Capítulo 3

432 Words
• Cascavel • A parada comigo era bem reta. Vacilou, vai ser cobrado, não importa quem seja. Se é família, amigo ou parceiro da correria, vacilou vai ser cobrado do mesmo jeito. Foi com esse pensamento que joguei a v*******a da Analice na tortura do galpão lá pro interior, por volta de Itatiba, bem no meio do mato mermo, pra ninguém descobrir o que rola lá dentro. A filha da p**a fez a pior m***a que ela poderia ter feito na p***a da vida dela. Se envolveu com o c*****o do inimigo, bem logo com o GL. O filho da p**a tava sempre aqui em São Paulo pra botar terror aqui nas favelas. Tava né, até o filho dele m***r ele com cinco tiros na testa. Menor foi brabo, e hoje fecha aqui com nós. Não confio 100%, até por que era inimigo, mas ao longo dos tempos o menor tá mostrando que tá do nosso lado mesmo. Ele sabe que se trair a facção, a família roda junto com ele. Sem caô nenhum. Tigrão: Pô, cara, tua filha tem uma b****a gostosa do c*****o, irmão. - me encarou, e eu dei de ombros. Cascavel: Aquela lá deve tá mais arrombada do que tudo, carai. - dei risada, negando com a cabeça. Tigrão: Normal, pô. Que mina hoje em dia não tá arrombada? Tudo p**a essas garotas ai. Dei risada e fiz toque com ele, saindo da base do parceiro. Tava no Heliópolis, na casa do Tigrão. Parceiro comandava essa favelona toda. Todo final de semana eu brotava aqui pro baile do Helipa, o bagulho era o fluxo, mas nem tanto que nem a Dz7, o baile lá da minha quebrada. A parada fodia o final de semana todo. Era sexta, sábado e domingo tendo baile a madrugada toda, só lazer pô. Lá brota playba e patricinha pra c*****o, ainda mais do outro lado do muro, no bairro do Morumbi, só as cocota rica dando pro pai aqui, carai. Respeita né. Tigrão: Vou brotar lá em Osasco hoje, ver as crias. Nem dei mais papo, vazei legal daquela quebrada, e parti pra minha, por que tinha muito bagulho lá pra resolver. Chegando lá, já vi os crias nas lajes, só de tocaia, observando o movimento todo. Diferente lá do rio aqui os caras não ficavam desfilando com as armas pra cima e pra baixo, nós ficava nas lajes, só no sapatinho pra não dar na caô. Polícia brota direto aqui, ainda mais em dia de baile, mas a gente fica de boa na nossa, pra no final a gente não acabar caindo...
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