Onde Tudo Acabou

1329 Words
Wanessa Freeman — Eu quero algo que você nunca me deu— Lúcio dizia enquanto me fazia carinho, ele é meu namorado. Estamos juntos a três meses e nunca fomos pra cama, acho que ainda está cedo demais, só tenho 17 anos e eu quero ter certeza que me perderei com o amor da minha vida Mas ele é meu amor, Lúcio é incrível! — Te dou o que você quiser, mas para eu fazer isso você precisa conhecer meus pais, não quero namorar escondido com você e por mais que eu saiba que ele te dar medo, temos que enfrentá-lo— digo, pois sei exatamente que o Lúcio não quer falar com ele por saber que meu pai não é um homem que se deve brincar Infelizmente sou filha de um dos mafiosos da região a qual eu moro. Meu pai vende algumas armas pelo país ilegalmente e eu já sei sobre seu esquema — Seu pai me dá medo, não tem como eu falar com ele — Lúcio, o meu pai vai acabar descobrindo e vai obrigar que você vá até ele, é melhor que seja logo. — Eu posso pensar em fazer isso essa semana, pode ser na quinta, tudo bem?— ele me olha com carinho— confia em mim, eu irei falar com ele!— sinto seu beijo frio e lhe abraço— vamos pra algum lugar longe daqui, os seguranças estão atrás de você, parece que eu sou alvo deles — Você não é um alvo deles, mas sabe que eu sim e que meu pai morre de medo que alguém me faça algo — Não entendo porque você sempre diz que seu pai tem medo de algo lhe acontecer — Não é nada, apenas bobeira dele— ainda não tive coragem de dizer ao Lúcio de onde vem a fortaleza do meu pai. Digo apenas que ele é um investidor de obras de artes, apesar dele ter diversas, a sua maior riqueza vem do contrabando — Você está linda, esse seu corpo me deixa com muito t***o— Sua mão passa entre minhas b***a me deixando incomodada — Não acha que eu mereça um lugar melhor que debaixo de uma ponte? — Para de me enrolar e vamos fazer o que precisamos!— sua paciência já não é a mesma do início — Fala com meu pai e quem sabe nós fazemos o que você deseja no mesmo dia! Falta pouco pra quinta— puxo ele pela camisa e lhe beijo Ele estava sério e um pouco irritado, eu olhei pra cima e ouvi barulho dos seguranças me procurando — Quanto mais cedo você fizer, mais você vai aproveitar. Está parecendo uma freira! Toda menina da sua idade transa, Wanessa. Eu só quero te apresentar o que é bom — Você está impaciente, é só até a quinta. Juro— dou um selinho e vou me retirando— te vejo quinta no mesmo lugar de ontem — Eu vou aparecer na sua casa, não vamos mais precisar ficar escondidos Meu sorriso amplia com muita felicidade Lúcio vai fazer a minha vontade, assim como os meus pais fazem. Saio correndo por debaixo da ponte enquanto mando beijos para ele no caminho,quando saio pego um livro que havia escondido ente as folhas de um arbusto e finjo estar lendo na praça — Onde você está Wanessa? Já pedimos para não fazer essas coisas — Eu estava aqui, ouvindo vocês gritarem que nem loucos. Eu estou lendo, ou pelo menos estava tentando!— Falo ao segurança— Mas fica impossível quando vocês não param de gritar — Vamos pra casa, a sua mãe está lhe aguardando para almoçar Não discuto com ele pois sei que minha mãe sempre me aguarda para comer junto com ela, e eu amo isso, amo a conexão que nós temos, amo vela empolgada enquanto brinca com alguns funcionários da casa também amo sentir o seu cheiro. Embora ela seja minha mãe, ela é muito cheirosa! Ela me trata como se eu fosse uma princesa e eu sei que muita das vezes sou uma menina mimada. Mas fazer o quê? Se sua filha única Eu não preciso de melhores amigos, pois, dentro da minha casa os meus pais faz o papel de qualquer um deles, já vi diversas falsidades e também muitas pessoas se prejudicando por conta de amizade, e por isso eu tomo cuidado com quem ando e com quem eu falo e o que falo Meu pai me instruiu o suficiente para fazer com que eu entendesse, por que caminho eu devo seguir. Fui para casa e almocei com a minha mãe, para minha surpresa o meu pai também estava presente , às vezes ele quase não come com a gente, na maioria dos momentos ele está fazendo negócios e quase não para, pra ter um tempo conosco Ficamos felizes quando ele está nos tirando sorrisos na mesa de jantar — Papai, eu queria trazer uma pessoa para conhecer o senhor— disse na mesa e minha mãe lhe olhou sorrindo —Diz que ainda não chegou o momento de você namorar, não estou preparado pra isso — O senhor vai gostar dele — Como sabe?— ele pergunta — Ele me trata bem— seu olhar não é de satisfação, mais ainda assim faz a minha vontade — Tudo bem, traga o rapaz porque quero ver com os meus próprios olhos, filha minha não vai ficar namorando com um desconhecido — Sim senhor— respondo feliz e continuamos conversando, meu pai queria mais informações sobre ele e eu lhe dei o que sabia (...) Quinta-Feira... — Lúcio o nome do sujeito?— ele me pergunta pela terceira vez — Sim Papai, não vá assustar ele — Não parece que você o ama tanto, não consigo perceber aquele entusiasmo todo de que todas as pessoas apaixonadas tem, você está feliz mas isso ainda não é o suficiente. Tem certeza que você quer namorar esse garoto Wanessa? — Sim mamãe, eu amo o Lúcio, vou pegar meus brincos. Esqueci de colocá-los— digo e saio correndo pelas escadas até o meu quarto, demoro um pouco — ALEX.... NÃO...— escuto a voz da minha mãe chamando meu pai em desespero e corro para ver o que estava acontecendo, quando olho pela escada vejo o Lúcio com uma faca suja de sangue nas mãos— por favor não me mata!— Minha mãe implora e o ar me falta — São ordens— Lúcio responde e começa esfaquear a barriga da minha mãe — NÃO.....— grito alto e quando ele olha pra cima consegue me enxergar! Vejo minha mãe cair morta e meu pai me dá a última olhanda antes de cair perto da escada — Wanessa, corre. Fuja daqui filha! Nós te amamos — Wanessa?— Lúcio me chama passando a mão pelo rosto e eu busco forças para correr, minhas pernas estão trêmulas e com as lágrimas correndo em meus olhos subo de volta às escadas e corro — Te peguei— um homem me agarra entre os corredores — ME SOLTA— tento bater em seu corpo e sua mão avança em meu rosto — Se controla, v***a!— o homem diz Comecei a respirar e chorar de soluçar enquanto o homem me carrega pela minha casa, os corpos dos meus pais ainda estavam pelo chão cheio de furos por conta da faca, o desespero sobe sobre mim so aumenta quando vejo a quantidade de sangue espalhado, eu tento sair do seu colo para abraçá-los — CHAMEM OS MÉDICOS, NÃO DEIXE ELES MORRENDO — imploro— ME SOLTA, EU QUERO OS MEUS PAIS... — O que você vai fazer com ela Mara?— Lúcio perguntou — O mesmo que fizemos com as outras!— uma mulher do cabelo vermelho diz— põe ela na Van — ME SOLTA, ME SOLTA...— os gemidos do meus gritos iam aumentando conforme via os corpos dos funcionários mortos pelo chão.
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