KYLE

1719 Words
Vocês pediram, eu vim. E estou preparada para atacar! Linda, poderosa, montada, destruidora e lacradora. Meu nome é Kyle, mas, podem me chamar de Kyle mesmo porque não tenho outro. Quer dizer... A menos quando eu estou montada na Desirée Swanepoel, a minha forma Drag. Tenho 16 anos, vim da Angola e tenho Doutorado em Macumba da África. Lá, praticava vários ritos pombo girais e baixava os santos para colocar medo nas inimigas! Desculpem, mas de doce já basta o meu cu. Eu estou aqui para ser azedo mesmo. Vamos começar com um desfile, sim? Digno de toda diva. Pelos corredores masculinos do Instituto Xavier para Alunos superdotados... Sério bichas, é cada palmo de vara que vejo nesses shorts curtos de jogadores de futebol e hockey que fico passada no black in decker. Assim como as garotas estão se divertindo no castelo da Disney, ou seja, o dormitório feminino, eu sou obrigado a ficar perto dos homens. Se me incomodo? Jamais. Quem gosta de bacalhau é japonês, meus amores. Enfim, podem soltar os fogos que o capítulo é meu, eu estou narrando e quero todo mundo de rosa! Assim aconteceu. Adorava a sensação do poder. Os garotos abriam os confetes, vestidos de short jeans rosas e aquelas camisetas de botões bem justas nos músculos com uma social branca por dentro. Tênis, também rosados. Os confetes caíam sobre meus cabelos e abri o meu leque ao som de um... A música parou e todos encararam. — Era para ser meu capítulo! — Senti alguém me puxar. Era Donnie. — Viado, desencana que eu fui escalada. — Dei uma leve sambada e ele abriu a boca. BRÁ. Abri o leque na cara dele e impedi de continuar. — Guardas, levem-no! — Fechei e apontei. Sempre quis dizer isso. Os homens de rosa seguraram Donnie e saíram arrastando pelo corredor, aliás, aqui no meu puteiro, eu sou a rainha v****a. Vou mostrar-lhes um pouco do meu quarto. Sobre os saltos de minhas plataformas, eu movimentei a maçaneta e senti a fumaça vir no meu rosto. Mesmo pequeno, ali dava um ótimo laboratório experimental. Todas aqui eram Drags. Bem uniformizadas. Top vermelho nos s***s, meia calça até o shortinho de couro preto e botas com saltos altos. Elas estavam mascaradas, realizando misturas em vários tubos de ensaios e aplicando em héteros que tínhamos em cativeiro. Mas não se preocupem! Nenhum deles vai morrer ou sofrer abuso. São apenas experimentos saudáveis. Até hoje, nada deu errado. — Rainha v****a, algo está dando errado! — Disse Xavasca Houston, uma de minhas melhores Drags. O Hétero tremia sobre a maca e convulsionava. — O que você fez, viado? — Cruzei os braços aguardando a resposta. — Acho que ela aplicou muita dose de cu doce. — Disse Xewbaca Houston, a drag irmã gêmea de Xavasca. Ambas eram conhecidas como a dupla X-X. — Então pera aí. — Caminhei até o viado que estava fazendo cena e dei dois tapas na cara dele. Um homem gostoso, apenas de sunga apertada e com os músculos molhados. Após o impacto, voltou ao normal. — Vira homem, desgraça. — Abri o leque e me abanei. — Minha Imperatriz da v***a. — Se aproximava uma anã com pouco menos de um metro. Não era uma Whoopa Loppa não! E sim a minha assessora mini-drag. — Pois não, Pirulíta Vanderbilt? — Disse o seu nome completo enquanto me abanava. — De acordo Com pesquisas, o shipp mais votado do livro é você e o Bernardo! — Entregou os relatórios e continuou a segurar a prancheta. — Minha Nossa Senhora do Furiko! — Fui eu que apresentei a santa para a Yumi, tá? Ela nem sabia dessa crença Japonesa. — Aquele menino me enche o saco demais! — Revirei os olhos e me abanei dando piscadinhas ao lembrar dele tomando banho no chuveiro. Em seguida, me bati com o leque e acordei. — Mais uma coisa! — Disse Pirulita. — Hoje vai ter treino de hockey, se arrume. — Ela sempre me dizia meus compromissos. — Obrigada, meio quilo de viado. — Dei beijos na sua bochecha e me afastei. *** Eu tinha pouco tempo. A minha sorte se dava a proximidade da quadra do colégio daqui de onde eu morava durante os anos letivos. Tomei um bom banho de hidromassagem com pétalas de rosa e sabonete líquido com aroma de lacração e em seguida me arrumei devidamente. Parecia um hétero com aqueles equipamentos envolta de meu corpo. Pena que não