Batismo do Cobra.

1411 Words
DAVI NARRANDO. A atitude do meu pai me surpreendeu, não vou mentir. Mais a minha ia ficar causando até dizer chegar. Eu passei o resto da tarde trancado no meu quarto, porque eu tenho certeza que se eu descer a minha mãe vai dar a maior orelhada da minha vida. Tomei um banho, bati uma p.unheta e cai na cama sem roupa mesmo. Quando eu acordei, peguei o meu celular e era mais de meia noite... Coloquei uma bermuda e desci, estava na maior fome. A casa tava toda apagada, amém Deus. Desci na cozinha, mexi nas panelas, coloquei a comida no prato e esquentei no microondas. Fui comer lá na piscina, respirar um pouco de ar puro. Eu ouvi o portão da garagem abrindo, era o meu pai chegando. Quando ele abriu a porta da sala pra entrar em casa, eu chamei ele. — Davi: Pai... — Barata: Fala. — Ele disse ignorante. — Davi: Senta aqui pra nois trocar uma idéia. Ele se apromixou e sentou na cadeira do meu lado. — Barata: Fala ai.. — Davi: Valeu por hoje. — Barata: O bagui é sério Davi, não é brincadeira, você não pode pegar hoje e largar amanhã. — Davi: Eu não vou largar, eu amo esse morro, as pessoas me respeitam, sabem que eu sou. — Barata: A primeira merda que você fizer, eu te tiro daqui. — Davi: Não vou fazer merda, eu vejo você comandar essa p***a aqui desde que eu nasci. — Barata: Sua mãe vai causar até dizer chega. — Davi: Nem me fala. — Eu disse coçando a cabeça. O celular dele apitou, ele olhou e em seguida bloqueou o celular novamente. — Barata: Amanhã é o seu batismo. — Davi: Suave.. — Barata: Faz a sua carta hoje, pra amanhã não ter erro. — Davi: Pode pá. — Barata: Vou comer e vou cair na cama, to cansado. — Davi: Se a Dona Luiza deixar você dormir no quarto né. — Barata: É tem mais essa também. — Ele disse e saiu rindo... Fiquei mais uma cota lá, depois apaguei as luzes e subi pro meu quarto. Acordei cedo no outro dia, tomei um banho, me troquei e desci pra cozinha. Estava todos na cozinha, sentados na mesa, tomando café em silêncio. — Davi: Bom dia. — Eu disse para todos. — Barata: Bom dia, come rápido que o seu tio já esta chegando. A minha mãe e a Helena não falaram nada, eu sentei comi e um carro começou a buzinar lá fora. Minha mãe levantou da mesa estressada e subiu as escadas nervosa. — Barata: Vamos Davi. Eu me levantei e nós saimos de casa, era o Tio Tico no carro, nós entramos no carro e seguimos para o morro que ia acontecer o meu batismo. — Davi: E ai tio. — Eu disse sentado no banco de trás. — Tico: E ai, preparado? Você tá ligado que não tem mais volta né? — Barata: Já falei pra ele. — Davi: To ligado, isso é o que eu quero. — Tico: A Luiza deve ter surtado. — Barata: Eu dormi no sofá, não deixou nem eu entrar no quarto ontem pra pegar uma roupa. — Tico: Coração de mãe, é f**a. Nós chegamos no morro do azul, aonde agora tinha uma casa que era a sede de reunião da facção. Estava todos os caras mais importantes da facção lá dentro. O meu pai tava quieto pra c*****o, eu to ligado que para ele é díficil, mais vou mostrar pra ele que eu posso. — Barata: O Maquinista vai ser o seu padrinho. — Davi: Você que escolheu? — Barata: Eu pedi pra ele, confio nele de olhos fechados. E quando todo mundo chegou, o irmão Jão começou o batismo. — Jão: Vamos começar o batismo, tá pronto irmão? — Ele falou chamando a atenção de todo mundo. A alguns anos atrás ofereceram esse lugar para o meu pai, mais ele não quis, a minha mãe sempre pediu para ele se afastar de muitas coisas da facção, porque se ele fosse preso de novo, seria mais díficil tirar ele de lá. — Davi: To pronto irmão. — Eu falei indo em direção a ele. — Jão: Bode trás os estatutos da facção aí. — Ele falou olhando pro Bode. — Jão: Maquinista, já fica do lado dele. — Ele