Capítulo 11: Como é possível?!

1778 Words
Meia hora antes... Ao saberem que iriam junto com Analice para a boate, Pedro até que ficou feliz em poder recuperar pelo menos a amizade do irmão, mas Breno não havia ficado muito feliz com essa proximidade que a irmã caçula estava proporcionando aos dois. Só que ao lembrar de algumas palavras dos pais antes de seguirem viagem, suspirou pesadamente enquanto se arrumava frente ao espelho e resolveu dar uma oportunidade de Pedro demonstrar que estava mesmo arrependido por tudo o que fez à moça que estava apaixonada por ele e consequentemente grávida. “Breno meu filho, dê uma oportunidade ao Pedro. Realmente ele está arrependido e tem se empenhado em melhorar gradativamente. Claro que ainda continua mulherengo, mas acredito que seja pela perda da menina Clara e o filho que nem chegou a nascer. Não queremos que ele fique como esteve quando soube da morte da moça.” Essas eram palavras do seu pai Harold que tinha sua esposa Darla em concordância com cada palavra dita ao filho. Por mais que Breno não quisesse estar no mesmo ambiente que o irmão além da casa onde moravam nos momentos das refeições, faria um esforço por seus pais e pela irmã que na última hora os comunicou que iriam para a inauguração da boate “Hell”, que significa inferno em inglês. Após borrifar seu perfume, Breno saiu do seu quarto, encontrando o irmão no corredor. Ambos pareciam ter combinado saírem do quarto ao mesmo tempo. Pedro, que estava de calça azul escuro e camisa ¾ branca com risca de giz preta, sorriu fraco ao ver o irmão que estava com uma cara de poucos amigos. Breno, que estava parecendo o pecado em pessoa, com uma camisa ¾ vermelha com os dois primeiros botões abertos deixando a pequena gargantilha de ouro à mostra e uma calça cargo com vários bolsos de cor preta, os cabelos penteados para trás com alguns fios desalinhados e o sapatênis da mesma cor da calça, completava o look, o deixando ainda mais sedutor com aqueles belos olhos azuis com um toque esverdeado se tornando acinzentados. Apenas acenou de cabeça para o irmão fechando a porta do quarto e girando os calcanhares se preparando para sair. Mas, uma voz, ressoou logo atrás o deixando estático no lugar. - Irmão, queria falar com você. Breno suspirou e revirou os olhos. Não estava preparado para essa conversa, mas, em virtude do que prometeu a si mesmo enquanto se arrumava no seu quarto pensando na irmã e no que os pais disseram, se virou com as mãos nos bolsos. - O que foi Pedro?! Mordendo o lábio com um sorriso e coçando a nuca, se aproximou. Respirou fundo e disparou. - Eu sei que você ainda tem um pé atrás comigo, mas queria que soubesse que fiquei muito feliz em estar indo comigo e nossa irmã para a boate. Será que podemos zerar tudo o que houve e recomeçarmos? – Estendeu a mão com uma cara de súplica. Mesmo que parecesse o gato de botas com aquela cara, não convenceu muito bem Breno. Desviando seu olhar para aquela mão estendida, pensou por alguns segundos e mesmo hesitante, apertou-a em cumprimento. O seu semblante continuava sério e Pedro ficou sem graça engolindo em seco, até que Breno sorriu sem mostrar os dentes e disse. - Espero não me arrepender por estar lhe dando uma chance Pedro, mas não abusa porque não estou começando do zero com você, apenas retomando nossa relação de irmãos, já que não há como resetar por algo se não trará a Clara e o seu filho de volta. – Deu uma piscadela, soltando a sua mão. Pedro fechou a cara ao ouvir o nome de Clara e do filho que nem chegou a conhecer ficando sombrio. Quando pensou em refutar o irmão, Analice saiu do seu quarto animada e ao ver os irmãos parados se encarando no corredor, franziu o cenho ao ver que o clima não estava bom por ali. Diria até que parecia estar prestes a explodir uma guerra. - Irmãos, está tudo bem? – Pergunta se aproximando preocupada. Ao ouvirem a voz da irmã e olharem na sua direção vendo-a tão perto, os dois simultaneamente suavizaram suas expressões, mas Breno continuava sério. - Está tudo bem irmãzinha. Vamos?! – Ironiza apertando a bochecha da irmã recebendo um tapa para soltá-la. Pedro o fuzila com o olhar enquanto Breno dá de ombros se afastando e saindo na frente. Envolvendo seus ombros com seu braço másculo, sorri ao ver a irmã massageando o lugar que o mais velho apertou. - O que está rindo? – Pergunta irritada. Em rendição ergue suas mãos fazendo um beicinho. - Calma irmãzinha. Só estava rindo porque você fica linda irritada. – Sorri cínico. Estreitando os olhos, Analice bufa e dá uma cotovelada na cintura do irmão. - Palhaço. Vamos logo antes que Breno resolva não ir mais. O mesmo revira os olhos e consente seguindo a irmã até o carro, onde Breno os aguardava com o seu assistente Luke. Tanto Pedro quanto Analice, estranharam o assistente do irmão estar com eles, mas o mesmo avisou que estava indo com eles pois, estava de motorista e iria encontrar uma certa mulher que mantinha contato e que