A torre, parte I

739 Words
Dias atrás. — Espera. — Uma voz familiar ecoou. — Você? — Eu encarei aquela pessoa. — O que você quer aqui? — Preciso falar contigo. — Disse. — Seja breve, Ashley. Estou ocupada. — A encarei e cruzei os braços. — O Donnie. — Ela olhou para os lados e voltou a me encarar. — É tudo culpa minha... — Como assim? — Encarei confusa. — O Donnie me ajudou a sair da Masmorra. Porém, eu fiquei com receio. Ele sempre me ameaça, você sabe. Antes que ele pudesse sair, eu o arremessei dentro da escotilha e a fechei. — Eu não queria acreditar no que ela me falava. Eu até ri e coloquei a mão na cintura, olhei para baixo e a encarei de volta. — E você veio até aqui, me dizer isso a troco de quê? — Perguntei antes de qualquer coisa. — Olha Ariana, eu não consigo dormir direito desde aquele dia. Até meu irmão pergunta por aquele garoto e me questiona o motivo de eu ter feito isso. — Ela dizia enquanto os olhos se enchiam de lágrimas. — Eu estou arrependida! Vejo todos vocês se preocupando com ele. Até o Donnie... — As lágrimas caíam enquanto ela falava. — Até ele tem amigos. — E é tudo por causa disso? — Voltei a olhar para ela. — Ashley, você tinha todas as oportunidades para ter amigos, pessoas ao seu lado... — Mas eu sempre estrago tudo?! — Eu vi que havia tristeza em seus olhos. — É isso que eu sempre faço. Sempre escolho a fama, mas por dentro eu sou vazia e por fora, superficial. — Me encarou apreensiva. — O Donnie tinha razão quanto a isso. — Eu tive de mudar meus hábitos. Estou arriscando a vida dos meus amigos. Simplesmente, porque você jogou o Donnie no buraco porque diz não ter amigos! Ashley, você entende a gravidade disso? — Eu retirei minha arma e apontei para ela. — Eu sei... Eu sei... — Ela chorava. — Pode atirar. Eu mereço. É isso que os leitores querem. — Sim, é o que eles querem. — Eu ri baixo. — É o que eu quero. — Continuei. — Mas, não é o que devemos fazer. — Eu guardei a arma novamente. — Se tiver algo que eu possa fazer... Só me deixe reparar isso, deixe-me te ajudar! — Ela quase me implorou. — Na verdade, tem sim. — Me aproximei dela. — Mas, antes de qualquer coisa... Eu virei a mão na cara dela em um tapa que queria dar desde o episódio número 6. — AI! — Ela virou a cara e coçou o rosto. — Ok, eu mereci... Eu não aguentei e dei outro tapa, do outro lado. — Ok, vagabunda, você está exagerando agora! — Disse, furiosa. — Esse outro é para quando você aprontar outra que sei que vai. — E balancei a mão. — Agora podemos começar. — Retruquei. — No que está pensando? — Ela me perguntou. — Digamos que você é uma torre que está na mira da rainha. — Cocei meu queixo. — E...? — Ashley ainda queria entender. — E é você que vai encurralá-la para que possamos chegar ao “rei” e dar o xeque-mate. — Fui sugestiva. Eu passei algumas instruções para Ashley e disse que aquilo deveria ser segredo. Entraria em contato com ela quando necessário e que por enquanto me mantivesse informada. Além disso, dei uma dica. Marrie era bissexual. Usasse isso ao seu favor. Após essa rápida conversação, eu fui à casa dos Otwerside, já com Ashley na ponta da agulha, pois, eu sabia que logicamente, Josh não iria me ouvir. Eu capturei Black. Roubei os seguranças dele. Em seguida, Yumi e o seu chip foi o fundamental para eu bolar algo. Eu teria de usá-la ao meu favor e o faria, só precisava que a p*****a mordesse a isca, como de fato fez. Tive que enganar meus amigos no início por uma boa causa até que estivessem fora de perigo. Fiz Ashley levar Marrie até a sala de teatro e inventar uma desculpa qualquer de que Jéssica havia dado com a língua nos dentes. A francesa escutou nosso plano falso e avisou para Dollores. Ashley não saiu da sua cola e foi me passando por mensagem cada passo dela. Dessa vez, quem estava à frente da situação éramos nós! Os mocinhos. Chupa essa, rapariga!!! CATIAU!
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