falou pro Maquinista. — Bode: Tá aqui irmão. — Ele falou entregando o papel pro Jão. O Maquinista veio do meu lado, pegou na minha mão me comprimentando e ficou la parado. — Jão: Cadê a carta. — Ele falou estendendo a mão para mim. — Davi: Aqui. eu falei tirando a carta do bolso e entregando pra ele. — Jão: Vou ler os mandamentos e você fala se jura lealdade. — Ele falou me olhando nos olhos. — Davi: Certo. — Jão: O primeiro mandamento é a lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo a Facção. — Jão: O segundo mandamento é a luta pela liberdade, justiça e paz. — Jão: O terceiro mandamento é a união da luta contra as injustiças e a opressão dentro das prisões. — Jão: O quarto mandamento é a contribuição daqueles que estão em liberdade com os irmãos dentro da prisão através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e ação de resgate. — Jão: O quinto mandamento é o respeito e a solidariedade a todos os membros da facção para que não haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do facção, tentando dividir a irmandade será excluído e repudiado da Facção. — Jão: O sexto mandamento é jamais usar a Facção para resolver conflitos pessoais, contra pessoas de fora. Porque o ideal da facção está acima de conflitos pessoais. Mas a Facção estará sempre Leal e solidário à todos os seus integrantes para que não venham a sofrerem nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos. — Jão:O sétimo mandamento é aquele que estiver em Liberdade “bem estruturado” mas esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, serão condenados à morte sem perdão. — Jão: O oitavo mandamento é os integrantes da Facção tem que dar bom exemplo à serem seguidos e por isso a facção não admite que haja assalto, estupro e extorsão dentro do Sistema. — Jão: O nono mandamento é a facção não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo, interesse pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, a hombridade, solidariedade e o interesse como ao bem de todos, porque somos um por todos e todos por um. — Jão: O décimo mandamento é que todo integrante tem que respeitar a ordem e a disciplina da facção Cada um vai receber de acordo com aquilo que fez por merecer. A opinião de Todos será ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos líderes da Facção. Ele falou mais muitos outros mandamentos, ficamos mais de 3 horas lendo e jurando tudo, eu prestei atenção em cada palavra que ele disse. — Jão: Você lealdade a Facção irmão? — Ele me perguntou. — Davi: Eu juro lealdade a Facção. — Eu falei dando um aperto de mão no Jão. — Jão: Irmão Cobra, seja bem vindo a Facção, que você seja tão leal quanto o seu pai. — Ele falou e todos gritaram Paz, Justiça e Liberdade. Eu estava feliz pra c*****o, todos os irmãos me comprimentaram com um aberto de mão, quando chegou na vez do meu pai, ele me abraçou. — Barata: Parabens Muleke. — Cobra: Valeu pai, vou mostrar pro senhor que eu sou capaz. — Barata: Bora ir pra casa e enfrentar a sua mãe, esse vai ser o seu maior problema agora. — Cobra: É, vai ser f**a mesmo. — Maquinista: Que você tenha maturidade o suficiente pra entender que isso aqui não é brincadeira. — Cobra: Pode deixar comigo. Seja bem vindo irmão Cobra! Será que o Davi vai fazer um bom trabalho? E agora como será que a Luiza vai reagir a tudo isso? Lembrando que para ler esse livro, vocês precisam ler Sobre as Grades 1. Essa segunda temporada promete vários acontecimentos, fiquem ligadinhas aquiiii. Vocês já me seguem no i********:? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos. Adicionem o meu livro na biblioteca clicando no ❤ e comentem muiiiito para sair o próximo capítulo.
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