Capítulo 2

1011 Words
Ana Beatriz seguiu o dia todo pensando em Luís Felipe. Ela tentava focar sua mente nas lições que os professores passavam, mas não conseguia esquecer o moreno. Pensou que talvez o encontraria no final da aula, quando todos estivessem indo embora. Ficou um bom tempo do lado de fora da faculdade olhando tudo, mas não o viu. Alguns dias dessa primeira semana se seguiram assim. Ana Beatriz, sempre que podia, olhava nos corredores e esperava na entrada ou saída das aulas, mas nada de encontrar com Luiz Felipe. Ela pensou em ir até sua sala. Mas achou que essa seria uma atitude infantil da parte dela. Triste, Ana chegou a pensar em desistir, mas seu coração teimava em querer ver aqueles lábios carnudos novamente. Até que, numa manhã, ela estava chegando em frente a faculdade quando viu Luiz Felipe conversando com duas meninas. Ela se sentiu tão m*l, ele estava com seus braços em volta do pescoço de uma delas e eles sorriam para a outra menina que falava com eles. Ana pensou em como foi burra. Se eles não se encontraram todos esses dias só podia ser por isso mesmo, ele tem namorada. Ela que era tão acostumada a ter os homens no seu pé, não viu que esse não era um dos homens que corriam atrás dela, ou do status de sua família, ou de seu dinheiro. Cabisbaixa, Ana encerrou suas aulas na primeira semana e foi para a casa dos pais no final de semana. Ela queria tirar Luiz Felipe da cabeça, o que estava difícil. Pensou até mesmo em mudar de faculdade, mas precisava de uma boa desculpa para dar aos pais. E ela não tinha nenhuma. Decidida, resolveu então esquecer o cara. Afinal, ele apenas foi gentil com ela. Ele não lhe beijou, não lhe jurou amor e nem tiveram nada. Ele só a ajudou a não cair e lhe deu a dica dos livros, mais nada. Ela não poderia ser assim tão boba. Quando a semana começou, Ana voltou às suas aulas decidida a não olhar para os lados. Se Luiz Felipe estiver por perto, ele que a olhe. Na verdade mesmo, ela estava morrendo de medo de, numa dessas que ela olhar, o encontrar aos beijos com a tal garota. Seu pobre coração não iria suportar. Foi assim o dia todo em que Ana precisou sair e andar pela faculdade. Voltou para casa se perguntando porque não tentou dar uma olhadinha sequer para ver se o encontra. No outro dia, ela foi chegando com a mesma atitude quando virou o pé num buraco perto de um dos trailers de comida que ficava estacionado em frente aos portões da faculdade. Ela chegou a perder o equilíbrio e a derrubar seu caderno e livros no chão, mas duas mãos fortes a seguraram e a ajudaram a ficar de pé. _ Parece que meu destino é te salvar moça bonita! Oh não! Ela não queria olhar. Ela não podia olhar pra ele ou correria o risco dele ver o quanto ela era boba por já estar apaixonada por ele. _ Agradeço você, mais uma vez. E foi saindo sem olhar para ele. Mas ele a segurou. _ Espere! Eu te fiz algo? _ Não! Por favor você só tem me ajudado desde que cheguei aqui. É que estou com pressa. _ Isso não é de todo verdade. Observei você ontem. Andou sem olhar para os lados. Parecia uma metidinha rica e mimada. Mas sei que não é assim. _ Você ficou me observando? _ Sim. Costumava fazer isso à distância. Jurei que apenas me aproximaria se você precisasse de mim. _ É claro, você tem namorada e não ficaria bem ficar perto de mim direto. Luiz Felipe começou a sorrir e até mesmo a gargalhar. _ E então é assim. Você me viu conversando com uma garota e já pensou que ela é minha namorada e por isso está tentando me evitar? _ Como sabe que te vi? _ Eu te disse, estou observando você! _ Posso saber quem é ela então e por que anda me observando? Ana Beatriz acabou perdendo a paciência com Luiz Felipe. Ele apenas sorriu novamente e lhe disse. _ Ela é só uma colega do curso. Não temos nada. Aquela outra moça que falava conosco, inclusive, é a namorada dela. Olhe! Lá estão as duas. Ana Beatriz olhou para o lado e viu as duas meninas se beijarem. Nesse instante, ela sentiu ser puxada com força até bater contra algo duro. Eram os músculos de Luiz Felipe. Ele a puxou para uma parede no canto. Luiz Felipe ficou encostado na parede com as pernas abertas enquanto Ana Beatriz ficou de frente a ele, no meio de suas pernas, sentindo sua respiração quente e seu coração que batia rápido e forte. _ Respondendo sua outra pergunta. Eu lutei contra tudo que senti quando te vi a primeira vez. Contra tudo que senti quando toquei em você pela primeira vez. Mas não pude. Eu não sei o que fez comigo, moça. Mas não paro de pensar em você! Tentei me manter distante, só aparecer caso precise de mim. Mas ver você andar triste por esses corredores esses dias me cortava o coração. Ele começou a fazer carinho no rosto de Ana Beatriz, com as duas mãos. Ela engoliu forte e criou coragem para falar. _ Estava assim porque pensei que aquela menina era sua namorada. Por que quis se manter longe de mim? _ Porque eu me apaixonei no mesmo minuto que te vi. Olhe para você! Toda branquinha e rica. Eu sou... Ele não pode continuar a falar. Ana o beijou com tanta força e com tanta urgência que ele m*l conseguiu ter fôlego. Quando Luiz Felipe percebeu já a estava beijando de volta. Um beijo quente, apaixonado e urgente. De duas pessoas que precisavam uma da outra. Que precisavam daquela i********e. As mãos dele percorriam o corpo de Ana Beatriz e a esquentavam, a deixando ofegante. As mãos dela, seguravam a cintura dele com força, como se o quisesse dentro dela.
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