Reações

1866 Words
Apollo Spanos Olhar pela janela do meu quarto toda a propriedade da minha família e não poder sequer andar pelo jardim me irrita demais. Estava sentado na poltrona esperando pelo cuidador contratado para me auxiliar com o básico na minha higiene. Após muito esforço estava agora sentado na cadeira de rodas na academia da mansão, observava Atena treinando com Antônio e ver minha irmã mais velha dominando um homem quase que o dobro do seu tamanho me deixava orgulhoso. Principalmente por saber que ela não é indefesa e com toda certeza ela derrubará qualquer um que se atrever em machucá-la. Diferente de minha irmã Gaia, que está atrelada a uma promessa de casamento e a vemos definhar dia após dia, sofrendo por não poder ficar com o homem que ama. Adoro as minhas irmãs e vê-las ressentidas com o nosso pai e mãe é algo que não me agrada. A cadeira de chefe da máfia grega é de responsabilidade de Atena por ser a mais velha, mas por algum motivo meu treinamento é diferente dela, é como se meu pai treinasse a mim para assumir o seu lugar quando chegar a hora. O fato de estar justamente quase inválido em uma cadeira de rodas é porque acabei cometendo um erro. Olhar para a minha irmã deixando o Antônio com cara de i****a traz as lembranças do que aconteceu em Paris há três meses. Estava tudo ocorrendo como o planejado, nossos homens haviam encontrado o esconderijo do Jacques e Faína já havia tirado Hugo de perto do i****a que estava dando problemas aos amigos da Laís. Meu pai viu a chance de que essa captura fosse minha primeira missão. Mas algo deu errado, capturar aquele hoje foi algo complicado e quando percebemos estávamos trocando tiros com outros homens que nem fazíamos ideia de quem era . Quando senti o impacto do tiro nas costas e o frio descer por minhas pernas, sabia que algo estava errado. Os homens que me acompanhavam foram rápidos no resgate e me levaram para um bom hospital, o problema foi ter que suportar o olhar magoado de minha mãe Bonnie. Ela abraçou a vida a qual o meu pai pertence, mas ela sempre se preocupou com a segurança dos seus filhos e temeu pela nossa vida. Ouvir o choro dela baixinho segurando a minha mão enquanto eu mesmo tentava processar que estava paraplégico. Os médicos haviam dito que se fizer fisioterapia e cumprir tudo à risca posso voltar a ficar em pé. Mas estou aqui preso em uma cadeira de rodas, dependendo da ajuda de outros e m*l sinto quando alguém toca no meu joelho. Ver Atena derrubar seu guarda costa outra vez é até engraçado. — Acho que devemos colocar alguém melhor para cuidar de você! — Digo vendo se aproximar da minha cadeira. — Deixe de exagero, Antônio é ótimo. — Vejo o soldado revirar os olhos e se afastar. — Estou sabendo que nosso pai viajou! — Exclamo tentando ver algo no delicado rosto de minha irmã ruiva. Antes que Atena possa dizer algo, olhamos Gaia realizando um pouco do seu treinamento ao lado de outro soldado. Ver a outra gêmea da minha irmã me faz sentir completo. Sempre fomos todos muito unidos, a nossa diferença de idade é de menos de dois anos, então crescemos juntos. Sem contar que crescemos ao lado de nossos primos, Alice, Bruna e Benjamin, filhos da tia Selma e tio Demétrius, o homem que mantém o cargo de conselheiro do meu pai e que deverá ser da minha irmã Atena até que escolha alguém para substituí-lo. — Sim e não faço ideia onde ele deva ter ido, saiu bem cedo. — Atena diz ao manter o seu olhar em nossa irmã. — Quero pedir algo a você! Viro em sua direção e aquele olhar triste que vejo no rosto de minhas irmãs desde que elas completaram dezesseis anos e nosso pai firmou o compromisso delas com o Joaquim Garcia e com o Matheus, surge em seu rosto. — Quero ajudá-la a se encontrar com o Arthur! — Suspiro pesado. Se dependesse por mim, minhas irmãs estariam com os homens que amam, porque Atena pode conseguir enganar nossos pais, mas não a mim, a vejo olhar triste para onde não deve. — Organize tudo, prenderei nosso pai em casa. — Digo olhando novamente para Gaia. — E Atena, acho que deveria contar para ela sobre seus sentimentos. O olhar surpreso surge no rosto da minha irmã e seguro a risada para não ofendê-la. O resto do meu dia foi basicamente ter que aturar o preparador físico que estava sempre no nosso complexo de treinamento, tentando fortalecer meus membros inferiores para tentar me pôr em pé. Mas ainda sentia muita insegurança em forçar a cirurgia que tem apenas três meses. Havíamos pesquisado por alguns bons profissionais para me atender, mas não encontramos ninguém disponível para cuidar do herdeiro grego. Aparente nosso sobrenome causa certo receio, então o fato é aceitar o que tenho disponível para mim. Já havia colocado todos os fisioterapeutas para correr, sempre que ele me faziam sentir dor desnecessária. Enquanto nosso preparador estava alongando a musculatura posterior da coxa, me olho para o meu reflexo. Sou tão parecido com o meu pai, herdando os seus olhos azuis e o seu rosto quadrado, deixo a minha barba baixa para dar algum chame, agora o tom ruivo da minha barba e dos meus cabelos puxei da minha mãe Bonnie. Enquanto minhas irmãs são uma cópia