Vanessa
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— Só mais um pouco.— murmura Cauê, passando a língua sobre os dentes.
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— Assim? — Eu respiro.
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— Sim.— Seu olhar é tão intenso que parece que está queimando minha pele.
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Meu coração bate forte.
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— Tão linda.— O canto de sua boca se contrai.
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Minhas bochechas queimam quando os olhos de Cauê caem de volta para a página de seu caderno de desenho, seu lápis arranhando o papel. Uma ruga se forma entre suas sobrancelhas enquanto ele trabalha, seu olhar piscando constantemente entre mim e a página à sua frente.
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Não posso reclamar da vista. Ele está sentado em uma cadeira, vestido apenas com sua boxer com todos aqueles músculos de dar água na boca à mostra. Eu o observo, mapeando as tatuagens em suas coxas e antebraços, me perguntando se vou inspirar a próxima obra d
