Varinha mágica, parte I

622 Words
— Bicha, a senhora é destruidora mesmo viu viado? — Eu disse ao telefone. — Em sua posição, eu não brincaria tanto. — Fria e chata, Marrie proferiu. — Certo, Marrie. — Revirei meus olhos e procurei um banco para me sentar, pois, estava cansada de tanto andar e esperar. — Diz logo o que você quer. E como conseguiu capturar o Donnie? — Perguntei. — Não foi bem eu que o capturei. — Sugeriu. — Digamos que, deram ele de presente para mim. — Na verdade, nem ela sabia quem. — Quem? — Perguntei mesmo assim. — Isso não interessa. — Manteve a pose. — Vamos ao que eu quero. — Escutei os saltos dela batendo ao chão enquanto andava pelos corredores da Masmorra. — Quero cem milhões de dólares em espécie e mais cem em carregamento de armas dos Otwersides. Eu gargalhei. Gargalhei alto. As lágrimas até se formaram no canto dos olhos e quase caí de onde havia sentado. — Do que está rindo? — Marrie quase enlouqueceu quando parecia estar zombando dela. — Meu amor... — Gargalhei mais um pouco, respirei fundo e me controlei. — Meu livro ainda não ficou famoso a ponto de eu ter tudo isso para pagar resgate não. — E saltei ao chão. — E digo mais. Mesmo que tivesse, nem EU que sou a protagonista, valho isso tudo, quanto mais o Donnie que embora seja gostoso... — Olhei para os lados para ver se Jason não tinha escutado, porque o cão atenta. E continuei. — Ainda é secundário. Por favor né querida? Passe amanhã depois da feira. — Disse-lhe umas poucas e boas. — Certo. — Me disse em um tom nada agradável. — Deixa eu pedir direito. — Riu baixo e continuou. — Você tem uma semana ou puxarei o gatilho o qual estou segurando nesse momento apontado para a testa dele. — Olhou para Donnie que estava amordaçado em uma cadeira, a encarando com desdém e suando frio. — Entendeu agora, ou quer que eu desenhe? — E desligou. — Caralho... — Sussurrei para mim mesma. — Se o Donnie morrer, os leitores vão me comer viva... Fodeu! — Olhei para Black. — Me empresta duzentos milhões? — Perguntei descaradamente. — Oi? — Ele não entendeu nada. Revirei meus olhos pausadamente, caminhei em sua direção e deixei ele a par da situação. — Só existe uma pessoa que pode fornecer essa quantia. — Ele disse. — Quem? — Questionei. — O pai dele. — Black deixou um suspiro pesado ecoar. — O líder do tráfico da Máfia Britânica. E ele não está nem aí para o filho. — Se virou para mim. — Você vai ter que convencê-lo. — Ordenou. — Ata. — Por um momento não acreditei, até acordar para realidade. —O QUÊ?! EU? NEM MORTA. — Gritei de onde estava. — Isso é impossível! Tudo tem limites. Não tem possibilidade alguma de convencê-lo. Não eu! — Expliquei meu lado. — Nesse momento, no último andar da escola, tem snipers apontando sorrateiramente, armas na cabeça de todos os seus amigos e do seu namoradinho e companhia. Se não quer ver o sangue deles voar ao vivo, melhor encontrar um jeito. — Seguro de si, me ameaçou. — E antes que pense em avisá-los para que fujam, existem mais dois homens na mira da sua querida Tia. — Explicou. — Nossa... Vocês não sabem usar a palavra por favor? — Encarei ele de maneira desgostosa. — Por favor? — Ele foi tão irônico que parecia encarnação do Donnie. — Pedindo assim com jeito, não tem como negar... — Encostei as costas em um dos carros do ferro velho e deslizei até o chão com as mãos na cabeça.
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