Klaus acordou de madrugada com um barulho na sua cozinha, rapidamente ele pega sua pistola na mesinha de cabeceira e na ponta dos pés vai até a cozinha, mas o que ele viu era bem diferente do que esperava. Três homens estavam sentados em sua mesa bebendo cerveja e comendo petisco.
_Até que enfim acordou, bela adormecida - diz Nico
_Posso saber qual é o motivo da invasão? Porque vocês gostam de invadir minha casa? - pergunta Klaus baixando a arma e colocando na mesa na sala.
_Gostar não é bem a palavra - diz Charles tomando um gole da sua cerveja.
_Senta e pega uma - diz Xavier apontando para uma cadeira e uma cerveja na mesa, Klaus sabia que não tinha saída, apesar de saber se defender muito bem ele não via ameaça nas pessoas a sua frente. Ele vai até a mesa se senta e pega uma cerveja.
_Estamos aqui hoje por causa da nossa irmãzinha - diz Nico.
_Eu conheço ela? - Klaus ainda não tinha prestado atenção ao ambiente se não ele teria entendido a dica, havia uma pistola na frente de cada pessoa na mesa, apesar de parecerem calmos o clima era tenso.
_Filho da p**a! Não se faça de desentendido. - diz Nico já bravo.
_Você está na minha casa, então controle essa sua boca suja, e eu por acaso tenho cara de adivinho? - Charles vendo a cena não pode deixar de dar risada, chamando a atenção dos outros para si.
_Qual é a graça? - pergunta Nico zangado.
_Ele tem peito, isso eu não posso negar.
_Só queremos conversar com você agente, nada de mais, ignora o Nico, quando diz respeito a Síria ele sempre age de forma exagerada. - diz Xavier que até o momento estava em silêncio.
_Tudo bem, o que querem me dizer? Não é muito comum invadir a casa dos outros para um happy hour a essa hora.
_Queremos apenas saber quais são suas intenções com a Síria? - diz Charles.
_Vocês são pais dela agora? - diz Klaus.
_Nos importamos com ela, você pode achar estranho nosso comportamento, mas ela é importante para nós, é da família e cuidamos dos nossos, se você realmente tem interesse nela precisa provar que tem capacidade de cuidar dela, assim como nós fazemos. - Klaus entendia o que eles queriam dizer, e pelo que estavam fazendo dava pra perceber que eram super protetores em relação a ela
_Olha, eu m*l a conheço, só vi ela três vezes e duas ela me ameaçou de morte - diz Klaus.
_Essa é minha maninha - diz Nico dando um tapa nas costas de Klaus que o olha com olhos questionadores.
_Sei que você não entende, mas ela tem passado por uma fase difícil, agora que ela está melhor, então não queremos que ela volte a piorar.
_O que houve com ela? - a curiosidade de Klaus era latente, ele sabia que havia algo errado com ela, agora tinha a oportunidade de descobrir.
_A história não é nossa para contar, se quiser descobrir vai ter que perguntar diretamente pra ela - diz Xavier.
_Só vamos lhe dar um aviso agente, se pisar na bola vão encontrar seu corpo boiando em algum lugar - diz Charles colocando alguns amendoim na boca.
_Não precisam se preocupar , não sei dizer se sinto algo por ela, só tenho essa vontade de protege-la, o que é bem esquisito.
_ Nós também não somos bárbaros, vivemos fora da lei, mas não somos irracionais, tenha cuidado com o que você faz.
_Vamos estar de olho em você - completa Xavier.
_Uma pisada na bola e finalmente vou poder usar meu kit novo de tortura - diz Nico sorrindo, Klaus o olha com descrença.
_Cara, você precisa se tratar, - diz sério
_Sou perfeitamente normal - responde emburrado.
_Há! não é não.
_Bem era apenas isso que viemos fazer, agora que tudo está esclarecido vamos embora, - diz Xavier se levantando.
_Pra você saber que falamos sério, tome cuidado, você irritou recentemente uma pessoa, quando chegamos eles estavam cortando os freios do seu carro, seu presente está no porta malas , -diz Charles deixando Klaus chocado.
_Amanhã um amigo nosso vem melhorar seu sistema de segurança, considere um presente pela invasão de hoje - diz Xavier já abrindo a porta e saindo.
_Obrigada, eu acho - responde Klaus ainda inserto, ele vê os três homens enormes deixarem sua casa. Curioso ele pega a chave do seu carro e abre o porta malas, havia dois homens lá dentro desacordados, uma coisa ele não poderia negar, eles eram eficiente.
***
No caminho para casa Nico, Charles e Xavier foram em silêncio, ainda absorvendo o que haviam conversado.
_Vou chamar reforço - diz Nico de repente.
_Quem? - pergunta Xavier enquanto dirigia.
_Você sabe, aquela pessoa - responde com um sorriso.
_Você tá falando sério? - pergunta Charles se inclinando para olhar para ele no banco de trás.
_Sim, as coisas vão ficar divertidas.
_Pode apostar - responde Charles sorrindo.
_Vocês não tem medo deles se matarem? - pergunta Xavier.
_Isso não vai acontecer, mas vamos ter um pouco mais de ação - diz Nico selecionando um número de telefone na sua lista, chama algumas vezes antes de uma voz forte atender.
_Alô?
_É o Nico.
_Do que você precisa?
_Preciso da sua ajuda em algo que envolve a Síria.
_Minha garota está com problemas? - pergunta a voz do outro lado da linha.
_Se você não me ajudar ela não vai ser sua garota por muito tempo. - responde Nico com um sorriso, ele sabia como conseguir ajuda da pessoa do outro lado da linha, assim como sabia seu ponto fraco.
_Chego semana que vem, preciso resolver algo aqui antes de me ausentar.
_Vou ficar aguardando.
_Certo. - desliga a pessoa do outro lado da linha, Nico estampava um sorriso orgulhoso no rosto.
_Você tem certeza que não está fazendo merda? - pergunta Xavier.
_Não, vocês vão ver, é a única forma de saber se podemos confiar mesmo no agente.
Em casa Síria dormia, alheia de tudo o que seus amigos aprontavam na sua ausência.