3° – Homem Misterioso.

2040 Words
ELISA Levo um susto quando ouço uma voz grossa do nada atrás de mim. Dou um sobressalto e coloco a mão no coração com o pequeno susto que levei. Mais quase tenho um infarto com a beleza desse homem na minha frente, sua estatura alta, corpo musculoso, olhos verdes claro, cabelos pretos feito à noite bagunçado mais de jeito que o deixa sexy. Sua boca não é grande totalmente beijavel, sua barba por fazer contornando seu maxilar másculo acompanhado desse sorriso de lado. Pico alguns vezes... — Como? Com as mãos nos bolso do seu terno perfeitamente alinhado, dá alguns passos em minha direção como um predador cercando uma presa. Ainda com aquele maldito sorriso travesso. — Acha mesmo que sair de um encontro dizendo que um gato infartou vai funcionar? Kkkk Me desculpa mais essas desculpas esfarrapadas já estam velhas. E seu... Seja lá o que for, não precisa ser inteligente para sacar que está levando um grande pé na b***a. Quando percebo o cara está próximo a mim com uma das mãos na parede olhando para baixo e eu olhando para cima, já que o nosso é tamanho desproporcional. — E por acaso é algum Hitch? — Não. Mais sou especialista em saber quando uma mulher não está interessada. — Não sabe que é feio ouvir a conversa dos outros? Eu mesmo não lembro de ter pedido sua opinião. Seu sorriso fica mais largo e com a outra mão do bolso pega em meu queixo. — Nervosinha. Adoro uma mulher geniosa. — E eu detesto gente intrometida. E faça o favor de se afastar, o senhor está me sufocando. — Quer um conselho? — Não. — Ainda sim vou dar. Você parece mais inteligente para ter que colocar em prática um plano tão preguiçoso. Coloco as mãos na cintura e o encaro. — Eu disse não. — E eu não me importo. — Você não aceita levar um "não"? — Bombom, eu nunca recebo um não. Bombom? Que apelido mais ridículo... Mais ridículo ainda é minha barriga fazer movimentos estranhos ao ouvir essa besteira. Ainda me encarando como se eu fosse um pedaço de carne, me olha de baixo para cima e quando suas íris esverdeadas vai de encontro com a minha sinto meu coração acelerar. Mais ignoro sua pose de macho alfa e passo por ele e sem pensar duas vezes o homem segura meu braço acima do cotuvelo. No mesmo instante olho para ele. — Gostei de você. Bombom. – Sorriu lascivo. Puxo meu braço. — Não me chame de bombom. — Ok Elisa. Como sabe meu nome? Do jeito que é bisbilhoteiro deve ter ouvido eu discutindo com a velha do gato. Ignoro ele. Viro e saio pisando alto voltando para meu detestável doutor. Ando ainda meio desnorteada com o que acabou de acontecer com aquele homem misterioso e incrivelmente lindo. Parece ser um cara bem distinto e pelo terno muito rico. Não faço ideia de quem seja, mais conheço aquele tipo e é muito melhor ficar metros de distância. Hoje será o última vez desses encontros desastrosos. — Olha só. Demorou muito Elisa. — Desculpa tive uma ligação do trabalho e sabe como é. — Sei, podemos continuar falando sobre as veias do coração? — Claro, mais antes vou pedir outra garrafa. — Não acha que já foi o suficiente. — Não, eu não acho. – Ofereço um sorriso forçado. Logo o garçom chega com mais uma garrafa de vinho branco e logo em seguida encho minha taça. E o blá blá de anatomia continua e como ele é excelente no que faz, o quanto se orgulha dele mesmo, que é o melhor médico da cidade. A paixão que tem sobre o corpo humano, como é fascinante e ele novamente... Um saco. Olho no relógio e vejo que já se passou mais uma hora e nada de Laura me ligar. Faço cara de paisagem, faço caras e bocas e tento mostrar o quanto estou confortável com esse assunto chato. Quando decido sair a egípcia, aquela voz arrogante soa na