Capítulo 57

1004 Words
Nico A noite de Nico havia sido um porre, ele não tinha dormido direito pensando em uma forma de se aproximar de Alícia, e pra ajudar, hoje ele estava de plantão, ele odiava trabalhar no final de semana. Arrastando seu corpo da cama ele vai até o banheiro e toma um banho para despertar, e faz sua higiene, coloca uma calça preta colada no corpo com algumas correntes na lateral, pega uma camisa de manga três quartos, calça seu coturno e desce para tomar café. _Bom dia. _Não parece ser um bom dia para você - diz Xavier observador como sempre. _Odeio trabalhar final de semana - diz enchendo sua xícara de café. _Quer trocar comigo? - pergunta Charles sorrindo, Nico o conhecia bem o suficiente para saber que ele estava insinuando que passaria o dia com Alícia em seu lugar. _Se chegar perto dela eu te castro com faca sega - diz sério. _Ai! - diz Charles se encolhendo. _Fico me perguntando quando vocês vão crescer - diz Ricardo que observava a interação entre eles. _A culpa é dele - diz Nico carrancudo. _Quero que você venha comigo para resolver algo Nico - diz Ricardo. _Claro chefe. _Parece que alguém não vai namorar hoje - diz Charles rindo. Nico se levanta fuzilando Charles com os olhos, ele segue Ricardo até a garagem e se surpreende com quem estava os esperando. _Bom dia Alícia - diz Ricardo. _Bom dia chefe - diz arrumando os óculos sobre o nariz. _Trouxe o que pedi ? _Sim, está aqui - responde erguendo uma maleta preta. _Ótimo, então vamos - Ricardo abre a porta de trás do carro e Alícia entra, Nico assistia a tudo curioso. _Para onde vamos? - pergunta Nico depois de um tempo, ele sabia que Ricardo não era de fazer visita, sempre usando um deles para isso, então se ele resolvia aparecer era por que a coisa estava feia. _Preciso conversar com alguém, e não quero sujar a minha roupa - Nico já sabia o que significava, ele teria que dar um corretivo em alguém para o chefe. Ricardo era muito diferente de outros líderes de organizações, normalmente ele trabalhava mais na logística e planejamento deixando o trabalho duro para os meninos, ele só aparecia quando algo realmente estava sério, e isso ficou conhecido entre seus inimigos, todos sabiam que quando Ricardo aparecia alguém Morria, com o tempo passaram a chamá-lo de o cavaleiro da morte, algo que nunca o incomodou, pelo contrário, ele usava esse apelido com muito orgulho. Após alguns minutos eles param em uma mansão em uma parte rica da cidade, outro fato sobre Ricardo, ele não se importava com o lugar ou quantidade de pessoas ele fazia o que tinha que fazer e saia pela porta da frente. Um guarda os esperava no portão da mansão assim que eles descem do veículo. _Como posso ajudá-lo? - pergunta o homem os impedindo de entrar. _Pode ajudar saindo da nossa frente, a menos que queira que eu o remova daí - Nico havia assumido sua personalidade sombria, a que ele usava fora de casa e para seus inimigos, o guarda o encara com olhos arregalados. _Me desculpe senhor, mas não posso deixa-lo entrar sem permissão - diz apreensivo. _Diga a Paolo que Ricardo quer vê-lo, te dou dois minutos antes que eu arrombe o portão e passe por cima de você - a expressão de Ricardo estava tranquila enquanto ele se encostava na porta do carro, mas seus olhos estavam frios e sua expressão sombria, o guarda não ousou questiona-lo, pegando o rádio ele informa a situação rapidamente e logo em seguida aparecem outros seguranças no portão. _Bom dia senhor Ricardo, Paolo o espera , me siga por favor - diz o segurança que havia chegado. Eles acompanham os seguranças até a mansão onde um homem esguio os aguardava em uma sala luxuosa. Alícia olhava as obras de artes nas paredes abismada com tamanha ostentação que o homem a sua frente parecia ter. _Bem vindo a minha humilde residência Ricardo - diz Paolo estendendo a mão para Ricardo, ele não aceita, e em vez disso se senta em seu sofá de forma relaxada. _Sabe por que estou aqui Paolo? _Na verdade não, mas se tiver algo que eu possa ajudá-lo. _Claro que você pode me ajudar - o rosto do homem se ilumina - Se parar de respirar - completa Ricardo de forma tranquila, Paolo empalidece o pavor estampado em seu rosto. _Eu não entendo - diz se sentando - O que o chateou? _Sabe Paolo, você é uma das poucas pessoas que conhecem minha família, e pelo que vejo isso vai custar sua vida - com um gesto de Ricardo, Nico se aproxima de Paolo apertando sua gravata em seu pescoço, ele tenta se desvencilhar, mas bastou apenas um olhar de Ricardo para ele mudar de idéia. _O que eu fiz? - pergunta em um fio de voz. _Você pensou que era inteligente sugerir ao meu pai que interferisse em meus negócios? - diz ele pegando uma adaga de sua camisa. _Não fui eu. _Daqui a alguns minutos não será. E você sabe porquê? - diz Ricardo se aproximando de Paolo, o homem o encarava em silêncio, Nico pega a adaga de Ricardo e crava na perna de Paolo. _Acho que o chefe lhe fez uma pergunta. - neste momento vários seguranças entram com suas armas apontadas para eles, rapidamente Alícia saca sua arma apontando para os seguranças protegendo as costas de Ricardo. _O próximo que der mais um passo estará morto - ela os encarava com olhos ferozes, apesar de seu belo rosto, Alícia havia sido bem treinada, e sabia como se defender. _Responda a pergunta - diz Nico desferindo um forte tapa no rosto de Paolo. _Não, eu não sei - responde trincando os dentes de raiva. _É bem simples, por que mortos não falam - Paolo sabia que estava em apuros ele conhecia bem a fama de Ricardo, não tinha ninguém que pudesse o livrar de sua ira.
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