Capítulo 41: O Grande Dia.

1847 Words
Após tanta conversa e risos durante a tarde e noite depois do jantar, Claire e Dom pediram licença e foram para o quarto quando todos estavam acomodados na área gourmet no jardim de inverno tomando vinho e degustando de vários tipos de queijo, presunto, azeitonas e outros petiscos. Estavam cansados e precisavam enviar o mensageiro entregar as caixas com as máscaras para os convidados e seus acompanhantes. Debby, que mesmo vendo a amiga se entrosando com todos, sentia Chloe distante. Parecia não estar ali. Quando viu que a mesma sentava-se numa espreguiçadeira, sentou ao seu lado cutucando a lateral de sua cintura e quando a loira a encarou em interrogativa, sabia por aquele olhar nas suas belas esferas azuis, que sua amiga não estava bem como aparentava. - O que foi Debby? - Eu que te perguntou Chloe! O que foi que está ainda com essa cara de quem comeu e não gostou?! – Murmura com a sobrancelha arqueada. Dando de ombros, Chloe desvia o olhar e se fixa na cena a sua frente. Clara está rodeada pelos pais, mas a mãe está a tratando como se fosse uma bebê. Suspirou ao perceber que dona Penélope não há de mudar e que aquele pedido de desculpas foi tudo, menos sincero. Vendo a amiga olhar em uma certa direção a acompanhou com os olhos pairando também sobre aquela cena. Debby entendia a sua amiga. Já passou pelo mesmo e por mais que a loira não falasse muito a respeito, o seu olhar demonstrava a tristeza que sempre assolou seu coração. Debby sentiu a necessidade de fazer algo, pegando Chloe de surpresa. A abraçou de lado, fazendo-a congelar e segundos depois com seus olhos arregalados, sentiu um sentimento estranho adentrar em seu peito, fazendo seu coração se aquecer, que foi inevitável os olhos marejarem. Escutando o coração bater descompassado e o sobe e desce acelerado de sua respiração, Debby a tranquilizou. Parecia que Chloe queria falar algo, e ela foi mais rápida. - Shiii, não fala nada minha amiga. Eu sei o que está sentindo e tive essa necessidade em te abraçar. Sei que temos nossos demônios, e o quanto é difícil falarmos sobre isso, mas estou aqui para você e por você. Te amo amiga! – Ao falar aquelas palavras, Chloe se emocionou. Derramou algumas lágrimas sentindo-se amparada. Por mais que Chloe amasse seus pais e a sua irmã, sempre sentiu a indiferença vindo da mãe e não era somente por ser a que mais gostasse de viver e até mesmo ter vários namorados, mas sim por haver algo por trás desse sentimento que a mãe demonstrava muito mais quando estavam sozinhas, ou quando explodia da forma como fez tempos atrás. Não queria mexer nessa história, até porque, uma hora ou outra, isso viria a tona e Chloe tinha muitas coisas a se preocupar, que essas atitudes da sua mãe eram o menor dos seus problemas. O nó formou-se em sua garganta e em meio ao sorriso choroso, Chloe a abraçou de volta. Respirou fundo e só uma palavra, conseguiu expressar naquele momento, o da gratidão. - Obrigada! A apertou mais em seu abraço dando uma leve sacudida e se afastou. Olhou e sorriu para amiga e vendo seu rosto úmido pelas lágrimas, Debby ajudou a enxuga-las. Steven ao longe, observava as amigas e sentiu que a cunhada estava mexida após a mãe aparecer e despejar sua raiva e frustração sobre a moça que, era desnecessário, já que a ignorou depois do pedido de desculpas se quem não deveria ter escondido tal segredo, estava agora ali, parecendo que a filha mais velha não existia e somente Clara e o neto que faziam parte daquela família. Estava incrédulo em como Penélope mudou da água para o vinho e parece que não somente ele percebeu além de Debby, como Karl que acabou chamando sua filha mais velha para se juntarem a um abraço de despedida, já que o senhor viu que estava ficando tarde e precisavam ir embora para casa. - Chloe minha filha. Venha aqui, para um abraço coletivo. – Acenou a chamando. A loira que estava emotiva, olhou para seu pai com os olhos marejados e entreolhou com sua amiga que sorriu a encorajando. Caminhou na direção dos quatro e chamou seu cunhado a se unir naquele abraço também, já que o mesmo faz parte da família. - Venha você também Steven! Como Penélope estava de costas para a loira, não conseguiu ver a cara que fez ao ouvir seu marido chama-la, mas Steven captou rapidamente seu revirar de olhos e torcer o rosto. Quando se sentiu observada, forçou um sorriso, mas já era tarde. Steven meneou a cabeça em repreensão percebendo que a sua sogra, não era tão boa pessoa assim como sua esposa e até mesmo cunhada relatou. Iria investiga-la. Sem graça, Penélope assentiu, o que na verdade, por ela não fazia questão de sua filha fazer parte daquele abraço e muito menos seu genro. - É filha, venha! Aproximando-se de todos, os cinco se uniram em um abraço e Ellen Consuelo que estava perto, viu que o pequeno Lucca estava com sono e assim que se afastaram, pegou o garotinho em seus braços, levando-o para o quarto onde deu um banho, preparou uma mamadeira de leite colocando-o em seguida para dormir e fazendo o mesmo, já que de quem cuidava, estava dormindo feito um anjo. - Filha, porque não vem conosco para a nossa casa. Traga meu neto mesmo que esteja dormindo. Hein, o que acha meu amor? – Sugere sua mãe