Capítulo 72: Será que pode nos ajudar?

1814 Words
Manhã seguinte... Clara m*l conseguiu dormir tamanha ansiedade pela consulta. Claro que também se preocupava no fundo com sua mãe em como uma pessoa era tão mesquinha com sua irmã que sempre a ajudou quando ninguém percebera o que acontecia com ela desde criança, para trata-la de forma tão carinhosa sendo iguais até mesmo na fisionomia. Isso não entrava na sua cabeça. Espantou tais pensamentos, quando sentiu braços a envolvendo e um hálito quente se chocar na curvatura do seu pescoço e um beijo depositado no mesmo lhe causando arrepios. Sorri com aquela sensação e ao mesmo tempo com uma voz rouca próximo ao seu ouvido. - Bom dia amor! Dormiu bem? - Bom dia meu amor! Não dormi tão bem quanto deveria. Estou ansiosa. – Sorri nervosa. Afastando seu rosto para olhá-la e sentindo que seu marido a observava, virou seu rosto na sua direção parecendo que os olhos estavam de encontro ao outro. - Vai dar tudo certo querida. Tenho fé que vamos ter respostas positivas nesses exames de hoje e logo, você estará enxergando e depois andando. Vou preparar nosso banho. – Beijou a ponta do seu nariz e jogou suas pernas para fora da cama, indo em direção ao banheiro. Na verdade Steven estava com a sua habitual ereção matinal e hoje, não poderiam se amar como queria, mas teve seu pulso agarrado quando passou do lado de Clara na cama indo para o banheiro. Franziu o cenho achando estranho ao olhar para sua esposa e ver seus olhos ficando vermelhos e inundados pelas lágrimas e um leve morder de lábios, de quando ela tem medo por algo. Vendo-a daquele jeito o despedaçou. Colocou sua mão sobre a dela e sentou-se na ponta da cama preocupado. - O que foi amor? Está sentindo alguma coisa? – Clara n**a meneando a cabeça. Mesmo sentindo-se m*l por sua amada, Steven leva uma mão ao seu rosto e a acaricia com seu dorso a fazendo fechar os olhos ao sentir o seu toque e as lágrimas que ainda não tinham rolado, começaram a escorrer pela lateral dos seus olhos. Steven se preocupou mais e enxugou o canto dos seus olhos. - Meu amor, o que está acontecendo? Fala para mim, estou ficando preocupado e não me diga que não é nada porque eu sei que tem alguma coisa. – Clara dá uma fungada e abre seus olhos parecendo fitar o teto. - Eu estou com medo de me frustrar. Medo de não voltar a enxergar e nem andar e com isso perder quem eu amo. Eu sei que estando nessas condições, a nossa i********e não é como deveria ser e... – Steven a interrompe selando seus lábios num beijo doce. Dando alguns selinhos parando o beijo, suas testas se tocam. - Não pense nada disso. Nunca te cobrei nada com relação a nossa i********e porque mesmo que não seja como você pensa, eu me sinto realizado e completo contigo. Não sofra por antecipação amor e mesmo que você não volte a andar e nem enxergar, nada irá mudar entre nós. Seus braços o envolvem pelo pescoço e Clara mesmo com sua voz embargada, sorri. - Ai meu amor, eu te amo demais! Você e nosso filho foram a melhor coisa que aconteceu na minha vida. E sem vocês não sei como viver. Steven sorri com seu peito aquecido. Ouvir sempre dos lábios da sua esposa o quanto o ama, o deixa ainda mais confiante de que não há espaços para qualquer sentimento por aquele que tanto a fez sofrer. Isso, o deixa mais seguro do seu relacionamento. - Eu te amo mais minha princesa. Agora não pense mais nisso está bem? – Clara assente balançando a cabeça com um sorriso largo. – Vou preparar nosso banho para irmos ao hospital. – Deu mais um selinho rápido e se afastou colocando a cadeira de rodas ao seu lado na cama para Clara fazer sua ida à cadeira como sempre faz quando ninguém a ajuda. Seguiu para o banheiro e preparou o banho dele e da esposa na banheira e demorou um pouco para se aliviar numa ducha fria. Assim que voltou ao quarto, Clara só estava de calcinha sentada na sua cadeira de rodas. Steven engoliu em seco e respirou fundo para não toma-la em seus braços a fazendo dele mais uma vez. - Vamos amor! – Pigarreia se aproximando da sua esposa que tem um sorriso lindo em seus lábios. - Sim amor. – Envolveu seus braços em torno de seu pescoço sendo carregada nos braços fortes do seu amado até a banheira. Ao sentá-la na borda, Steven retira sua calcinha com cuidado e suspira alto. Mesmo tentando conter seu t***o, Steven foi um cavalheiro com Clara só ficando na conversa animada, beijos e carícias durante o banho. Assim que estavam prontos após a higiene matinal e aquele belo e gostoso banho de banheira, saíram do quarto indo a mesa de café da manhã em que todos estavam reunidos. - Bom dia! – Os dois em uníssono cumprimentam. Todos respondem o mesmo e Clara que escuta duas vozes diferentes, sorri questionando quem seria ali. - Estou ouvindo duas vozes diferentes nessa mesa de café. Quem são? - Breno seu cunhado. – Sorri e paga a mão da sua amada Chloe que já estava de pé pronta para ir ao ateliê para uma reunião com as duas lojas de roupas para assinar os contratos e deposita um beijo com aquele olhar apaixonado, recebendo o mesmo