Capítulo 20: Eu não acredito nisso.

1405 Words
Enquanto fazia o retorno para o quarto do pequeno Lucca para chamar a babá de nome Ellen, Liana terminava de pôr a mesa do café. Bateu suavemente na porta sendo atendida como instantaneamente e percebeu que a moça de cabelos cacheados uma mulata muito linda com aqueles olhos pretos como jabuticabas, estava com outra roupa e cabelos molhados recém saídos do banho, já que enxugava seu cabelo com uma toalha vermelha. - Pois não senhora? – Pergunta parando de enxugar seu cabelo lhe dando atenção. - Como é mesmo seu nome? – A pergunta sem graça, pois, não se lembrava o nome da bela moça. - Desculpa senhora, não me apresentei. Me chamo Ellen Consuelo e o pequeno aqui assim como muitas pessoas me chamam de Consul ou mesmo Elle. – Sorriu amistosa. Estendendo sua mão em cumprimento, Chloe sorri amável. Ellen Consuelo surpresa pelo gesto da irmã da sua patroa, sorri apertando-lhe a mão retribuindo o gesto. - Muito prazer Consul. Vim chama-la para o café enquanto aquele pequeno ali está dormindo. Já sei que como toda criança, deve ter sua energia e com isso, precisa estar bem alimentada. - Está bem senhora. Já irei em um minuto. – Assentiu apontando em direção ao cabelo que estava pingando e havia parado de enxugá-lo com a toalha que estava na sua mão. Antes de seguir para a mesa para deixar Ellen Consuelo terminar de se arrumar, sorri. - E antes que eu me esqueça, me chama somente de Chloe tudo bem? - Sim senhora, desculpe... Chloe. – Sorri envergonhada. - Assim está melhor. Espero por você e Steven na mesa. – Dito isso, girou os calcanhares e saiu. Enquanto estava na mesa do café se servindo, pareciam ter programado chegarem ao mesmo tempo e Steven com Ellen Consuelo se sentavam à mesa para tomarem um café que estava cheio de coisas gostosas e variedades que enchiam os olhos e a barriga roncava mais. - Já que estão aqui, vamos conversar. Quero saber como estão as coisas. – Chloe disse séria bebericando de um gole do seu café com leite. Ellen Consuelo se serviu de uma torrada de pão integral passando uma geleia de morango, dando uma mordida em seguida e olhando de um a outro e consentindo de cabeça para o que Chloe queria. Steven estava colocando no pequeno prato, pão, queijo, presunto e bacon frito na manteiga. Colocou em seu copo um suco de frutas vermelhas e olhou para a loira que o encarava esperando-o se sentir confortável. - Tudo bem cunhada. Vamos ao que interessa. Arqueando a sobrancelha, ficou bem surpresa por ser chamada assim, mas estava feliz por sua irmã, que além de estar viva, quem sabe agora com aquele belo homem que foi o seu salvador, já que era um dos bombeiros, mas precisamente o bombeiro chefe e responsável pelas buscas, quem obteve a resposta de onde ela estava e como era amigo de Debby, foi com ela que conversava, quando Chloe desconfiou que a amiga escondia algo. Na verdade, Steven descobriu aonde Clara estava, depois que o rapaz que a viu se jogar da ponte ligou para avisar o que havia acontecido e, por ser um surfista em férias pelo Canadá e preparado para mergulhos em águas gélidas, não pensou duas vezes até mergulhar e com uma certa dificuldade, acabou a encontrando. Infelizmente, com o choque do seu corpo sobre as águas que pareciam abraça-la, os óculos que ainda estava em seu rosto, por Clara estar com seus olhos abertos, as lentes se partiram com a pancada e fragmentos daquele vidro danificaram suas córneas a fazendo ficar cega. Com o resgate, o surfista a levou para um povoado que conhecia bem com uma aldeia xamã que cuidaram não só do corpo, mas do espírito daquela moça que estava tão machucado que não queria acordar. Sabiam que Clara por um milagre não perdeu o bebê com o baque na água. Alguns meses depois, a loira ainda estava em coma, mas com algumas melhorias. Steven já sabia o seu paradeiro e com o retorno das atividades de todos, colocou alguns equipamentos e um médico juntamente com os xamãs e enfim, Clara numa bela