...um tempo depois...
Chegamos a uma chácara que tinha uma casa bem grande, e muito bonita por sinal. Todos descemos do carro:
- bem vindos, olha que linda essa casa. - minha mãe disse animada, Arthur rolou os olhos, mas a casa era realmente linda.
Peguei minha "pequena" mala, e quase não aguentei com ela, quando fui cair Rafael segurou minha cintura e a mala junto.
- quer ajuda?
- nao, obrigada. - puxei a mala e saí andando. Ouvi ele suspirando.
Talvez eu estivesse sendo um pouco grossa com ele, mas eu não queria mais problemas pro nosso lado, um baile estava se aproximando na Zona Sul e eu queria MUITO ir, espero de verdade que meu pai não barre, o que eu sei que vai acontecer.
Fui a primeira a entrar na casa, estava cheirosa, limpa e bem arrumada, parecia ter acabado de passar pessoas por ali, vi as imensas escadas e desanimei, eu não ia conseguir subir minha mala.
- ARTHUR. -Gritei seu nome que apareceu ali carregado de malas.
- de quem é essas malas?
- da Raissa. - fechei minha cara.
- o que tu queria?- ele perguntou subindo as escadas.
- nada. - rolei os olhos e puxei minha mala, fui a puxando degrau por degrau, quando eu estava na metade Rafael me viu de lá debaixo e riu.
- não quer ajuda mermo?
- aff...por favor. - eu disse e ele sorriu, subiu correndo e pegou minha mala, subindo, subi atrás e entramos em um dos quartos.
- obrigada. - eu disse e ele me olhou se aproximando.
- nada que um beijo não pague.
- nem vem. - ele riu baixo.
- eu sei que tu gosta desse lance proibido morena. - eu ri.
- vai se achando mesmo Rafael.
- eu posso. - ele virou as costas pra sair, mas logo se vieou rapidamente e me puxou pela cintura me prensando contra a porta e meu corpo. Senti seus lábios selarem os meus...pq eu amava tanto aquele beijo?
Correspondi envolvendo meus braços pelo seu pescoço, ele apertou de leve minha cintura e logo ouvimos batidas na porta.
- QUEM TA AI?- ouvi meu pai, nos soltamos rapidamente e Rafael estava branco...
- eu pai. - eu disse.
- ta...por acaso vc sabe onde o Arthur HELOÍSA? -Ele disse com a voz desconfiada.
- não, eu to me arrumando.
- ta, vou te esperar aqui do lado de fora. - ele disse e vi por baixo da porta que seus pés ainda estavam lá.
Fomos ver pela janela e era muito alto de lá.
- como eu vou sair daqui?
- se vira, eu não quero que ele me veja aqui com vc, ele mata nós dois.
- e vc acha que eu quero morrer?
- a culpa é sua.
- minha? Eu so quis ajudar. - ele disse sussurrando...
- entra embaixo da cama.
- ah, isso não é meio óbvio Heloísa?
- é...ta...no banheiro. - empurrei ele pra dentro do banheiro e fechei a porta...abri a do quarto e meu pai me olhou.
- que demora.
- tava conhecendo o quarto, é lindo.-ele me olhou desconfiado.
- vamos descer, a Bruna e sua mãe tão fazendo o almoço. - assenti e descemos juntos.