Não mate seu amigo

829 Words
- Ei , espera – ela me chamou . Não sabia ao certo o que fazer , se olhava para trás ou continuava andando , dando uma de macho alfa orgulhoso. Pra ser sincero estou orgulhoso de mim mesmo , por ter respondido a Scarllet na mesma moeda, como alguns diriam. Nunca tinha respondido alguém assim. Continuar andando ou parar ? Essa era a grande questão que teria que pensar. Ser rápido e ágil era o meu foco. - parar, agora – ela mandou. Acho que meu orgulho é maior que eu. Só pela sua ordem , não parei de andar. Ela foi simplesmente mandona. Poderia muito bem ter parado e ter escutado ela , mas só pelo seu jeito arrogante de falar , não parei . Orgulho , orgulho meu , existe alguém mais orgulhoso que eu ? Já estava perto da sala quando... - olha aqui , você vai me escutar – Scarllet me empurrou e fez com que se chocasse na parede , o seu olhar era fuzilador , a mesma estava com o seu antebraço no meu peito . Ela estava com raiva e olhava diretamente pra mim , sua respiração estava ofegante e dava para senti-la um pouco abaixo do meu pescoço , já que a mesma era baixinha . Scarllet me forçava contra a parede. Minha respiração estava falha e o medo era evidente em meu olhar. Não estava acreditando que iria apanha de uma garota baixinha. Scarllet estava com tanta raiva que nem ao menos notou a aproximação de nossos corpos. Era uma sensação estranha de ter uma garota tão perto do meu corpo . Ela fechou os olhos e então... - o que vocês estão fazendo aí? - a voz de Marcelo ecoou nos meus ouvidos. Fazendo com que Scarllet olhasse f**o para o mesmo , e se afastasse de mim , tirando seu braço . Não sabia o que fazer diante daquela situação, a mesma não era constrangedora porém devia uma explicação coerente para está encurralado na parede por uma garota. Estava tão confuso que nem a minha voz sairá na hora. Por mais que quisesse falar , não conseguia. Marcelo olhou para mim , procurando alguma explicação, quando Scarllet passou pelo mesmo, batendo seu ombro no dele. Fazendo com que ele desse um pequeno passo para trás. - Cara o que... – antes que ele concluísse. - que história é essa de minha irmã ficar ligando pra você ? – o questionei . Marcelo se calou. - Eh cara , você... está bem ? – perguntou e engoli-o a seco , depois do meu olhar. - Não eu não estou bem – falo e passo por Marcelo da mesma forma que Scarllet . Talvez tivesse pegado pesado demais , diante da minha resposta. Mas minha raiva era maior que eu , e a deixei que me consumisse , fazendo com que ficasse transtornado . Respirei fundo antes de abrir a porta da sala . - Senhor Thompson , chegando atrasado, algo errado aconteceu – o professor de química sorriu pra mim. Algumas pessoas riram diante da sua piadinha. - Eh acordei tarde – falei e andei ao mesmo tempo. Fui para a cadeira, me sentando e deixando um pouco a tensão de lado. Mas mesmo assim ainda estava um pouco com raiva . Nem ao menos consegui prestar atenção na aula. Os cálculos pareciam não estar me fazendo bem , as únicas coisas que via eram números, números e números. [...] Por mais que Marcelo olhasse para mim buscando uma explicação, me recusava a falar com o mesmo. Não acho certo de modo algum o que estou fazendo, porem preciso de um pouco de tempo para raciocinar. Com tudo acontecendo na minha rotina que está um tanto conturbada , primeiro problema minha dupla indesejável, segundo Bernardo ficando com Ana lú, essas duas coisas são as piores , ontem estava tendo conclusões precipitadas sobre o que aconteceu com os dois, estava imaginando carícias, beijos e abraços. Sentia raiva por não ser como Bernardo, sentia raiva por a beleza valer mais que a inteligência. O terceiro dos meus problemas e o que não deveria se preocupar nem um pouco , mas como irmão mais velho, meu dever é esse. Estou um pouco preocupado com toda essa história de ligações , e de conversas que não estou incluso ou melhor nem preciso está incluso apenas quero sabe. - Cara , o horário... ou melhor já esta na hora do lanche – ouço a voz de Bernardo, maldita voz que não queria ouvi. Apenas fechei os olhos e respirei . - pode ir , já estou indo – falo. E agradeço plenamente por não ter dito nada além disso . Primeira fase : Não mate seu amigo , concluída com sucesso. Tenho que ficar calma e tentar resolve os meus problemas, que nem são muitos, porém já me enlouquecem. Tenho que me acostumar que primeiro vem a chuva para depois vim o arco-íris.
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