Capítulo 5 - Comandante Prepotente

1464 Words
Boa leitura! Durante o banho tento não pensar no fato do meu chefe e eu estarmos no mesmo quarto. Comandando como se fosse meu dono, se intrometendo até mesmo em meu modo de agir como se fosse algo normal em seu cotidiano. A verdade é que não sei definir se isso me irrita ou me deixa confusa sobre sua personalidade. Desligando o chuveiro me enrolo na toalha respirando fundo. Está tudo bem senhorita Martin... Seu chefe que por acaso é lindo e gostoso está flertando com você, com vocês dois sozinhos num quarto de hotel, deixando a mostra parte de seu peito escultural tatuado a vista para sua visão e... Puta. Que. Pariu. Calma. Isso é puramente profissional. Nada demais. Concordando com minha consciência, abro uma pequena parte da porta do banheiro colocando só minha cabeça para o lado de fora. — Christopher ? O quarto permanece em silêncio. — Christopher? – Questiono mais uma vez para ter certeza de sua presença. — Nicole ? – Ele imita o tom de minha voz em divertimento. Ele ainda estava no quarto... — Pode pegar minha mala e trazer aqui, Por favor? — Acho que pode caminhar perfeitamente até aqui e pegar senhorita Martin – Provoca me deixando intrigada. Respirando fundo, fecho novamente a porta controlando minha paciência. Tudo bem Sr. Bittencourt , eu também posso brincar. — Niki saia logo – Pronuncia depois de um tempo, percebendo que não sairia do banheiro. Em pé diante a porta, encaro o teto branco. — Não me faça ir até ai e te pegar. — Você não teria coragem – Respondo ajeitando a toalha em minha volta. Um breve momento de silêncio se faz no cômodo. — Niki? De repente sua voz está muito perto da porta, batendo levemente o vejo virar a maçaneta, mas obviamente a mesma se encontra trancada. — Sim? – Digo contendo o sorrio. — A mala. Oh, Oh! Pelo visto o Sr. Poderoso não é tão controlador... Virando a tranca, abro a porta sendo surpreendida pelo seu corpo que me empurra com tudo adentrando o banheiro. Seus braços rodeia minha cintura me segurando sobre o chão molhado pelos meus pés. Minha respiração instantaneamente fica desregulada. Não sabia o que fazer. Batendo contra a parede fria do banheiro encaro seus olhos, seu corpo estava tenso o que significava que estava irritado. Seus lábios se aproximam perigosamente dos meus. Com a boca entreaberta minha respiração se acelera, e por um momento desejo aqueles lábios nos meus. — Não me desafie de novo – Avisa seriamente. Inalando seu hálito de menta desequilibro brevemente sobre a força de seus braços. O que aquele homem estava fazendo comigo? — Estamos entendidos? — S-sim... Suas mãos apertam minha cintura com mais força e sou obrigada a engolir um gemido. — Sim o que, senhorita Martin? – Sua voz é ríspida em som de autoridade. Ele está bravo. — Sim, Sr. Bittencourt . — Ótimo – Ele sorri soltando uma de suas mãos alisando meu braço levemente com seu polegar, chegando ao canto de minha boca – Como eu gostaria de calar essa boca com uma mordaça... Engulo em seco, controlando minha respiração. Só com sua voz e sua aproximação me excita cada vez mais. Eu ansiava mais pelo seu toque. Minha pele se arrepia com o pensamento. — Vá se trocar para podermos comer, estou faminto... – Havia certa malicia em sua voz e meu corpo se paralisa. Se afastando de meu corpo, Christopher se virando saindo do banheiro. Me deixando de certo modo, decepcionada pelo seu afastamento. O... QUE... FOI... ISSO?! Recomponho-me rapidamente passo as mãos em meu cabelo frustrada saindo do banheiro. Indo direto para minha mala evito a todo custo olhar para Christopher voltando ao banheiro me trocando em questão de instantes, sem me importar com que roupa havia escolhido. Sentando-se à cadeira de frente com meu chefe na mesa, presto atenção em minhas unhas. — Sirva-se, não quero vê-la desmaiar por falta de comida na conferência. — Não estou com fome – Respondo embaralhada. Ouço o arrastar brusco de sua cadeira e decido levantar meus olhos. Saindo do quarto sem olhar para trás suspiro mais aliviada encarando a mesa em minha frente repleta de petiscos. Na janela vejo a escuridão da noite a preenchendo, uma cidade iluminada e uma bela vista para a famosa Torre Eiffel. Simplesmente magnifico... Depois de 3 horas Christopher ainda