Líderes, parte III

476 Words
E foi assim que eu cheguei ofegante na escola, com o Skate na mão e tentando desarrumar o capacete com a outra enquanto manobrava em saltos desastrados até que, para variar, me choquei contra um corpo e voltei para trás. — Ah, p**a que pariu! Vão ficar mesmo nessa brincadeira de ping-pong comigo toda vez que entro ou saio dessa desgraça?! — Botei tudo para fora. — Bom te ver também, Ari. — Disse Brad. Parecia estar esperando por mim. — Ah, você de novo, embuste? — O empurrei com o ombro e fui caminhando. — Já não disse que não quero papo contigo? E não me chame de Ari. — Me virei só para apontar e terminar. — Não sou princesa Isabel para te dar essas liberdades! — E notei som de risadas de fundo quando algumas garotas aleatórias passavam por nós. Normalmente, garotas aqui não falavam assim com ele. — Espera! — Ele correu e parou na minha frente. — Eu queria te apresentar a umas pessoas. — Falou meio sem jeito. Parecia até aqueles garotos pegadores que estavam começando a gostar de alguém e queria fazer algo para conquistar a menina, ficando bobo e sem jeito. O que era o caso, porém, nem passava por minha cabeça. — Ah, não me enche! — Revirei os olhos, andei e novamente, ele me interrompeu. — Espera, gostosa! — Quando percebeu meu olhar violento, mudou de assunto. — Digo... — Pausou, segurou meus ombros e continuou. Assim, quieta, eu não fugiria. — Devido à ontem, receio que você começou m*l na escola e deve estar preocupada com sua reputação, mas, eu cuidei disso. — Certo, conte-me mais. — Cruzei os braços, empurrei os ombros para ele me soltar e mordi a língua dentro da boca, fazendo uma careta desconfiada. — Sabe que sou do time de Hockey, sou bem conhecido e... — Respirou fundo e mais uma vez, deu aquelas pausas escrotas que eu ADORO. — Conversei com as líderes de torcida. Elas querem te ver e tentar lhe dar uma chance. — Disse, um tanto esperançoso. Naquele momento eu quis dar um beijo nele! Não acreditava que havia feito isso por mim. Uma emoção me comia de dentro para fora. Eu olhei por cima dos ombros dele e atrás, Rebecca apareceu de longe, acenando, sozinha, como se esperasse por mim. — Ok, daqui a pouco a gente vê isso, agora eu... — Não. — Interrompeu. — Tem que ser agora! — Mas... — Respirei fundo e voltei a olhar Rebecca. Pensei bem. Bem mesmo e não sei o que me deu. Encarei Rebecca e fiz alguns sinais que deixaram claro que a veria depois. Ela imaginava que algo assim poderia acontecer, então, sorriu entristecida, acenou e foi embora olhando para baixo. Aquilo me pesou. Mas, continuei. — Que seja, vamos, mas, sem demorar! — Disse.
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