo por cima de quem tentar. Uma das primeiras coisas que meu irmão e eu fizemos foi comprar uma belíssima casa para os nossos pais. Eles mereciam depois de tudo o que fizeram para nós, afinal nos criaram e sempre apoiaram nossos sonhos. Tive o prazer de ver minha mãe se divertindo fazendo compras, coisa que ela não podia fazer antes, pois, tinha que contar cada centavo que papai ganhava para não faltar comida no dia seguinte. Respeito e admiração era tudo o de mais importante que sentia pelos meus pais. Com o passar dos anos, os dois se tornaram tão importantes e influentes quanto eu e meu irmão. Demos esse poder a eles que mereciam. Como todo homem que tem dinheiro e poder tem que ter herdeiros, com o passar dos anos nossos pais tiveram a excelente ideia de arrumar esposas perfeitas para seus filhos, para cumprir esse papel. Mas tinha um pequeno probleminha nessa história, não queria me casar de jeito nenhum porque era apaixonado por Madalena, a filha da nossa empregada, e ninguém desconfiava de nada. Madalena era a mulher que invadia meu quarto durante a calada da noite e me tirava o estresse do dia. A b****a mais deliciosa que já comi. Ela foi a primeira virgem que deflorei, o que fez com que ficasse mais louco por ela. Mais um certo dia, cheguei cansado do trabalho e ao entrar em casa dei de cara com papai e mamãe acertando os últimos detalhes de um casamento imposto por eles. Compromisso o qual não queria honrar, mas também não poderia dizer não. Meu pai já tinha dado sua palavra ao pai da pobre coitada que seria entregue a mim em casamento. A palavra de um Smith é lei e não se pode voltar atrás. Quando apertei a mão do meu futuro sogro selando o compromisso, vi ao longe minha adorável Madalena derramando a primeira lágrima de muitas que ela derramaria por mim daquele dia em diante. Diferente de mim, meu irmão aceitou seu casamento muito facilmente e logo foi o primeiro a se casar com uma belíssima mulher chamada Abigail. Depois do sim, diante de Deus, no altar da igreja, ela passou a carregar o peso do sobrenome Smith nas costas. E que o próprio Deus a ajudasse porque apesar da aparência de bom moço e empresário de sucesso, conhecia bem meu irmão. Eu sabia que ele não seria homem de comer uma b****a só pelo resto da vida. A coitada da minha cunhada com toda certeza iria derramar algumas lágrimas ao longo da vida porque divórcio não estava no vocabulário de um Smith. Minha esposa, Amélia, foi escolhida a dedo pelos meus pais para esse casamento. Filha de um homem rico com muitas posses, a esposa perfeita. Não foi difícil convencer o pai da pobre moça a me dar sua preciosa filha em casamento com o único objetivo de gerar um herdeiro. Mas, é claro, que essa parte meu pai ocultou do homem e da moça que se casou dizendo que já estava apaixonada por mim. Grande erro da sua parte, pois, não sou mais capaz de amar ninguém. Acabei com suas esperanças logo na noite de núpcias depois que a deflorei, é claro. Não podia correr o risco dela se negar a ir para cama comigo. Disse a ela com todas as letras qual era o motivo principal do nosso casamento e ela ficou arrasada. Devo confessar que ver seu estado me incomodou mais do que queria admitir. Outra coisa que fiz, foi levar Madalena para morar conosco com a desculpa de que ela seria nossa empregada. Mas ela era tudo o que precisava para suportar meu casamento. No começo, Madalena tentou resistir e sempre me dispensava, mas fui insistente e ela acabou cedendo. Ela se transformou em minha amante e Amélia não desconfiou de nada por meses. Com o passar do tempo, minha esposa aceitou o seu papel e parou de me encher o saco com a mesma história de sempre, dizendo que queria que eu amasse. Ela deve ter desistido depois que viu que sua insistência não iria dar em nada. Meses depois do nosso casamento, Amélia engravidou do nosso filho Carlos e foi aí que tudo mudou. Fiquei muito feliz com a notícia de que finalmente teria um filho e ela passou a se dedicar integralmente ao menino. Essa criança, na vida dela, foi como um consolo do casamento fracassado que ela tinha, segundo suas próprias palavras. Amélia exigia uma coisa que não estava disposto a dar a ela e divórcio estava fora de cogitação. Estávamos amarrados um ao outro pelo resto de nossas vidas.
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