nossa frente. — Não posso acreditar, Elisa é você mesmo?! Era só o que né faltava outro maluco na minha vida. Bebo o resto do meu vinho da taça olho para cima e seu sorriso sinico é notório e a modelo muito famosa de revista pendurada em seu braço direito. — Você conhece esse cara Elisa? – Allan me questiona. — Anh... Nãão, siiim... Entro no jogo ou não? Merda! — Sim ou não? — Claro que conhece, há quanto tempo não nos vemos. Sério? O que ele está querendo com essa palhaçada toda? — Oie muito prazer Eric, fui namorado da sua parceira na adolescência. — Hm. Allan Clark. – Diz sério. Volta o olhar para mim e pega na minha mão como se quisesse marcar território. Ignora a presença do casal e sorri para mim. — Então aonde paramos? Do nada o tal Eric puxa a cadeira ao nosso lado e pega a sua parceira e senta também. — Eric temos que ir. — Já vamos baby. É que faz tempo que não vejo a bombom. Ops! Elisa. Gente esse cara é completamente pirado. E ali eu no meio de três desconhecido. O doutor Palmito, o homem misterioso e a modelo que masca um chiclete feito uma vaca comendo capim. Hoje realmente é o pior dia da minha vida: primeiro sou demitida, depois meu passaporte para uma vaga boa é roubado e agora esse fiasco. Preciso beber para dar o fora daqui. Pego minha taça preencho com mais vinho branco e vou bebendo enquanto o lunático gostoso fala e Allan rebate. — Ninguém convidou você para sentar. — Qual o problema, eu conheço Elisa e apenas quis ser gentil. — Já que comprimentou pode sair daqui. — Então Elisa adorava os meus apelidos. – Ignora o doutor. Sem querer deixo meu celular cair debaixo da mesa e me abaixo para pegar. — Deixe que eu pego. — Não precisa. Mais Eric ignora e vai para debaixo dos panos junto comigo. — O que pensa que está fazendo, seu maluco? – Susssuro. Ele olha para mim, sorri e se aproxima tanto que seu hálito fresco de menta e o seu perfume de deixar uma mulher bamba e seus olhos com pura diversão fica ali me observando mais logo fala. — Apenas entre na brincadeira, se quiser sair logo desse encontro terrível. Ninguém vai te ajudar se fosse a notícia do gato infartado já tinha aparecido. Sussurrou de volta. — Eu nem te conheço. — Não precisa. — Por que está fazendo isso? — Gostei de você, bombom. – Sobe mais rápido que um piscar de olhos antes que eu responda. — Já disse para não me chamar de bombom. – Falo entre os dentes. Subo e Allan está com uma cara de quem comeu e não gostou. Cruza os braços e emburra, a namorada do Eric apenas mastiga seu chiclete ora olha celular, ora em um espelho. — Elisa mande esse ex seu dar o fora. — Calma machão. – Dá um tapa no ombro do doutor e em seguida Allan limpa aonde Eric tocou. — Eu nem cheguei na melhor parte, como nos conhecemos. Quer saber? — Não. — Então nossa história foi linda sabe, tivemos momentos bons... — Ele escultou que eu disse não. — Eric não se dá bem com nãos... – Digo bebendo mais. — Mais foram bons momentos, até o dia em que peguei ele com minha melhor amiga. — Bombom! Sabe que não foi bem isso, ela quem me beijou e você chegou bem na hora. Curva para frente e olha no fundo dos meus olhos, meu corpo já pega fogo apenas com aquela hipnose. Logo em seguida desce para meus lábios e vejo que o safado da uma leve mordida discreta no canto da boca. — Você sabe que fui completamente, alucinamente apaixonado por você. Por alguns segundos até eu poderia acreditar naquelas palavras de um desconhecido que fala tão convincente. Não sei mais automaticamente dou um meio sorriso gostando do que acabo de ouvir. Sempre sonhei em ouvir essas palavras de alguém, mais nunca fui premiada. Realmente só me envolvi com o cara errado. Corto nosso lance e volto