de volta. - Eu sou o Luke, namorado da Debby cunhadinha. – Sorri e dá uma piscadela para sua amada que não estava de bom humor, afinal, a sua deusa detesta acordar cedo. - Ok, vejo que os meninos dormiram aqui também. Interessante! – Ri e beberica do seu suco de laranja. Todos iniciam uma conversa animada e parecia que aquela inquietação quanto aos exames e caso não venha uma resposta positiva, Clara estava bem mais calma e tranquila, nem se lembrando de nada. Após o café, todos foram para seus respectivos lugares e até Lana havia sido chamada por Breno para irem ao laboratório logo cedo. Como conhecia o médico responsável que faria o exame de DNA, teria o resultado em 4 horas. Fizeram a coleta, enquanto Clara e Steven estava no mesmo lugar fazendo alguns exames ambulatoriais e em seguida iriam para o hospital, fazer alguns exames de imagens. Chloe estava confiante que tudo daria certo para a sua irmã e comunicou ao casal que faria uma inscrição de Lucca numa escolinha muito boa que viu ser perto do apartamento. Mesmo que Steven e Clara não estejam 100% seguros dessa decisão, aceitaram depois de relutar muito por achar o pequeno novo demais para iniciar na escola. Mas, era bom para o menininho de cabelos castanhos e olhos verdes interagir com outras crianças. Enquanto isso na delegacia, após o delegado encaminhar para o fórum mais uma denúncia contra Olívia e agora Liam, Pedro, o hacker e o colunista, o juiz expediu em tempo recorde as intimações para esclarecimentos e a ordem da loira ir para o presídio feminino de segurança máxima a responder seus crimes encarcerada. O delegado que chegou com um sorriso maior que o coringa e a intimação de Pedro em mãos já que fazia questão de o mesmo o entregar pessoalmente, mandou chamar Olívia na sua sala para lhe dar a ordem vinda de um juiz incorrupto. Assim que entrou na cela cabisbaixa, o delegado a encarou com desdém. - Bem, Olívia Beneton, hoje o sargento Bronks irá junto com seu parceiro leva-la para o presídio feminino de segurança máxima de Toronto. Lá a senhora esperará seu julgamento sem direito a fiança ou habeas corpus. Te desejo uma ótima estadia! – Ironiza. Ao ouvir aquilo, Olívia continuou do mesmo jeito. Parecia que agora a ficha tinha realmente caído e sem o efeito das drogas que tem usado, via o efeito das consequências por seus atos contra Clara e algumas outras moças e até rapazes que foram vítimas dessa atrocidade chamada “aposta” feita entre ela e seus amigos vinha um preço alto a ser cobrado. Não esboçando nenhuma reação a não ser chorar de cabeça baixa, Bronks a pega pelo braço e a conduz até a viatura onde ele e seu parceiro seguem para o presídio feminino. Ajeitando sua camisa social manga ¾ azul cobalto na calça jeans preta, o delegado pegando as chaves da ranger preta, distintivo, intimação e um sorriso orgulhoso nos lábios por finalmente abalar a estrutura daquela família que por anos fazem o que bem querem na cidade, se encaminha para a mansão Armstrong na esperança de encontrar todos pelo menos na mesa do café da manhã. Na noite anterior, Pedro extrapolou e o pior, nem se lembra de ter se prevenido ao dormir com aquelas mulheres. Estava tão doido que só queria esquecer. Até que gostou da sensação que aquilo tudo o causou e iria repetir a dose pelo menos das “balinhas e pó”. Tomou o café que Liam o ofereceu antes de ir ao seu encontro com Ellen que foi tudo como ela e Chloe combinaram. O belo homem, estava encantado por ela e nem se lembrou de Olívia e de que tinha que ajuda-la a sair da cadeia. A noite foi magnifica e Ellen deu um beijo na bochecha de Liam pegando no canto dos lábios e isso o fez querer mais. Estava bem envolvido pela bela mulher mesmo em tão pouco tempo. Pedro acabou indo para casa depois de beber o café que Liam lhe deu e do jeito que chegou, apagou na sua cama, sendo despertado por uma das empregadas que o acordou por ter alguém a sua procura. - Senhor, tem alguém lá embaixo querendo falar com o senhor. - Já estou indo. Que saco! Nem se pode dormir mais nessa casa! – Segue para o banheiro resmungando. Minutos depois, já arrumado, desce as escadas ajustando os punhos da sua camisa social, quando uma voz grossa e potente atrai a sua atenção. - Senhor Pedro Armstrong? Ao ver um homem alto, forte com um distintivo pendurado no pescoço com um sorriso presunçoso nos lábios, engoliu em seco endireitando sua postura. - Sim, sou eu. - Isso aqui é para o senhor. – Estende o papel na sua direção que franze o cenho em interrogativa. - O que é isso? – Pergunta pegando o papel e abrindo. - Uma intimação para esclarecimentos sobre o vídeo que andou circulando na internet envolvendo a senhorita Clara Mitch e sua irmã gêmea Chloe Mitch. - Mas... – Olhando entre o papel e o delegado tenta falar algo. - Aguardo o senhor segunda-feira para maiores esclarecimentos. Bom dia! – Girou os calcanhares e saiu deixando-o com cara de tacho. Continua... Parece que agora Pedro será o próximo já que para Liam, começaram os jogos!
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