Enquanto fitava aquela intimação que mais parecia algo o queimando as mãos, que ao ver os nomes que constavam no inquérito para um processo que fora aberto, apertou aquele papel com tanta força que seu pai ao se aproximar, já que fora avisado na mesa do café que havia um policial no meio do hall de entrada próximo a escada esperando por Pedro foi até lá rapidamente.
Olhou em direção a saída da mansão e não avistou ninguém além do seu filho parecendo que estava apertando o pescoço de alguém ao segurar aquele papel com força. Ao colocar a mão sobre o ombro de Pedro, o mesmo estava com os dentes rangendo tamanha fúria que emanava do seu corpo.
- Filho! – Chamou-o atraindo a sua atenção e mesmo que Pedro o olhasse por cima do ombro, a tensão não havia passado. – Está tudo bem? Uma das empregadas avisou que havia um policial te procurando, o que houve? – Seu tom era preocupado.
Pedro, ergueu o papel que estava ao ponto de se rasgar somente com aquele aperto e com seus olhos injetados de raiva, entre os dentes murmurou.
- Não era um simples policial. Pelo distintivo, era o delegado. Essa intimação relacionada aquele maldito vídeo. E aposto que o seu filhinho querido deve estar por trás disso! – Espalma o papel sobre o peito do seu pai, soltando-o e Harold boquiaberto, agarra aquele papel amassado em choque e em passos largos, seu filho segue para fora da propriedade e pelo visto, precisava de mais do que teve na noite anterior. Foi atrás de Liam que havia acabado de receber sua intimação também para comparecimento na delegacia e os outros dois que estavam envolvidos através de Olívia.
Ao ver seu filho partir sem conseguir fazer nada, pegou aquele papel e leu com atenção a tudo o que estava escrito. Darla que se aproximava sorrateiramente, puxou o papel de sua mão, lendo-o e ao encará-lo, zomba.
- É, quem sai aos seus, não degenera! – Devolve o papel para Harold girando os calcanhares e subindo a escada.
Ainda bem que Analice, parecia ter mais juízo que todos daquela família juntos e não passou a noite em casa, curtindo ao lado de Duncan se permitindo ser feliz.
Do outro lado da cidade, Olívia acabava de chegar ao presídio feminino de segurança máxima e não acreditava que havia chegado a tal ponto por conta do que para ela, não passava de uma simples brincadeira. Mas, o que ela não consegue aceitar, é que nós mesmos somos responsáveis por tudo o que acontece na nossa vida. Quando nós plantamos por algo e enfim, demora mas chega a colheita.
Ao atravessar os grandes portões, Olívia é encaminhada por Bronks e seu colega de trabalho. Na recepção, a loira passou por uma inspetoria numa sala em que só havia ela e mais duas mulheres, se desfazendo de sua roupa que não tinha um cheiro muito agradável. A agente carcerária, mesmo com luvas ao pegar as roupas, fez uma cara de nojo e debochou com sua colega que a encarava escarnecida.
- Ô Pérola, acho que essa daqui já veio fedida com medinho. Mostra que é uma patricinha de merda! Acho que ela precisa daquele tratamento vip. – Gargalha enquanto a outra ri junto com a amiga se aproximando.
Pérola uma mulata de 28 anos, alta, s***s fartos e um quadril largo, conseguiu uma vaga como agente carcerária quando foi expulsa por sua mãe da casa de caseiros onde morava numa bela mansão por engravidar do filho dos patrões. Após ter seu filho que é a cara do pai que nunca soube da sua existência e portanto, não há no seu registro de nascimento o nome dele, assumiu toda a responsabilidade sozinha e com isso, estudou muito para terminar pelo menos o colegial para enfim, conseguir sua tão sonhada função como policial, mas, devido a ser mãe solo e com alguns problemas de saúde pela gravidez difícil, acabou chegando o mais perto do que sonhava ser, tornando-se uma agente carcereira.
A bela mulher odiava pessoas fúteis e acreditava que seu amado do passado a quem se entregou de corpo e alma, a abandonou grávida e com isso, quando surge algumas detentas como Olívia, ela vai a forra. Pelo visto, não será tão fácil a sua estadia na penitenciária como imaginava.
Com um sorriso de canto, Pérola parada frente a Olívia, se inclina para encarar bem o rosto da loira que abaixa a cabeça. Pelo visto sua marra de antes, agora não era nada do que um coelho assustado.
- Bem-vinda princesinha! Hoje, vou lhe dar o trato que merece. Sua mãe não lhe ensinou que fazer xixi na roupa é feio! – Exclama fazendo um beicinho.
Olívia engoliu em seco e os olhos marejaram. Ficou com medo do que estava por vir e com certeza não era nada bom.
- Vamos Patricinha, vai para aquela parede ali. – Apontou em direção a um local que há um chuveiro, piso sujo de lodo e um mau cheiro vindo do ralo.