para minha bebida. — Lembro-me bem do nosso primeiro beijo. Foi uma explosão de... De repente Allan pigarreia chamando atenção de todos. — Já deu. Vocês estam estragando meu encontro. — Tem certeza que sou? Eles se encaram. — Eric! – Repreendo-o. Ele não responde apenas continua falando sobre nosso relacionamento falso e eu fico ali intrigada com tamanha facilidade em criar histórias absurdas. Mais confesso que, esse estranho encontro é melhor do que ter uma palestra sobre anatomia, de como tudo que Allan faz é perfeito. — Sabe eu te repreendendo assim, me lembra daquela vez que fomos pegos pela sua mãe quando finalmente tivemos nossa primeira vez. Eric egasga com a minha bebida que ele usurpou segundos antes. — Vocês foram pegos? – A modelo finalmente abre a boca. — Sim, eu acabei com ele, quando já tinha jurado que os pais estariam viajando. — Elisa vamos embora, para mim já deu. — Para mim também. – A loira fala. Os dois reclamam enquanto eu e Eric nos encaramos, pisco batendo as mãos na mesa levemente. — Vamos Allan. Levanto e o homem misterioso faz o mesmo movimento e se aproxima consideravelmente. Olho para cima e aquele mesmo sorriso está lá. — Foi bom te ver novamente. Se aproxima do meu rosto e dá um beijo umido no canto da minha boca sem que os nossos companheiros percebam. Meu corpo se arrepia com o atrevimento dele e sinto que antes de se afastar ele me deu uma leve suspirada como se tivesse memorizando o minha colônia. Eric pega nas mãos da modelo e logo cola seus corpos e sinto uma pitada de inveja daquela mulher e por um breve instante quis está em seu lugar. Já fora do restaurante esperando o doutor sair de uma ligação foco olhando às luzes da cidade esperando impacientemente. — Pronto. Elisa foi muito bom à noite com você mais tudo bem se pegar um táxi para ir para casa? Recebi uma emergência de uma cirurgia. Espero que possamos ter outro encontro... Deus me livre. — E que outro ex namorado não estrague. — Eu te ligo Allan. Vejo a decepção nos olhos do médico percebendo que no fundo levou um pé na b***a. Apenas acente com a cabeça e segue seu rumo. Aceno para um táxi ali no meio fio e logo o carro para. Abro à porta e sinto meu pulso ser puxado, meu corpo ser colado ao de alguém. Olho para cima e encontro as íris esverdeadas conhecidas. Eric. Pega na minha cintura firme, entrelaça seus dedos nos cabelos da minha nuca e fica ali parado olhando meus olhos castanhos. Se aproxima sutilmente e eu surtando com os seus próximos passos. — Desde que coloquei os olhos em você estava louco para lhe beijar. Engulo seco. — Posso beijá-la? Culpo o vinho que bebi, me deu coragem de tomar os próximos passos. Peguei o rosto do homem desconhecido e colei nossos lábios. Roço meus lábios nos dele e ele me devora com tamanho desejo, nossas línguas se encontram e sinto faíscas emergir por nós é o beijo mais mágico... Mais... Pisco atordoada com a pergunta de Eric e percebo que o pensamento de antes foi apenas uma imaginação. Empurro ele no mesmo instante. — Não, você não pode me beijar. — Imaginei que diria isso bombom. — Já disse para não me chamar de bombom. Ele se aproxima novamente e o único lugar onde roça os seus lábios é nos nós da minha mão. — Foi um prazer, bombom. Antes que eu pudesse responder ele me dá as costas elegantemente. Entro no meu táxi, falo o endereço para o motorista e encosto a cabeça no vidro e olho a lua. Começo a sorrir... Essa foi à noite mais maluca da minha vida e de longe a mais gostosa em anos. ... ♧ ... O que acharam do primeiro encontro dos dois? Bem inusitado hein? Cometem e clica no coração se ainda não fez. Até o próximo amores.
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