não havia voltado, fazendo a preocupação ser aumentada a cada minuto, me fazendo se questionar o grau que havia ficado irritado só por causa daquela brincadeira. De repente, a porta se abre revelando Thiago que adentra o quarto. — A senhorita deseja alguma coisa? — Não obrigada... – Assentindo ele volta para a porta. — Thiago — Sim? – Ele se vira de volta sorrindo simpático. — O Christopher, ele... — Foi dar um passeio pela cidade, senhorita... Há, e o Sr. Bittencourt pediu para que não saia do hotel – Concordando o vejo partir fechando a porta. Levantando-me da cadeira pego um copo de suco me sentando na cama, abrindo a caixa de mensagens do celular identificando algumas mensagens de Pablo na tela. ?De: Pablo Silva ?Para: Nicole Martin ?Já chegou? Foi tudo bem? Me liga assim que chegar! ?Seu xodó ?Bjs. Sorrio com a mensagem e opto por responder por ali mesmo. ?De: Nicole Martin ?Para: Pablo Silva ?Sim já cheguei e fiz uma boa viagem. Te ligo amanhã. ?Bjs Xodó. Fechando o aparelho tomo um pouco do suco que m*l havia mexido no copo, o liquido desce quente em minha garganta, provocando uma sensação desagradável. Vamos lá Nicole ... Está aqui para trabalhar! Pegando meu laptop de dentro da mala, tiro de dentro de sua bolsa de proteção me sentando na cama analisando a agenda de amanhã juntamente dos compromissos. Como teremos dois dias na cidade Christopher irá querer ser breve nas reuniões... Marcando as mais importantes e urgente com mais eficiência, organizo os horários para não ficar em desconexo com nosso tempo de estadia. Aproveitando, ligo para algumas pessoas informando de algumas urgências que Aline me enviou por e-mail, olhando para o relógio percebo já se passara mais 2 horas. Me espreguiçando fecho o aparelho me levantando da cama, trocando de roupa rapidamente saindo do quarto. O sono simplesmente não aparece, me sinto ligada a 220 volts desperta. E depois do episódio de hoje... Minha concentração foi para o espaço. Sendo 01h15min da noite descubro o quão solitário pode ser um hotel neste horário, nenhuma alma viva, apenas o silêncio da madrugada. Entrando de volta ao elevador, decido voltar ao quarto caminho em passos lentos. Assim que as portas se abrem vejo Thiago sair do quarto que nem um foguete apressadamente, mas ao me ver para imediatamente numa expressão furiosa. O que eu fiz? — Por onde a senhorita esteve? — Hã... Estava caminhando – Respondo franzindo a testa, sem entender o motivo de sua afobação. Suspirando em alivio ele assente puxando o celular no bolso. — Sr. Bittencourt, encontrei a senhorita Martin... Sim, ela está bem – Ele me olha veemente para ter certeza – Me parece um pouco pálida. Sim, sim... Estou indo – Desligando o telefone sua atenção é voltada para mim – O Sr. Bittencourt lhe espera no quarto. O acompanho em silêncio até o quarto identificando Christopher vir em minha direção feito um vulcão prestes a entrar em erupção. Aí está o sumido da noite. — Pode ir Thiago – Christopher diz sem tirar os olhos de mim e abaixo a cabeça me sentindo como uma criança de 5 anos que foi pega no flagra aprontando. Assim que a porta se fecha a tensão entre nós aumenta. — Por onde esteve? — Caminhando. — Olhe para mim – Obedeço sem questionar levantando meu rosto – Faz ideia do quanto me deixou preocupado? Chegar aqui e não te ver em segurança? Preocupado? Contenho a vontade de rir. — Quem sumiu por 3 horas foi você, não eu – Pronuncio irritada. Vejo seus músculos se contraindo e o ar tenso me sufocando. — Se eu pudesse puni-la... – Ouço seu argumento baixo e rouco me fazendo arregalar os olhos. Me punir?! — Vá dormir. Na tentativa de abrir a boca para responde-lo recebo seu olhar severo no mesmo instante, para manter minha boca fechada. Merda ele está furioso. Indo em direção a cama, retiro meus sapatos deito-me sobre ela puxando o lençol sobre meu corpo desamarrando os cabelos. Ao lado sobre o travesseiro observo Christopher puxar uma cadeira á certa distância da cama. — O que está fazendo? – Questiono curiosa. Sem dizer uma palavra, Bittencourt se senta me fitando coçando o queixo levemente. Percebo suas mãos segurar o braço da poltrona fortemente soltando um sorriso sarcástico. — Garantindo que não fuja de novo.
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