Conversa no Quarto Parte 2

1140 Words
Wanessa Freeman Sabia que beber tanto ia me causar problemas, só não fazia ideia de quanto seria — O que eu falei sobre ele?— pergunto nervosa, pois depois do que ele havia me dito mais cedo eu suspeito de qualquer fala i*****l da minha parte. — Tu falou que ele tentou abusar de você por várias vezes— não acredito que me abri com ele desse jeito— disse também que foi ele que matou seus pais. Eu não queria tocar nesse assunto mas eu estou responsável por você e não quero que nada de m*l te aconteça, entendeu?!— a imagem do meus pais mortos me vem a mente e eu não consigo responder— O que foi?— ele pergunta me puxando pelo braço — Eu não gosto de tocar nesse assunto, isso me traz uma angústia e agonia por dentro que não sei explicar— minha respiração começa a falhar e eu torno a chorar — Qual foi Wanessa, que foi garota?— ele pergunta preocupado e me dá um copo de água pra beber — Eu só não consigo falar sobre isso, porque eu tive culpa. Eu tive muita culpa Deito na cama e tento respirar com calma Ele me abraça e começa acariciar minha cabeça — Eu disse que você não está sozinha, eu tô aqui contigo agora, não pensei que você ficaria assim com a pergunta. Foi m*l— abraço seu corpo e permaneço chorando sem fazer barulho — Eles não mereciam morrer do jeito que morreram — Eu sei o que é isso— ele diz como se fosse simples — Como você sabe de alguma coisa se nunca viveu o que eu vivi — Você tem razão, cada um tem seu espinho na carne. Mas tu não conhece a minha história! Eu tinha onze quando perdi minha mãe. Teve uma operação na favela onde meu pai mora e a polícia entrou atirando, eles não quis saber quem estava olhando, minha mãe apanhou na cara como uma mulher de bandido v*******a— seu tom mudou pra raiva e eu senti pena por sua situação— eu tentei defender a minha mãe, mas um cana me jogou longe e eu desmaiei com o impacto, quando eu acordei a minha mãe estava com um tiro na cabeça e a p***a do governo não fez p***a nenhuma contra aqueles filhos da p**a. Mas o Dia daquele miserável está contado, eu sinto que ele ainda está vivo esperando a minha vingança, eu sei exatamente quem foi e a sua imagem está gravada na minha cabeça— ele ficou quieto e pude perceber que também estava com muita raiba, a ponto de não dizer mais nada. Eu só quero quebrar esse silêncio — Lúcio era meu namorado, eu pensei que ele estava comigo porque gostava de mim, pensei que ele estivesse comigo porque queria nos fazer feliz. Naquele dia eu liberei a entrada para ele e sua família, eu pensei que era a sua família como ele havia me dito e fui pegar uma de minhas joias para ficar bonita pra ele, mas quando voltei eu me deparei com a faca em suas mãos e meus pais mortos, não tenho dúvidas que foi ele quem os matou, eu vi alguns golpes e fiquei aterrorizada, depois disso a minha vida nunca mais foi a mesma.— é difícil falar sobre isso, mas sinto que preciso desabafar com alguém. Essa estava sendo a primeira vez que eu toquei no assunto— Eles me sequestraram e disseram que eu era bonita para ser p********a, a minha venda seria o melhor negócio, seno que eu era muito nova, foi isso que disseram pra mim disseram que estava me preparando para a estreia das pessoas que seriam compradas, e embora meu estado esteja péssimo eu tinha uma aparência melhor com aquelas maquiagem para os compradores. Faz dois dias que eu estou vendo o sol— digo sorrindo— e você não sabe o quanto é incrível. Sair daquele c*******o onde eu tinha que compartilhar tudo com as outras sem saber se eu poderia morrer em algum momento. Eu orei todos os dias para alguém matá-los, pois isso era tudo que eu pensava quando está a lá dentro. — Queria ter te conhecido antes — Pra que? — Eu não ia deixar ninguém fazer m*l a você— dei um sorriso fraco — Não tinha como evitar Tiago — Eu ia evitar qualquer coisa pra não deixar você com essas lembranças — Você está querendo ser gentil e eu entendo — Quero ser justo. O dia que eu ver esse tal de Lúcio eu mato ele por você— sem perceber eu gargalhei — Você me odeia. Pensei que não gostasse de mim — Odiar e uma palavra muito forte, é mais fácil dizer que não vou com a sua cara mas se for possível eu te salvo. — Eu também não vou com a sua cara, mas se for possível eu vou te salvar— ele olhou pra minha boca e eu toquei seu braço desviando seu olhar — Se eu te perguntar uma coisa você me conta a verdade?— ele está sério — Já falamos muitas coisas que não era pra ser dita, eu digo. — Tu é virgem de verdade ou tu está querendo mexer com a minha mente?— quero rir mas me controlo — Mesmo que você ainda duvide, eu sou.— empurro pouca coisa do seu corpo— como mexo com a sua mente? Agora eu quero saber — Com nada, bora dormir! Amanhã eu vou ligar para o Dimas, ele está com informações suas mas ainda não me passou — Será que vamos ficar aqui por quanto tempo? — Não faço ideia, mas espero que pouca coisa. — Se não formos embora amanhã, eu queria ir na praia, já faz anos que não saio pra tomar um ar fresco, e saber que posso ver o sol de uma janela me deixa feliz — Beleza, vamos na praia amanhã. Vou pegar uma coberta— ele diz se levantando — Você vai dormir aqui? — Claro! Se tu passar m*l e morrer eu tô fudido— ele fala de uma forma engraçada e eu acabo rindo. Tiago sai da cama e fico observando o quanto ele é grande e lindo, até suas costas são definidas, ele tem uma b***a sexy, sem contar a sua voz rouca Preciso não focar nisso. Ele deitou do meu lado e por mais que eu quisesse, não consegui me controlar. Abracei sei corpo e nossos corpos ficou separado por duas cobertas. (...) Acordei com a luz fraca do sol nascendo batendo no meu rosto e as mãos do Tiago estava novamente sobre minha bunda Tento tirar de vagar e quando me virei ele me achegou mais pra perto dele Não acredito nisso...
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