manhã de domingo despertou. E foi aí, que Chloe foi levada por Debby descobrindo que a irmã estava viva e até mesmo o seu pai, o senhor Karl, tinha conhecimento do seu resgate e de tudo o que passou. Agora, estava ali. Trazendo sua irmã e sobrinho para ficar com ela e seus amigos, mas não desistiria da sua vingança sobre aquele embuste e seus amigos. - Cunhada é?! Desde quando isso Steven? – O indaga divertida. Engolindo em seco, corou envergonhado e sorriu sem graça. - Acabou acontecendo. Mas... Vendo o seu semblante se entristecer de repente, Chloe estranhou Steven ficar murcho e por mais que sentisse seu coração se apertar por alguma coisa que estavam escondendo, queria saber o que acontecia. - O que houve Steven? Seja o que for, me diga sem a menor cerimônia. Steven suspirou e assentiu. - Tudo bem. Bem, eu e Clara estamos juntos já tem um tempo, mas ainda acho que ela nutre sentimentos por aquele infeliz. - Eu não acredito que ela o ame ainda Steven. - Claro que sim Chloe! Eu precisei pedir ao médico para sedá-la para que ela voltasse conosco para Toronto. – A encara em desespero. - Senhor Steven. – Ellen Consuelo o chama a razão, enquanto aperta seus cabelos entre as mãos desesperado. Desviando seu olhar, consente para que a bela moça continuasse. Respirando profundamente, ela diz. - A senhora Clara ainda não está bem. Passou por uma situação um tanto traumática. Teve uma segunda chance e quando soube que voltaria, ficou desse jeito. Isso não tem a ver com amar ainda o tal Pedro, mas sim, o medo de tudo acontecer de forma que possam até descobrir sobre Lucca e quererem toma-lo dela. “Paw” Um murro foi dado sobre a mesa e ao se assustarem, olharam para um Steven totalmente transtornado. Seus olhos exalavam a fúria e sua respiração ofega demonstrava tamanho ódio só de imaginar que Clara pudesse ser atormentada por aquele homem por causa do seu filho. Sim, desde que Steven a conquistou com seu carinho e cuidados, mesmo que ela não enxergasse com seus belos olhos azuis, o via com sua alma que, ao contrário da irmã, não deixou de ter a sua doçura e bondade transformada em amargura e o ruivo tem Lucca como seu filho e o menino o tem como seu pai, mesmo sem saber que não é seu filho biológico. - Steven... – Chloe o chama. - Ele não vai conseguir nada deles e se tentar, antes disso eu o mato. – Murmurou para si como uma confirmação sendo ouvido por Ellen Consuelo e Chloe que se entreolharam. Antes de continuarem a conversa, um casal sentava-se à mesa com cara de quem acabavam de acordar. Claire ao sentar ao lado de Chloe e ver Steven sentado frente a ela acompanhado de uma bela mulata ao seu lado, o reconheceu de imediato. Era o bombeiro de três anos atrás, que estava nas buscas da sua amiga. - Bom dia! – Os dois cumprimentaram juntos. Ao cumprimenta-los, parecia que havia dissipado qualquer tensão que estava na mesa. Steven os olhou e sorriu acenando de cabeça em cumprimento. Ellen Consuelo sorriu e os cumprimentou em uníssono com Chloe. - Bom dia! Mas, uma certa pessoinha roubou a atenção de todos à sua volta. A babá eletrônica que estava ao lado da babá na mesa, emitiu o som de um chorinho de alguém que acabava de acordar. Claire arregalou os olhos confusa e olhou em direção a Chloe e depois Dom que aparentavam estar tranquilos. - Com licença. – Ellen Consuelo se levantou indo até o quarto que só agora a ruiva se deu conta de que havia sido arrumado para uma criança e o outro para alguém que requeria cuidados. - Amiga?! – Buscando respostas, Claire a indaga. - Daqui a pouco conversamos amiga, mas de antemão, vem comigo. – Levantou puxando-a para sair da mesa e ir com ela até o quarto. Claire estava sem entender nada, mas foi olhando para Dom que apenas sorriu dando de ombros. Ao entrar no quarto do pequeno Lucca... Continua... Como será que Claire irá reagir quando souber? E pelo visto Steven, não vai deixar barato se Pedro ousar se aproximar.
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