acariciando seu rosto. Clara n**a com um certo aborrecimento. - Não mamãe. Eu já tenho tudo aqui. As portas sempre estarão abertas para a senhora e o papai, mas não vou para a casa de vocês, eu tenho meu marido e meu filho aqui. E não irei deixar que atrapalhe o sono dele só para irmos para a sua casa. Desculpa! - Mas filha... - Querida, deixe nossa filha. Chloe preparou tudo aqui para os acolher e ter todo o conforto necessário. Além do mais, ela é casada agora e não é prudente ela decidir algo sem consultar o seu esposo. – Karl responde a interrompendo e abraçando-a pelo pescoço. Penélope a contragosto, lançou um olhar carraspana o fazendo dar de ombros sem se importar. - Tudo bem. – O responde entre os dentes. Despediram-se de todos e Penélope m*l deu um abraço em Chloe e saíram. Chloe aproveitou e pediu licença, indo ao seu quarto já que o dia por mais agradável que tenha sido, foi um pouco tenso, a deixando esgotada emocionalmente. Assim que ela se retirou da área gourmet, Debby olhou para trás até não ver sua amiga por ali. Olhou para o casal em sua frente e resolveu fazer o mesmo, mas, ao abraçar a amiga, resolveu alerta-la. - Clara e Steven, também irei me recolher e amiga, continue assim com esse pulso firme com a sua mãe. Eu sei o quanto a tia pode ser manipuladora quando quer algo. - Eu sei amiga. Também já vamos dormir. Não se preocupe, que ter ficado cega, consigo enxergar muito mais agora do que antes. – Sorriu tranquilizando-a. Debby consentiu e deu um abraço em Steven indo para o seu quarto dormir. Assim que estavam sozinhos, Steven beijou sua amada com ternura a pegando em seus braços. Levou-a para o quarto e colocou a banheira para encher enquanto voltava para a área pegando a cadeira de rodas da esposa voltando para o quarto. O dia seguinte passou como um raio. Todos os convidados da nata Canadense receberam as caixas com as máscaras e Ellen Consuelo já estava a par do que faria na noite do evento. Iria com Chloe, já que Dom, Claire e Debby iriam na frente pois, seria seu plano B caso o que pensava que Olívia faria seria concretizado e jamais, deixaria a loira assumir um posto que não lhe era de direito, afinal, Clara e Steven ficariam com o filho, mas, acompanhariam tudo por uma transmissão ao vivo com câmeras que Dom havia instalado no ateliê. Já Olívia, tinha tudo acertado com seu amigo que Liam desconhecia, para deixar a modelo principal fora do seu caminho, mas m*l imaginava ela, que a loira junto a Catrina e seus amigos, já tinham tudo planejado para nada que ela programou dar certo. Pedro por outro lado, sentia que algo naquele evento aconteceria. Sentia mais do que nunca, a presença de Clara e acredita que não foi uma alucinação que teve naquela boate, pois, teve um vislumbre de vê-la passando rapidamente tendo seu reflexo pelas janelas de um apartamento frente ao seu escritório. De todo o m*l, retomou sua terapia com medo de enlouquecer. Breno estava ansioso em rever sua amada. Desde o dia em que estiveram juntos na sua cobertura, só estavam se falando por telefone, mensagens ou chamadas de vídeo. Estava morrendo de saudades. O que estava achando estranho, era o comportamento ultimamente da sua irmã caçula. Por mais que Analice fosse um pouco intrometida às vezes e um tipo entrona no seu quarto, a pegou o observando dormir e em alguns momentos, teve a percepção de ser observado no banho. Mas, tinha medo em descobrir o que a sua irmã fazia ali, já que para todos, são irmãos de sangue. Mas, se não houvesse outro jeito, iria chama-la para uma séria conversa. Os senhores Armstrong resolveram voltar da viagem para a festa que será um marco para Toronto e todos os envolvidos nesse ramo. Harold, tinha uma grande ideia ao saber quem é a Madame C e faria tal proposta ousadamente para beneficiar não só a família, mas Pedro principalmente mesmo que a mulher seja uma velha como imagina, já que a mesma nunca mostrou o rosto em público. Quando enfim chegou o grande dia, não só todos estavam ansiosos, mas os salões, spa e boutiques estavam em polvorosa. Todos queriam estar à altura do evento e assim seria. O local estava com um extenso tapete vermelho no exterior do ateliê que começava da calçada até o interior do local. Um isolamento de ambos os lados, para os repórteres e espectadores que vieram para prestigiar o lugar e após a entrada de todos, será liberado a alguns deles para contemplar o espaço da Madame C, já que será um lugar somente para a alta sociedade e os que forem selecionados, teriam tal privilégio. Debby, Claire, Ellen e Chloe, estavam sendo arrumadas num dos quartos do seu apartamento, enquanto Dom e até mesmo Luke no quarto do loiro tendo um barbeiro, alfaiate a disposição dos homens. Até mesmo Analice, Pedro e Breno, optaram em se arrumar na mansão. Olhando o celular a estar com os cabelos arrumados e maquiagem pronta, Chloe percebeu que já era hora de se vestir. Estava próximo da sua entrada triunfal, mas só o faria quando todos estivessem no ateliê. Enquanto isso... Continua... Quem não acreditava no pedido de desculpas da Penélope, acertou em cheio porque ela não foi sincera em nada! Que preparem os comes e bebes, porque o show vai começar! kkkkkk
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