Wanessa Freeman
Quatro anos depois...
Ouvi os passos de alguém vindo na minha sela, já faz quatro anos que esse pequenos espaço com uma cama virou o meu quarto.
É raro eu ver o sol e pôr diversas vezes escuto barulho de mulheres tendo relação com os homens desse covil.
Eu moro em um prostíbulo, mas ainda não me colocaram pra venda. Hoje será a minha estreia na jaula de fora com o pole dance ao público, alguns espectadores estarão me avaliando e se algum deles se interessar por mim, a c******a vai chamar outros e muito mais homens para lançarem valor, até alcançar uma quantia boa e por fim me vender.
Preciso ser boa, para não passar na mão de vários como a maioria que estão aqui.
Algumas conseguem sair, mas já teve históricos de que meninas morreram nas mãos de homens que abusavam dela
Assim como eu, apenas umas meninas são virgem, e todas estão sujeita ao mesmo processo
— Eu não queria que você visse aquilo— podia sentir o cheiro do cigarro do Lúcio e a sua voz irritante como escuto durante todos esses anos— Eu posso te tirar daqui Wanessa, você só precisa me obedecer!— isso será algo que eu nunca irei fazer.
Não respondo a sua pergunta e o carcereiro me chama
— Vamos Wanessa, hoje tu vai mostrar tudo que aprendeu. Seja boa!
— Não quero ninguém encostando nela, estamos entendidos?— Lúcio fala ao carcereiro, todos os chamam assim.
Ele nunca revelou seu nome
— Sim senhor— ele diz
— Você é minha— Lúcio passa a mão no meu rosto e eu afasto
— Vou fazer de tudo para chamar a atenção de um homem, eu vou seduzi-lo até que me compre, você nunca vai por a mão em mim. Nunca mais
— Eu não vou deixar você sair daqui— ele fala
— Assim que Mara ver o meu desempenho naquela jaula e ver os valores lançados por todos os homens, ela vai enlouquecer! E você não vai fazer nada, porque sempre será o cachorrinho dela! Eu vou sair daqui Lúcio, e vou lembrar que nunca mais confiarei em um homem com um rosto bonito seu verme— ele levanta a mão para tentar me bater, mas Mara chega na hora.
Ela é a c******a
— Controle suas emoções— Ela dá uma chicotada em suas pernas, ela sempre nos trata assim— Wanessa, vamos!— ela ordena
— Sim senhora— ele agarra em meu braço e me puxa pra trás
— Seja lá onde você venha ficar, eu vou te buscar de volta e se você ficar aqui eu vou te comer todos os dias
O pavor de ser pega por suas mãos me deixa apavorada, mas me recomponho e sigo a Mara
Ela me coloca na jaula e eu podia ouvir o barulho alto da música com apologia ao s**o e bebidas, escuto o barulho de homens e mulheres em orgia e quando tiram a cortina da minha jaula um medo absurdo me toma
— Dança pra gente morena— um homem disse. Seu olhar asqueroso me causa repudia, mas eu sabia que não poderia fazer o contrário do seu pedido
— Eu gosto das tímidas— um outro b****a fala, logo em seguida um homem moreno senta na cadeira de trás e cruza os braços, seu olhar me avalia de cima a baixo e mesmo que esteja longe um arrepio me corrói
Eu não posso ficar parada, preciso me libertar disso, antes que todos os dias eu viva esse inferno.
Subo no pole dance da maneira que fui ensinada, tiro parte da roupa e os gritos começam a ecoar pelo local, uma multidão se forma a minha volta e por mais que eu queira sair correndo permaneço dançado
Preciso da minha liberdade
Em todas as vezes que olho pra frente e o homem moreno não para de me olhar, seu olhar me incomoda, me incomoda o suficiente para virar para o outro lado e permanecer dançado.
Tudo isso é nojento demais, e tenho certeza que jamais meu pai iria aceitar essa situação, ele mataria todos se soubesse do meu futuro
Danço da melhor forma possível enquanto sensualiso no ferro, quando termino as palmas surgem e os lances são lançados, Mara me leva para uma sala separada e me dá água, quem a olha nesse momento parece que gosta de mim, mas eu sei o quanto ela odeia todas de nós, a única coisa que importa é o dinheiro
— Você vai mostrar felicidade quando cada comprador chegar, não fale nenhuma besteira, apenas as perguntas que lhe fizerem, está escutando?
— Sim— respondo e ela arranca meu sutiã me deixando apenas de calcinha— o que você está fazendo?!— Questiono em desespero
— Nenhum deles vai lhe tocar, e se tentarei fazer alguma coisa você grita
— Eu não consigo falar com ninguém desse jeito— respondo
— Você dançou feito uma p**a profissional, já é do seu instinto, não deixe ninguém te tocar, pode gritar e os seguranças irão entrar aqui, os valores estão altos demais para te perder
Ela saiu da sala me deixando sozinha naquele estado, cobri os s***s com meus braços mais ainda assim apareciam.
O primeiro homem apareceu e se apresentou e continuou falando
— O que você gosta de fazer em tempos livre?
— Não sei, mas queria ir em uma praia— ele me olha sem acreditar
— Não será possível, eu odeio sol! Por mim pode chover todos os dias, sabe tocar alguma coisa?
— Eu sabia tocar piano, mas fiz a tanto tempo que já não me lembro muito bem, e tão sei pintar quadros.
— Caso eu venha vencer o leilão, eu te colocarei em uma aula de piano e você vai ficar sobre a responsabilidade da minha governanta. Não lhe quero com nada curto e só usará roupas assim quando eu quiser. Não é todos os dias que estou bem, então terá momentos que terei de ser agressivo. Tenho certeza que vamos nos entender— ele tenta passar a mão no meu rosto, porém eu afasto— esta me negando?— sua voz soa irritação
— São ordens da senhora Mara, só pode me tocar quando me tiver de fato— ele me olha com raiva e se levanta pata sair
— Em breve estaremos juntos querida
O segundo homem entrou e eu precisei gritar, pois era um senhor t****o que queria por a mão em mim a qualquer custo o terceiro falou basicamente as mesma coisas do primeiro, quando cheguei ao sexto homem ele também não era novo, pra ser sincera ele era um velho que dava nojo, mas acredito que eu não venha ter problemas com ele, pois pelo jeito que se movimenta, não consegue levantar seu m****o.
Todos diziam o mesmo
Que eu estava preste a ser deles
Quando o sétimo homem entrou eu fique imóvel, era o moreno e lhe olhando agora podia ver que seu olhos eram castanho e que tinha uma tatuagem no pescoço que parecia descer por algum lugar, seu cabelo era bem curto, não como os caras que estou acostumada a ver, mesmo que fosse curto era bonito
Ele olhou diretamente pros meus olhos e eu tentei me tapar ainda mais.
Me sinto pior por se apresentar a um homem como ele desse jeito.