DAVI NARRANDO.
A atitude do meu pai me surpreendeu, não vou mentir.
Mais a minha ia ficar causando até dizer chegar.
Eu passei o resto da tarde trancado no meu quarto, porque eu tenho certeza que se eu descer a minha mãe vai dar a maior orelhada da minha vida.
Tomei um banho, bati uma p.unheta e cai na cama sem roupa mesmo.
Quando eu acordei, peguei o meu celular e era mais de meia noite...
Coloquei uma bermuda e desci, estava na maior fome.
A casa tava toda apagada, amém Deus.
Desci na cozinha, mexi nas panelas, coloquei a comida no prato e esquentei no microondas.
Fui comer lá na piscina, respirar um pouco de ar puro.
Eu ouvi o portão da garagem abrindo, era o meu pai chegando.
Quando ele abriu a porta da sala pra entrar em casa, eu chamei ele.
— Davi: Pai...
— Barata: Fala. — Ele disse ignorante.
— Davi: Senta aqui pra nois trocar uma idéia.
Ele se apromixou e sentou na cadeira do meu lado.
— Barata: Fala ai..
— Davi: Valeu por hoje.
— Barata: O bagui é sério Davi, não é brincadeira, você não pode pegar hoje e largar amanhã.
— Davi: Eu não vou largar, eu amo esse morro, as pessoas me respeitam, sabem que eu sou.
— Barata: A primeira merda que você fizer, eu te tiro daqui.
— Davi: Não vou fazer merda, eu vejo você comandar essa p***a aqui desde que eu nasci.
— Barata: Sua mãe vai causar até dizer chega.
— Davi: Nem me fala. — Eu disse coçando a cabeça.
O celular dele apitou, ele olhou e em seguida bloqueou o celular novamente.
— Barata: Amanhã é o seu batismo.
— Davi: Suave..
— Barata: Faz a sua carta hoje, pra amanhã não ter erro.
— Davi: Pode pá.
— Barata: Vou comer e vou cair na cama, to cansado.
— Davi: Se a Dona Luiza deixar você dormir no quarto né.
— Barata: É tem mais essa também. — Ele disse e saiu rindo...
Fiquei mais uma cota lá, depois apaguei as luzes e subi pro meu quarto.
Acordei cedo no outro dia, tomei um banho, me troquei e desci pra cozinha.
Estava todos na cozinha, sentados na mesa, tomando café em silêncio.
— Davi: Bom dia. — Eu disse para todos.
— Barata: Bom dia, come rápido que o seu tio já esta chegando.
A minha mãe e a Helena não falaram nada, eu sentei comi e um carro começou a buzinar lá fora.
Minha mãe levantou da mesa estressada e subiu as escadas nervosa.
— Barata: Vamos Davi.
Eu me levantei e nós saimos de casa, era o Tio Tico no carro, nós entramos no carro e seguimos para o morro que ia acontecer o meu batismo.
— Davi: E ai tio. — Eu disse sentado no banco de trás.
— Tico: E ai, preparado? Você tá ligado que não tem mais volta né?
— Barata: Já falei pra ele.
— Davi: To ligado, isso é o que eu quero.
— Tico: A Luiza deve ter surtado.
— Barata: Eu dormi no sofá, não deixou nem eu entrar no quarto ontem pra pegar uma roupa.
— Tico: Coração de mãe, é f**a.
Nós chegamos no morro do azul, aonde agora tinha uma casa que era a sede de reunião da facção.
Estava todos os caras mais importantes da facção lá dentro.
O meu pai tava quieto pra c*****o, eu to ligado que para ele é díficil, mais vou mostrar pra ele que eu posso.
— Barata: O Maquinista vai ser o seu padrinho.
— Davi: Você que escolheu?
— Barata: Eu pedi pra ele, confio nele de olhos fechados.
E quando todo mundo chegou, o irmão Jão começou o batismo.
— Jão: Vamos começar o batismo, tá pronto irmão? — Ele falou chamando a atenção de todo mundo.
A alguns anos atrás ofereceram esse lugar para o meu pai, mais ele não quis, a minha mãe sempre pediu para ele se afastar de muitas coisas da facção, porque se ele fosse preso de novo, seria mais díficil tirar ele de lá.
