Vesti o blazer, me sentia diferente, parece que ele já fazia parte de mim desde que nasci. Era uma sensação estranha. A ultima vez que usei um foi para ir ao casamento da minha tia a 3 anos atrás, a ainda mais o blazer não era meu é sim do meu pai . Mas esse ... era perfeito .
Me olhei no espelho pela terceira vez , não conhecendo a pessoa que ali refletia, parecia tão diferente, tão homem , nunca imaginei que pensaria isso , de fato estava sim, mas másculo.
Arrumei meu cabelo do jeito que Scarllet havia dito, tive que me lembrar de cada passo que a mesma havia dito. “Deixe um pouco bagunçado, isso deixa em um aspecto mais sexy”, até rir me lembrando dessas palavras.
Outra vez estava na frente do espelho , agora passando gel no meu cabelo e seguindo o passo a passo que Scarllet falou.
Ouso a porta do quarto abrir, e me viro com rapidez.
- Você está lindo – minha mãe fala e sorrir .
- Obrigada mãe .
Ela veio ate mim , e me abraçou. A mesma tinha uma caixinha nas mãos.
- o que é isso ? – questionei.
- isso , é uma pulseira de flor , que seu pai me deu em um dos bailes de máscaras do Colegial . Agora , estou dando pra você, para presentear a moça a qual vai levar ou dança – disse , me deu a caixinha.
- Mãe... eu não tenho nenhuma garota pra ir comigo – falei e olhei para a mesma.
- Não vejo problema nisso , leve mesmo assim. Aposto que vai ter sim uma garota especial para essa pulseira.
Dei os ombros , minha mãe logo em seguida saiu do meu quarto. Fiquei olhando para aquela caixinha e pra quem iria dá isso , nem tinha um par para esse baile, e duvido muito alguma garota se interessar por mim.
Mas não custar tentar.
[...]
- okay mãe.
- tome cuidado vocês dois , não fiquem chapados. E Marcelo, meu filho , pelo menos , se conseguir tire uma foto com uma garota , pois já não aguento mais , fotos de super heróis no seu quarto – falou e depois deu um beijo na bochecha de Marcelo. A mãe de Marcelo foi deixa a gente na escola de carro.
- mãe, mas alguma coisa para ser dita , para me fazer passar vergonha ? – questionou.
- Não, só se divirta – falou .
Nós dois saímos do carro e eu estava segurando o riso, quando a mãe dele foi embora eu desmoronei em uma risada escandalosa.
- vai fica me zoando ? – questionou .
- Não.... é .... que .... – eu Não estava conseguindo falar .
- você é i****a , é minha mãe só quer ser engraçada – disse dando os ombros.
A mãe de Marcelo é uma das melhores pessoas que conheci em toda minha vida , ela zoava o Marcelo nas piores ocasiões. Isso é divertido, já minha mãe não posso dizer o mesmo. Ela é chata e não tolerar brincadeiras.
- vamos , uma missão nos chama – falei sorrindo e o mesmo me deu um soco no ombro e nos seguimos andando.
- oh se chamar - Marcelo deu um sorriso sacana e lá fomos nós na entrada do pátio principal dando de cara com um enorme palco e uma decoração cheia de brilho , mas a cor que se sobressai é o azul turquesa. O barulho alto incomodava meus ouvidos, tinha pessoas de vários estilos e dançavam eletricamente com as batidas do som.
Primeira coisa que pensei foi , em cair fora daquele lugar barulhento , mas logo em seguida vi uns meninas olhando para com um sorriso meigo no rosto que eu tive que retribuir.
Marcelo me puxou para pegar alguma coisa pra beber.
- Tem uma garota que não parar de olhar pra você – Marcelo falou e apontou para uma garota baixinha com um vestidinho curto rodado , e um laço rosa na cabeça.
- eh não estou interessado em crianças. – falei .
- qual é cara ela deve ter seus 15 anos – falou .
- Não estou interessado – digo , bebendo o primeiro gole da bebida que tinha no balcão. Desceu queimando como brasa e logo em seguida fiz uma cara horrenda. – que tipo de bebida é essa ?
- Vodka – Marcelo falou . – pra te dar coragem.
[...]
Tudo parecia esta girando... e eu estava ali somente parado vendo as pessoas ainda dançarem.
Marcelo me abandonou , foi falar com algumas garotas que tem 15 anos, e eu fiquei aqui no balcão de bebidas apenas observando Ana lú dança alegremente com os meninos populares do futebol, ela parecia feliz. Desde quando cheguei aqui não sair do lugar para nada. Apenas fiquei observando. Não bebi mais nada além de outro drink. Somente.
Queria ter alguém para dança e as únicas que querem isso são meninas de 15 anos que pra mim são crianças como a minha irmã .
Chegou um menina do meu lado, não dei muita atenção.
- me dá um drink , por favor – pediu .
Olhei para a garota... Ana lú....
Não falei nada , nem se quer me movi da cadeira. Parecia que estava preso a ela . A mesma olhou para mim.
- você estuda comigo não é ? – questionou .
- sim.
- por que não esta dançando com alguém?
- Não sei dança - falei .
- ah é uma pena . Chamaria você pra dança, mas já que você não sabe – disse com uma cara meio triste.
Dei os ombros.
- tenho uma amiga que pode te ajudar com isso – falou . – vem – me chamou . Não sabia se seguia a mesma ou ficava ali parado . Mas decidi segui-la.
Chagamos no meio do salão, tinha muita gente dançando e se beijando. Ana lú me apresentou para uma das amigas dela que ate tentou me ensinar . Depois de um tempo perdi Ana lú de vista , isso me fez correr os olhos por todo o pátio e ter encontrado a mesma indo para alguma canto . Decidi vê para aonde a mesma estava indo.
Não sei se é o efeito da bebida ou algo parecido mais estava ouvindo mey nome, alguém chamava por mim , mas quando olhei para trás não vi ninguém além de um bando de pessoas pulando e dançando .
Seguir Ana lú ate um corredor que dava para as salas . Quando chego no mesmo ....
Não pode ser ....
Olhei para aquela cena ... Olhei para a mesma que nem ao menos notou minha ... presença ali .
Ana lú beijava Bernardo. Fiquei petrificado ali olhando... e nada poderia ser feito. Senti algo estranho. Me sentir com raiva . Uma misturar perfeita de raiva , desilusões e álcool.
Estou ... abalado ... meus pés querem tropeçar ...
Quando ... vejo estou andando de volta para o baile...
Alguém esbarrar em mim, estava tão m*l que mandaria a pessoa que esbarrou em mim “olha por onde anda” ...
Mas....