Olivia Fernandes
A luz da lua nos envolvia em uma atmosfera quase mágica, criando um ambiente surreal enquanto eu e Dante permanecíamos parados na varanda, trocando olhares que transbordavam devoção. Ele esperava por um sinal meu. Agora, mais do que nunca, ele queria ter certeza de que o que estávamos prestes a fazer era a coisa certa.
O silêncio que pairava entre nós era quase torturante. Eu guardava para mim todos os pensamentos que se atropelavam na minha cabeça. Eu o desejava com cada parte do meu ser. Queria ser a garota destemida e ousada que sempre imaginei — e invejei.
Mas não sabia se conseguiria evitar a culpa esmagadora que poderia vir depois, enfrentando as consequências dos meus atos. Ainda assim, mesmo hesitante, minha mente analítica começou a pesar as possibilidades.
— Nós podemos nos conhecer melhor essa noite, sem muita pressão… — Ele disse, como se pudesse ler meus pensamentos.
Sorri, sentindo uma antecipação crescer em mim, mas sem ainda expressar todos os pensamentos pecaminosos que me invadiram, lembrando-me de todos os romances quentes que já tinha lido.
— Eu tenho algumas ideias — aproximei-me do seu ouvido, falando baixo, sentindo meu corpo inteiro vibrar quando ele inclinou a cabeça na minha direção — Você pode me mostrar algumas coisas… coisas que gosta de fazer.
Ele envolveu-me em seus braços, movendo minha franja para trás da orelha, expondo mais meu rosto. Seus dedos deslizaram pela minha bochecha, acariciando levemente meu lábio inferior. Ao sentir seu toque lânguido, uma onda de coragem me tomou.
Abri os lábios, permitindo que o dedo dele tocasse levemente minha boca. E então, com uma audácia que até eu mesma não reconheci, acariciei a base do seu dedo com a língua, mostrando como era quente e macia.
Eu vi a luta de Dante para conter um rosnado baixo, e a tensão entre nós se desfez de repente. Ele levou uma mão à minha nuca, prendendo os dedos nos meus cabelos, enquanto a outra mão pressionava minha cintura por cima do vestido de veludo que eu usava.
Dessa vez, o toque dele não foi gentil ou controlado. Ao olhar em seus olhos, entendi por quê: ele ansiava por isso com toda a sua alma.
Com uma certeza que finalmente tomou conta de mim, eu o puxei para mais perto. Nossos rostos se aproximaram rapidamente, e nossos lábios se encontraram em um beijo voraz, faminto.
— Não tenha medo, Liv. Eu não quebro. — Ele guiou minha mão até o pescoço dele, pressionando minhas unhas contra sua pele, arrastando-as levemente, provocando-o. O prazer na expressão de Dante, enquanto eu marcava sua pele, foi algo que nunca imaginei presenciar. Eu queria repetir aquilo, ver aquele olhar de novo.
— Quando você me olha assim, fica difícil ir devagar… — admiti, sentindo uma onda de calor me consumir quando sua barba áspera roçou na minha pele, enquanto ele explorava meu pescoço com os lábios e a língua.
Quando Dante parou de me beijar, eu gemi sem querer, sofrendo com a falta do seu toque, e ele apenas riu.
— Acho que você não percebeu o quanto é difícil para mim também, bella. — O sotaque italiano era meu ponto fraco, e ele sabia disso.
Tomei coragem e pressionei as mãos contra seu peito, sentindo sua camisa úmida ainda colada ao seu corpo. Ele era muito mais definido do que eu tinha imaginado. Desci os dedos ao longo do seu abdômen, sentindo cada músculo sob a palma da minha mão, até que parei na fivela fria do seu cinto de couro.
Ele jogou a cabeça para trás rapidamente, como se tentasse controlar a enxurrada de sensações, e eu não pude evitar seguir mais além. Curiosa, olhei para baixo, querendo ver — e sentir — com o que eu estava lidando. Quando o toquei, quase perdi o fôlego.
— Dante… — sussurrei seu nome, m*l contendo minha surpresa.
Ele riu, mas sua voz estava carregada de desejo.
— Prometo que sou gentil… quando você estiver pronta, claro.
Eu continuei explorando a extremidade rígida debaixo do tecido, sentindo seu corpo pulsar sob meus dedos. A sensação me fez desejar algo mais, algo que eu nem sabia que queria experimentar até aquele momento. A ideia me deixou trêmula, mas eu sabia que não havia mais volta.
— Vamos para dentro? — pedi, meus olhos buscando os dele, ansiosos.
— O que pretende fazer comigo, Olivia? — Ele perguntou num tom brincalhão, me fazendo corar. — Gosto dos seus olhos… eles imploram por algo mais.
Voltamos a nos beijar, com mais intensidade agora, e em um piscar de olhos, eu estava no colo de Dante, sendo carregada até o grande sofá verde musgo dentro do loft. Fiquei surpresa com a facilidade com que ele me levantou, e isso me excitou mais do que eu queria admitir.
Quando ele me deitou gentilmente no sofá, me olhou por um instante, como se estivesse me analisando, antes de se mover. Senti como se estivesse sendo pintada por seus olhos, mas naquele momento, minha atenção estava totalmente nele.
Dante queria me dar prazer. Eu sabia disso, podia ver em cada movimento dele.
E eu queria mais do que tudo experimentar aquilo.