iriam se encontrar pela primeira vez. Mesmo que achassem aquilo perigoso pois, o rapaz não sabia se era ou não uma emboscada, o incentivaram a conhece-la e, como estariam todos juntos, caso fosse uma enrascada, poderiam ajuda-lo. Conversavam animadamente e mesmo que os ânimos entre Pedro e Breno não fosse um dos melhores, até que se interagiam na conversa. A boate estava cheia. Mas, isso não era nada muito importante para eles, que iriam para a parte vip. Entraram na boate e condizia com o nome “Inferno”. Mesmo não estando na sua zona de conforto, até que Breno se sentiu bem e o seu coração estava estranhamente leve e acelerado. Sorriu ao pensar na bela mulher que viu no aeroporto mais cedo. Quem sabe, ela não estaria ali? Se perguntou ao adentrar na área vip. Assim que se acomodaram numa mesa no mezanino onde dava para ver todo o espaço, Breno resolveu descer com seu assistente Luke indo ao bar para pegarem algumas bebidas. Luke não deixava de olhar seu celular enquanto fizeram o pedido deles no balcão. Até que ao olhar em direção a entrada em que quatro pessoas adentravam naquele lugar cheio de luzes e uma música alta reverberando por todo o espaço, deixou Breno incrédulo com o que via. Assim que Pedro que estava com Analice a mesa no andar de cima e Breno que ao olhar por cima do ombro no bar, pareciam estar vendo uma miragem. - É ela! – Em uníssono falaram mesmo estando distantes. Luke, rindo feito um bobo e olhando para a sua tela, murmurou um pouco alto devido a música que ecoava. - Ela está aqui. Nem acredito! Franzindo o cenho e o encarando, indagou. - Você está falando de quem Luke? Despertando de seu devaneio e tirando seus olhos da tela do seu aparelho, fitou seu chefe sem entender. - Como assim de quem chefe. Estou falando da minha gata, estava pensando que eu falava de quem? Segurando na sua cabeça, virou seu rosto em direção as pessoas que estavam próximas a uma mesa que dava no outro andar de frente com a mesa que estavam e apontou para a bela loira de mais cedo. - Estou falando daquela ali que estava no aeroporto. Luke suspirou e consentiu. Mas, o seu suspiro não era pela loira de vermelho e sim pela loira de pontas rosas nos cabelos. Antes que Breno pudesse o esfolar vivo acreditando estar encantado por sua musa, já que sentiu um bufar raivoso ao seu lado seguido de um rosnar, se apressou em responde-lo. - Ei chefe, não pense que estou assim por causa dela. Tudo bem que ela é linda, mas quem eu me referia, era a minha gata que vim me encontrar e adivinha?! É a loira que está ao lado dela. Breno ficou boquiaberto. Estava de queixo caído e se aquilo não fosse o destino, não sabia mais o que seria. Respirou aliviado e sorriu se servindo do seu uísque. Pediu mais uma dose e iniciaram uma conversa. Enquanto isso no andar de cima, Pedro não desviava seu olhar um só minuto. Analice ainda não entendia porque o irmão ficou tão agitado de repente. - Não é possível! - Não é possível o que irmão? Se dando conta de que estava ao lado da irmã, forçou um sorriso, meneou a cabeça e desconversou. Não queria deixar sua irmã preocupada. Vai que fosse mais uma alucinação e chegasse ao ponto de acreditar que ele estava ficando louco, já que ainda não tinha bebido uma gota sequer de álcool. - Não é nada Analice. Estava só pensando alto. Olhando-o desconfiada, deu de ombros cruzando os braços. Não deu nem tempo de conversarem pois, Breno e Luke sentaram-se colocando as bebidas sobre a pequena mesa de vidro. Percebendo que o irmão não tirava os olhos do outro lado, Breno bateu a ponta dos dedos no copo e acenou na sua direção tirando sua atenção. - O que tanto está olhando Pedro. Por acaso já achou sua presa da vez? – Zombou. Fazendo uma careta, Pedro pegou sua bebida e sorveu em um só gole sentindo o líquido queimar a garganta. - Ah, vá se fuder Breno! – O responde irritado, arrancando risos do irmão que estava feliz. Já do outro lado na outra área vip, Chloe sentia suas costas queimarem. Sabia que uma pessoa a encarava, mas porque tinha a sensação de ser mais de um? Olhou de soslaio para sua amiga Debby que estava de frente com seus olhos fixos do outro lado. Bebeu do seu drink azul e gesticulou atraindo sua atenção. - O que foi Chloe? - Que tanto olhas? – Sorriu mordendo o lábio. - Você não vai acreditar, o carinha que eu tô conversando está aqui! Quase engasgando com a sua bebida, riu. - Aqui?! E porque não vai falar com ele? - Daqui a pouco amore. Mas, olha lá! – Falou apontando com seus olhos em direção a pista. Se entreolharam e sorriram. Enfim, dois dos amigos que Chloe tinha, estavam juntos agora. Claire e Dominique, estavam aos beijos na pista de dança e totalmente fora do ritmo que a música tocava. Chloe, gesticulou para a amiga e ao sorverem do último gole das suas bebidas, desceram para a pista afim de se entregarem as batidas musicais. Continua... Só posso dizer, EITA! Debby e Luke? Hum...
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