— Davi: To pronto irmão. — Eu falei indo em direção a ele.
— Jão: Bode trás os estatutos da facção aí. — Ele falou olhando pro Bode.
— Jão: Maquinista, já fica do lado dele. — Ele falou pro Maquinista.
— Bode: Tá aqui irmão. — Ele falou entregando o papel pro Jão.
O Maquinista veio do meu lado, pegou na minha mão me comprimentando e ficou la parado.
— Jão: Cadê a carta. — Ele falou estendendo a mão para mim.
— Davi: Aqui. eu falei tirando a carta do bolso e entregando pra ele.
— Jão: Vou ler os mandamentos e você fala se jura lealdade. — Ele falou me olhando nos olhos.
— Davi: Certo.
— Jão: O primeiro mandamento é a lealdade, respeito, e solidariedade acima de tudo a Facção.
— Jão: O segundo mandamento é a luta pela liberdade, justiça e paz.
— Jão: O terceiro mandamento é a união da luta contra as injustiças e a opressão dentro das prisões.
— Jão: O quarto mandamento é a contribuição daqueles que estão em liberdade com os irmãos dentro da prisão através de advogados, dinheiro, ajuda aos familiares e ação de resgate.
— Jão: O quinto mandamento é o respeito e a solidariedade a todos os membros da facção para que não haja conflitos internos, porque aquele que causar conflito interno dentro do facção, tentando dividir a irmandade será excluído e repudiado da Facção.
— Jão: O sexto mandamento é jamais usar a Facção para resolver conflitos pessoais, contra pessoas de fora. Porque o ideal da facção está acima de conflitos pessoais. Mas a Facção estará sempre Leal e solidário à todos os seus integrantes para que não venham a sofrerem nenhuma desigualdade ou injustiça em conflitos externos.
— Jão:O sétimo mandamento é aquele que estiver em Liberdade “bem estruturado” mas esquecer de contribuir com os irmãos que estão na cadeia, serão condenados à morte sem perdão.
— Jão: O oitavo mandamento é os integrantes da Facção tem que dar bom exemplo à serem seguidos e por isso a facção não admite que haja assalto, estupro e extorsão dentro do Sistema.
— Jão: O nono mandamento é a facção não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo, interesse pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, a hombridade, solidariedade e o interesse como ao bem de todos, porque somos um por todos e todos por um.
— Jão: O décimo mandamento é que todo integrante tem que respeitar a ordem e a disciplina da facção Cada um vai receber de acordo com aquilo que fez por merecer. A opinião de Todos será ouvida e respeitada, mas a decisão final será dos líderes da Facção.
Ele falou mais muitos outros mandamentos, ficamos mais de 3 horas lendo e jurando tudo, eu prestei atenção em cada palavra que ele disse.
— Jão: Você lealdade a Facção irmão? — Ele me perguntou.
— Davi: Eu juro lealdade a Facção. — Eu falei dando um aperto de mão no Jão.
— Jão: Irmão Cobra, seja bem vindo a Facção, que você seja tão leal quanto o seu pai. — Ele falou e todos gritaram Paz, Justiça e Liberdade.
Eu estava feliz pra c*****o, todos os irmãos me comprimentaram com um aberto de mão, quando chegou na vez do meu pai, ele me abraçou.
— Barata: Parabens Muleke.
— Cobra: Valeu pai, vou mostrar pro senhor que eu sou capaz.
— Barata: Bora ir pra casa e enfrentar a sua mãe, esse vai ser o seu maior problema agora.
— Cobra: É, vai ser f**a mesmo.
— Maquinista: Que você tenha maturidade o suficiente pra entender que isso aqui não é brincadeira.
— Cobra: Pode deixar comigo.
Seja bem vindo irmão Cobra!
Será que o Davi vai fazer um bom trabalho?
E agora como será que a Luiza vai reagir a tudo isso?
Lembrando que para ler esse livro, vocês precisam ler Sobre as Grades 1.
Essa segunda temporada promete vários acontecimentos, fiquem ligadinhas aquiiii.
Vocês já me seguem no i********:?
Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam
Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
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