fiel de nossa mãe e sem contar que elas se esforçam para estarem sempre muito parecidas e dificultar serem reconhecidas. Posso ter apenas meus dezenove anos, mas acho que já me tornei o terror das mulheres de Santorini, minha mãe tem uma crise de raiva sempre que sai uma notícia nova minha com uma mulher diferente nos jornais locais. Mas não me importo de ter todas as mulheres que puder. Porque sei que quando meu pai me arrumar uma esposa, será apenas ela e farei o que for possível para a minha esposa se sentir amada. Quero um casamento apaixonado igual a dos meus pais, no nosso meio não tem história mais romântica do que foi de Alex Spanos e Bonnie Dimou a fantasma que ele perseguiu por cinco anos. Já era quase inicio de noite quando via o carro do meu pai e meu tio entrando pelos portões, ainda estava na academia me preparando para subir e ir tomar um banho para o jantar. O meu preparador fica na minha frente e não consigo enxergar quem havia chegado com meu pai. Interrompo o resto do treino que estava fazendo e peço para que me levem para casa, entramos pelo quarto que a tia Carol sempre fica quando vem para Santorini e ouço vozes vindo da sala, como estou molhado de suor e preciso realmente ir para o chuveiro entro no elevador instalado para ajudar a minha locomoção em casa. Como ninguém saiu para olhar o que estava fazendo, acredito que a visita não seja para mim, o que me tranquiliza, estou cansado de ver os outros sentindo pena de mim. Vendo o filho de Alex Spanos preso em uma cadeira de rodas. Isso estava me irritando demais, é como se para todos já fosse um inválido, o que não é verdade, apenas ainda não encontramos a pessoa certa para me fazer ficar em pé e forte novamente. Voltarei a ser aquele homem que está sendo treinado para ser o terror da máfia. De banho tomado e usando uma roupa um pouco mais confortável, saio do closet e olho para a Gaia deitada na minha cama olhando o seu celular com um sorriso enorme. — Se pudesse me jogaria em cima de você apenas para saber o motivo da sua felicidade… — Antes que terminasse de falar, ela estava pulando em meu colo na cadeira de rodas e me entregando o celular. — Não seja por isso, aqui estou. — Caio na gargalhada. Olho para o celular e vejo que ela estava trocando mensagens com o Arthur, tiro uma foto nossa com ela no meu colo e envio para o meu amigo, faço gosto do relacionamento deles, pena que ele não é m****o da First e meu pai insiste na sandice de casar Gaia com quem ela não ama. — Vim te buscar para jantar, nosso pai trouxe alguém para poder te conhecer. — Estreito os olhos na direção da minha irmã. — Quem? — Pergunto curioso e ajudo que ela desça do meu colo. — Saberá quando descer. — Se não fosse minha condição a colocaria no ombro e a jogaria aqui de cima. Mas não posso fazer nada a não ser descer ao lado da minha irmã que assim que passa pela porta do meu quarto a vejo se entristecer novamente. Para todos a casa Spanos é uma casa poderosa, que dá medo em qualquer um dos que tentam no machucar. Foi o que aconteceu com quem me feriu, mas o que ninguém vê é que por baixo da fachada que construímos minhas irmãs estão tristes, minha mãe mesmo muito apaixonada por meu pai continua muito ressentida com ele e agora minha condição mantém a família toda tentando me animar. Assim que chegamos me surpreendo de olhar para a Rafaela Sánchez, a fisioterapeuta que todos os atletas lesionados estão cobiçando. E que por telefone me disse não sem nem ao menos ouvir quem era. — Não a quero aqui! — Digo alto, assustando todos que estavam na mesa. Meu pai se ergue de sua cadeira e me olha diretamente. — Ainda bem que quem manda nessa família sou ela, então conforme-se que a trouxe. — Sustento o meu olhar no de meu pai e por fim desisto. Ele vai até a cadeira onde a senhorita Sánchez estava sentado e a faz levantar até onde estava. — Senhorita, perdoe-me, acho que fui um péssimo pai e não dei educação ao meu filho, deixe-me apresentá-la. — A vejo se aproximar e me surpreendo em ver o quanto ela é alta. Ela estava usando um vestido na altura do joelho e que p***a de vestido deixava o corpo dela marcado nos lugares certos, ela tinha um quadril avantajado e suas coxas grossas. Posso imaginá-la de pernas abertas, circulando a minha cintura enquanto a fodo nos equipamentos da academia, entrando fundo e forte dentro dela, enquanto a ouço gemer o meu nome pedindo por mais. Seus olhos revelavam que, assim como eu, ela estava atraída por mim. Senti um cutucão no meu ombro, olho para a minha irmã que aponta para minhas pernas e só então percebo estar e******o. O que não acontecia desde que levei o tiro. Fico um pouco constrangido, mas, na verdade, estava feliz com essa pequena reação. — Não se preocupe, é normal acontecer e pelo que vi você precisa apenas exercitar… — Ah, Rafaela, pode ter certeza que vou exercitar bastante. — Desculpe se fui rude, me chamo Apollo Spanos! Um sorriso surge no rosto dessa morena e a vi voltar para seu lugar rebolando a b***a linda que ela tem. — Se controla! — Ouço Atena sussurrar. — Pode ter certeza que não farei isso.

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