Klaus não sabia o que dizer após a revelação de Síria, ele a olhava com intensidade tentando desvendar o que ela estava pensando.
_Eu lamento, não devia ter perguntado.
_Não se preocupe, não tinha como você saber- ela termina de fazer o café e coloca um copo na frente de Klaus.
_Eu fui muito insensível - diz se desculpando uma vez mais.
_Como disse, não tem problema, isso é passado - apesar de suas palavras Klaus tinha a sensação de que não era bem o que ela dizia.
_Você o amava?
_Muito - diz ela tomando um gole de café - Ele era muito bom comigo.
_Então deve sentir muita falta dele.
_Já tem mais de três anos, então acho que já me acostumei com sua ausência.
_É por isso que você não quer se envolver comigo? - apessar da situação ser difícil Klaus não podia deixar de perguntar, ele não via mais nenhuma razão para ela o recusar a não ser isso.
Síria olha para Klaus e vê o medo em seus olhos, e por algum motivo isso a incomoda, ela não queria que ele sentisse medo.
_Não , tenho outro motivo - diz olhando para ele, Klaus relaxa um pouco, ele sabia que se tivesse que lutar com a memória do falecido marido dela ele não teria chance.
_Então fica comigo.
_Quando vai entender que sou um risco para você?
_Você não é um risco para mim, eu te amo e vou cuidar de você - um sorriso triste surge no rosto de Síria, ela não acreditava nisso, afinal no mundo dela coisas improváveis acontecia, eles nunca estavam seguros.
_Você desistiria da sua profissão por mim? - Klaus fica em silêncio por um tempo pensando em uma boa resposta.
_Se isso significar que vou ter você, então sim, eu desistiria.
A surpresa toma o rosto de Síria, ela havia dito isso justamente por pensar que ele jamais faria algo assim.
_Por quê?
_Assim como você eu não tenho família, a pessoa que me criou se foi a alguns anos, então não tem nada que me prenda.
_As vezes você me surpreende.
_Não sou diferente de você Síria, e ultimamente o meu trabalho tem me decepcionado, saber que eles estão envolvidos em tanta sujeira me fez pensar que talvez tudo que eu esteja fazendo seja um erro.
_Não pense muito nisso - diz Síria se levantando e saindo para fora. Klaus a segue e se senta ao seu lado em um banco na área.
_Você tem arrependimento pelo que faz? - a pergunta de Klaus era interessante, arrependimento, pensa Síria, ela sempre pensou que essa palavra não existia em sua profissão.
_Não, tudo o que fiz e faço não me causa arrependimento, no começo me incomodava, agora já não incomoda mais.
Para Síria a primeira vez que ela matou foi a mais difícil, ela passou semanas se lembrando daquilo até ver a fixa da pessoa que tinha matado. Ele era um e********r em série, que havia tirado a vida de uma criança de três anos, então ela passou a bloquear esses sentimentos de culpa ou arrependimento, ela havia passado apenas a matar, sem se preocupar com nome ou gênero, se ela recebia o seu p*******o ela matava, e com o tempo além de se tornar uma mulher muito rica ela havia perdido sua sensibilidade, ela encara tudo apenas como um trabalho.
Klaus observa o rosto de Síria, ele vê como a mente dela está longe, vagando talvez por lembranças dolorosas, então com um forte barulho começa a chover, o céu havia se escurecido e a chuva caia como se fosse lágrimas vindas do céu.
Então Klaus pega a xícara de café das mãos de Síria e a puxa para a chuva.
_Para! - diz ela rindo - Ficou louco!
_Sim, louco por uma bela assassina - Klaus a prende em seus braços enquanto a chuva os molha, seus olhos procuram os dela e num impulso seus lábios reivindica os dela com ímpeto, sua mão segura sua nuca a puxando para mais perto enquanto sua língua invade sua boca com desejo, aquele beijo tinha gosto de chuva, de aconchego e uma promessa de felicidade. Os braços de Síria se fecham no pescoço de Klaus enquanto ela correspondia ao beijo com desespero, sua língua travando um delicioso duelo com a dele enquanto o céu desabava acima deles.
Klaus pega Síria pela cintura e a ergue do chão, ela se prende em sua cintura com as pernas enquanto ele a sustenta com suas fortes mãos.
_Você me tenta sabia - diz ele a encarando com desejo.
_Até onde eu sei quem tem me seduzido é você - diz ela o encarando.
_Que se f**a - diz ele a puxando novamente para um beijo, Síria se perdia na sensação de estar nos braços de Klaus, seu corpo se grudava ao dele com desejo enquanto ela soltava pequenos gemidos nos lábios dele, as mãos de Klaus acariciava suas costas em meio ao melhor beijo da vida de Síria.
Depois de um tempo eles se separam e voltam para a área encharcados da chuva que ainda caia, Síria tira sua roupa ficando apenas de peça intima, Klaus olha para o seu corpo com desejo e quando toca em sua cintura leva um tapa na mão.
_Nem pense nisso - diz ela ainda de costas - Vou tomar banho depois te arrumo algo para vestir - dizendo isso ela entra na cabana deixando Klaus na área, ele olha para baixo, vendo o tamanho da sua ereção e suspira com um sorriso no rosto, se ele pensava que seria fácil fazer amor com Síria ele estava redondamente enganado. Após alguns minutos Síria volta vestindo um conjunto de moletom e chinelos.
_Aqui - diz entregando algumas roupas e uma toalha a Klaus - Pôde tomar um banho se quiser.
Klaus pega as roupas de Síria e antes de ir tomar banho a puxa e lhe dá um beijo rápido. Agora ele se sentia em casa, sorrindo ele vai tomar seu banho.