Cheguei em casa, e a porta da frente estava trancada , como já havia pressentido. Fui até a porta dos fundos, que também estava trancada. O que eu iria fazer? Pingos de chuva começaram a cair. O vento me fez ficar com frio.
Como iria entrar em casa?
Em meio a chuva que agora estava forte , fui ate a janela do meu quarto, de baixo da janela estava o mini jardim da minha mãe, havia alguns cactos, e eu os tirei para pode abrir a janela do meu quarto que não estava trancada , pelo menos isso. Abrir a mesma e me apoiei . Era um pouco alto , da janela para o chão. Dei um impulso no chão e conseguir. Passei primeiro uma perna depois a outra ... pronto já estava dentro do meu quarto.
Liguei meu abajur para pode enxergar. Se caso ligasse a luz poderia chama muita atenção. Tirei meu casaco molhado ou melhor ensopado. Coloquei o mesmo no balde de roupa suja. Tirei o resto roupa e coloquei outra seca para ir dormi.
Já estava na cama quando ouso passos vindo ate meu quarto ou talvez no dá minha irmã. Tive um pouco de receio e como se tivesse planejado, abriram a porta do meu quarto. Fechei os olhos rapidamente.
Ouvi a porta fecha e meu coração parar. Minha respiração ficou normal novamente.
Olhei para porta e não sabia ao certo quem tinha vindo no meu quarto para certificar que estava dormindo, se caso tivesse vindo ao uns minutos atrás estaria ferrado , e mais se a pessoa caso fosse minha mãe , estaria mais ainda. Ela iria grita , e a primeira coisa que iria fazer era ligar para polícia, e dizer que seu filho sumiu, sendo que só pode dá queixa de sumiço depois de 48 horas. Então ela iria ligar para todos os meus amigos , que é só, Marcelo e Bernardo (ex-amigo) , e nenhum deles saberiam pra onde fui. Ainda bem que isso é só uma pequena hipótese. Só de pensar nisso tudo me deixou sem ar.
[...]
Eram exatamente 7h da manhã, estava com fome. Devido a ontem Giovanna me fazer perder toda a fome , hoje amanheci como se não tivesse comido a dias.
Cheguei na mesa , fui ate a minha mãe e a beijei na testa como faço todos os dias. Ela não falou nada. Apenas dei bom dia e me sentei na mesa.
Giovanna se encontrava do meu lado e minha mãe do outro. Senti um clima pesado naquela mesa e nem ao menos entendi o por quê.
Comi normalmente. Até minha mãe fazer um barulho na garganta que me fez olhar.
- Onde você estava ? – ela perguntou. Meu sangue gelou. Ela me encarrou e meu pai mais uma vez fez questão de olhar para mim com um jeito de que “vai ficar tudo bem ela só está preocupada”
- eh .... mas eu não... – antes que eu pudesse concluir.
- Não mentir pra mim. Eu sei que você saiu. Eu sei que foi de noite. E eu sei qual foi a hora. – falou alterada.
- Calma ... Marina – meu pai tentou falar com ela. Mas a mesma apenas lançou seu olhar matador.
- o que está acontecendo com você, hein? – me questionou. – Você está mudado esses dias , não é o meu menino de antes. Andar brigando na escola , andar saindo escondido. O que você pensar que está fazendo ? – questionou mais uma vez.
Eu fiquei sem palavras. Nem sabia pra onde olhar. Se eu falasse a verdade , será que ela iria me compreender? Talvez a verdade seja a única coisa que possa deixa-lá mais calma , ou não.
- me explique – falou.
- Eh desculpa mãe, por te saído ontem sem sua permissão – digo calmo.
- pra onde você foi ? – questionou.
- eu... eu fui encontrar uma pessoa – digo e olho para a mesma que fica boquiaberta.
- quem ?
- Ah ... agora isso virou uma investigação ? – levantei uma das minhas sobrancelhas. Confesso que estava com medo do que poderia acontece.
-Você é meu filho , e eu exijo explicações – bateu com a mão na mesa.
- Fui com uma garota , tá bom ? – falei me levantando . – posso ir para o Colégio agora ? – irônico.
- Ah .... – antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.Fui até a porta da frente e abrir, fechando atrás de mim. Deu para ouvir o barulho da porta.
Sair andando rapidamente. E nem se quer olhei para trás. Se estava com raiva? Ah sim eu estava estalando de raiva tanto que em um piscar de olhos cheguei no Colégio.
Nem queria ao menos encontrar ninguém que me questionasse. Apenas fui para sala e sentei em uma cadeira que se encontrava no fundo da mesma.
Estava bufando de raiva , e nervoso ao mesmo tempo. Surgiu uma hipótese sobre, dá uma louca na minha mãe e ela vim até aqui na sala pra só chamar minha atenção na frente de geral. Me sentiria com vergonha. Balancei a cabeça só de pensar
Vejo Marcelo entrar na sala e olhar para todos até pausar seu olhar em mim. O mesmo vem até minha cadeira e senta do meu lado.
- E aí – falou. Olhando pra mim esperando que eu falasse tudo o que havia acontecido ontem, mas essa era a última coisa que eu queria fazer. Minha cabeça estava estourando. – Por que ontem você não respondeu minhas mensagens? – questionou.
- Eh ... eu ... tive que revolve umas coisas – falo e olho para o mesmo.
- qual é? Preferiu revolve “umas coisas” do que tirar 10 minutos para explicar algo bombástico que perdi no dia anterior ? – perguntou, apenas afirmei com a cabeça.
- Não se preocupe, conto na hora do intervalo – digo e arrumo meus óculos que vez ou outra ameaçam cair.
- vejo que você não tá bem – ele falou olhando para mim. E eu apenas concordei. Na real não estava bem , dava para vê isso nas expressões que se formavam no meu rosto, e se pelo menos eu disfarçasse mas sou péssimo quando o assunto é fingir algo.
Se minha vida esta difícil? Ah não ela não está. Como muitos diriam isso é apenas um drama adolescente, e sim é um drama. Mas nunca tinha vivido um, apenas lido em livros , achava que eles eram tolos pois adolescentes sentem muito, por uma coisa que não é muito grave, mas isso veio acontecer comigo é agora vejo o quanto é r**m.
Eu tenho que me ajudar , melhora a situação com a minha mãe e pelo menos fica bem psicologicamente.