cap 12 ele nO está em casa
694 Words
Alice...
Depois da prova do vestido, eu e a minha cunhada fomos a um café bem próximo do ateliê para jogar conversa fora, além de nos conhecer um pouco mais antes do meu casamento com o irmão dela. Agora estou aqui, a poucos metros da Santa Casa do Senhor, esperando o Fillipo ligar para o i****a do meu noivo. Parece até piada o d***o se casar em uma igreja, começo a rir sozinha.
Quando chego na porta de entrada, percebo a linda decoração com várias rosas brancas e vermelhas ao redor, muito lindas e românticas também! Entro, ficando completamente abismada com a imensidão daquele lugar magnífico. Tinha me falado que essa era uma das maiores igrejas de todo o mundo, mas eu não imaginava que fosse tanto. Reparo que o chão é todo feito de vidro, dando um ar mais categórico ao lugar, e as flores rosas com brancas nos bancos ficaram extremamente lindas, ainda mais com essas luzes florescentes nelas. Está tudo do jeito que eu sempre sonhei.
Ando vagarosamente em direção ao altar, sendo seguida por quatro seguranças, enquanto os outros vigiavam as portas. Começo a chorar mais uma vez quando me lembro que amanhã estarei fazendo este mesmo caminho para entregar minha vida nas mãos do Rodrigo. Entrego minha bolsa para um dos capangas, ajoelhando-me diante da imagem de Jesus à minha frente. Me permito desabafar enquanto rezo bem baixinho para ninguém escutar minhas súplicas.
Buon pomeriggio, figlia mia. (Boa tarde, minha filha) – O padre se aproxima de mim assim que eu me levanto, colocando a mão em meu ombro com carinho.
Oh, scusa. Mi chiamo Alice Sullivan. (Ah, desculpe. Meu nome é Alice Sullivan) – Falo, e ele apenas acena com o olhar fixo sobre mim. Posso ver a serenidade em seu olhar. – Sono io quello che si sposerà qui domani, ecco perchè sono. (Sou eu que vou me casar aqui amanhã, por isso estou aqui).
Ah sí, la futura moglie del Dom. (Ah sim, a futura esposa do Dom). – Dou um sorriso triste para ele. Até mesmo o padre sabe que meu noivo é o tão temido Dom Rodrigo.
Ora devo andare, sacerdote, la tua benedizione. (Agora eu preciso ir, padre, sua bênção) – Começo a andar em direção à saída o mais rápido possível, pois, para mim, parece que ele consegue sentir o meu desprezo por esse maldito casamento.
Sappi che la casa del Signore sarà sempre aperta per accoglierti, figlia mia. Dio vi benedica! (Saiba que a casa do Senhor sempre estará aberta para te receber, minha filha. Que Deus te abençoe!) – Amém. Sorrio com suas palavras e saio da igreja ainda mais sentida do que antes.
Acabei passando o resto da tarde inteira no local onde iria acontecer a tal festa. Como eles tinham contratado uma organizadora de eventos, eu acabei ficando para consertar algumas coisas que não estavam do jeito que eu gostaria. Como, por exemplo, as flores que estavam das cores erradas e o lustre que eles não tinham colocado no lugar certo, essas besteirinhas que, para mim, ficaram bem m*l feitas. Depois que a noite cai, decido deixar eles terminarem por conta própria enquanto sigo meu caminho para a confeitaria. No meu celular, tem várias chamadas perdidas do meu irmão, da Alice e do Rodrigo, mas eu não retorno nenhuma. Estou muito ocupada para ficar jogando conversa fora.
Quando entro na cozinha, levo o maior susto ao ver o tamanho do bolo que mandaram preparar. Ele tem exatamente cinco andares, que são formados por diferentes formas, mas ainda assim, muito encantador! Sinto minhas mãos gelarem quando vejo os dois bonequinhos em cima do bolo simbolizando um casal feliz e apaixonado realizando um sonho. Uma pena, porque eu odeio o Rodrigo com todas as minhas forças.
Finalmente estou em casa depois de um dia bem cansativo para mim. Tudo o que eu preciso nesse exato momento é a minha cama e uma longa noite de descanso, se é que isso é possível nessa casa. Para minha sorte, o d***o não está em casa, e eu agradeço muito a Deus por isso.
Se precisar de mais alguma coisa, é só avisar!
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