Mesmo com cara de nojo, esfregando o seu nariz para tentar afastar aquele cheiro desagradável, Olívia que já estava totalmente nua e descalça, se aproximou daquele chuveiro.
As duas mulheres riram ao ver uma mulher magra, porém com um corpo bonito tremendo da cabeça aos pés com as mãos m*l cobrindo seus s***s e i********e entrando naquele pequeno cubículo se virando frente a elas.
Pérola, colocou a luva de látex em suas mãos e se aproximou com cara de poucos amigos.
- Agacha e abre bem as pernas queridinha. – Olívia ergueu seus olhos arregalados e o coração disparado pensando ter ouvido errado.
A mulher arqueou sua sobrancelha e gesticulou para que a loira fizesse o que mandou, até a outra carcereira falar alto enquanto Olívia se abaixa lentamente.
- Ei patricinha de merda, anda logo que não temos o tempo todo. Temos que liberar os gostosos que estão lá fora esperando para confirmar como você chegou aqui sem nenhum arranhão. Só... – Ela pausa lambendo os lábios e prossegue. – Fedida! – Faz uma careta e ri.
Suspirando pesadamente, Olívia faz aquilo rapidamente com medo de apanhar. Pérola se aproxima com cara de poucos amigos e então, introduz sua mão em sua entrada verificando se há algum aparelho ou droga em seu canal. Aquilo era incômodo já, que a carcereira não está sendo nenhum pouco gentil.
Vendo que não há nada, levou a mão com a lubrificação de Olívia até sua entrada interglútea fazendo o mesmo. Sentindo dor, algumas lágrimas escapam dos seus olhos. Pérola sorri, porque era isso que ela queria. Como as notícias correm, já sabia da fama da senhorita Beneton e por isso, faria da vida dela ali dentro um inferno.
- É queridinha, não há nada. Mas agora, falta algo. – Diz enquanto tira as luvas e as descarta na lixeira perto de uma pequena mesa.
Pegou um pequeno quase minúsculo pedaço de sabonete e jogou em direção a loira que teve um reflexo rápido o segurando como se segurasse um tesouro. Com uma certa dificuldade pelo tempo que ficou agachada e tentando ao máximo não se mexer para não sentir mais dor que já estava sentindo, se pôs de pé.
Olhou em direção as duas carcereiras que sorriram a incentivando e Olívia suspirou e abriu o registro do chuveiro saindo um jato gelado em seu corpo.
As duas riram enquanto Olívia pulava ao sentir aquela água gelada.
- O que foi patricinha, nunca tomou banho de água fria não? – Pergunta Pérola debochadamente.
Mesmo com raiva, Olívia quando teve seu corpo adaptado ao gelo daquela água, parou de pular e tomou um banho rápido. Assim que acabou, a carcereira que já havia separado o uniforme laranja, papel higiênico, um pano para se enxugar, chinelos e um pedaço de sabonete a entregou.
- Vista-se rápido, que ainda deve ir para a área de registro já que devia ter ido antes, mas não deixaríamos chegar até lá fedida. Vamos avisar aos policiais que te trouxeram que podem ir. – Pérola diz séria e gira os calcanhares seguindo para fora daquela sala.
Bronks ao saber que estava tudo certo e que agora era com eles, foi embora com seu parceiro voltando para a delegacia onde viu em uma das pracinhas no caminho, Catrina com uma senhora e uma criança que lembrava muito alguém, mais quem?
Continuou observando da janela enquanto seu parceiro os levava de volta a delegacia. Mas estava triste imaginando que a bela morena poderia ser casada.
Enquanto todos seguiam seu curso naquele dia, o passar das horas para duas pessoas mesmo sabendo que eram mãe e filho, queriam muito ter o resultado em mãos para comemorar mais uma vez.
Quando passaram finalmente as horas pedidas por seu amigo, Breno levou Lana com ele até o ateliê de Chloe para irem juntos até o laboratório. Os dois estavam muito nervosos e ansiosos e a loira era a calmaria em meio a tempestade que estava sendo dentro dos corações daquela senhora e do seu namorado.
Uma enfermeira que havia os chamado na recepção, entregou um envelope lacrado nas mãos de Chloe que ao olhar para os dois que sentados lado a lado, a encaram curiosos e ansiosos para que ela abra e fale o que tanto queriam apenas confirmar já sabendo em seus corações a resposta.
Dando um sorriso, Chloe abre o envelope branco retirando um papel do mesmo. Lendo atentamente cada palavra silenciosamente, Breno, já impaciente indaga sua namorada.
- E então amor, qual o resultado?
Olhando para seu namorado seriamente, encara Lana inexpressiva e a mesma está sem entender nada, até que a indaga.
- O que foi menina Chloe, qual o resultado?
Continua...
Parece que o inferno de Olivia está apenas começando...