podia usar um salto, caso contrário, não existiria ninguém contra mim naquele campo. Sempre era o primeiro a chegar. Homens não costumam ser pontuais. Pelo menos os desse livro. Não tinha problema algum com isso. Enquanto o clube do bolinha não aparecia, eu ficava suspirando enquanto lia. Eu adorava ler. Ainda mais se a obra tivesse muitos homens gostosos apreciáveis. — Esse Aaron é tão gostoso! — Gritei enquanto lia um romance gay. — Quem é Aaron? — Eu quase fui para o plano espiritual quando escutei aquela aberração chamar por mim logo atrás. Bernardo. Jogou o capacete no chão e veio andando todo frustrado para cima de mim. — Quem é você? — Perguntei esnobe, segurando o livro na outra mão. — Eu sou Bernardo. — Ele se aproximou e apertou meu pulso. — Fala quem é Aaron que eu vou socar a cara desse viadinho dois. — Bufou. — AHAHAHAHAHAHA! — Riam comigo leitores, por favor. — Quem é você na fila do canil meu amor? A chiwawa com a pata quebrada né? — Zombei. — Escuta aqui! — Rosnou. Agora sim, estava selvagem. Ele encostou nossos narizes e fez questão de ofegar em minha boca. Eu fiquei completamente sem saber o que fazer. Não era tão cortejado assim. Ainda mais por um Sagitariano. — Algum problema aí? — Jason, o capitão do time, chegou junto com os outros. Bernardo continuou a me apertar. — Bernardo. — Bradley também tomou a frente. — Não preciso de guarda costas, mores. — Dei uma puxada no braço de Bernardo, passei a perna na dele e o derrubei com tudo no chão. O time riu e vaiou. — c*****o, como tu fez isso?! — Jason perguntou, rindo e aplaudindo. — Aprendi a Ariana. — Abri o leque e fui para o gol. — Tinha que ser a minha diabinha. — Balançou a cabeça negativamente sentindo orgulho da mulher que tinha e foi seguiu para a quadra. Era a hora do Pênalti. Todo mundo começava a jogar em fileira e eu defendia. Um atrás do outro. Aquilo estava se tornando entediante. Escorei na trave, continuei a ler e com a outra mão, fui defendendo. Até que o garoto mais paciente se estressou e veio até mim para saber o meu segredo e quem sabe descobrir como se tornar tão bom quanto eu e compartilhar com os amigos. — p***a, Kyle! — Bradley me encarou. — Como é que tu consegues? Qual teu segredo? É aqueles lances de macumba doida lá? — Me puxou para sussurrar. — É nada, viado. — Ri e fechei o livro. — Tá vendo o disco de hockey? — Peguei e mostrei para ele. — Eu não vejo como disco. Fecho os olhos, respiro e quando os abro, imagino várias rolas vindo em minha direção. Duras, pulsantes e... Enfim, não tem como eu não pegar né? — Revelei o meu segredo. — Ah... Tô ligado... — E foi se afastando e indo até a galera. — Então, o que ele disse? — Perguntou Jason, querendo saber. — Ele disse que é impossível. — Jamais que Brad e Jason iriam imaginar rolas. Mas, se fossem mais inteligentes, imaginariam xoxotas. Não é à toa que brigam até pelas Winx. Após mais um longo treino, eu fui na direção do vestuário. Todos haviam ido embora, então retirei os trajes e fui para o chuveiro. Cantarolei e me ensaboava, dançando a rainha Shakira, distraído naquele som envolvente. Quando voltasse para meu cafofo, eu teria de me arrumar, pois, o time de hockey iria para o Texas amanhã. Eu estava ansioso! Desliguei o chuveiro, virei de uma vez e aquele corpo quente, molhado e branco se chocou ao meu n***o em um contraste tão delicioso como café com leite e me imprensou na parede. — Até quando você vai fugir? — Era Bernardo. Mesmo me pressionando, ele segurou em meu queixo e me fez encará-lo. — Eu sei que você quer. — Continuou a me fitar. — Que tal começar não sendo um babaca machista? — Segurei seu peito e tentei empurrar, mas a droga do sabonete me fez escorregar e envolver os braços em seu tórax, o abraçando. — E tirando o sabonete do corpo quando vier brigar comigo! — Resmunguei. — Qual é Kyle? Esse é o meu jeito e não vou mudá-lo por você. — Retrucou me encarando. — Então vai a merda e me solta. Não preciso de você. Você nem é a única rola daqui, embora tenha uma deliciosa encostando em mim e... — Senti quando me apertou forte e eu tentava sair daquele corpo. Me sentia a Ariana quando os rapazes ficavam querendo fodê-la. — EU VOU PRO TEXAS CAVALGAR MUITO EM ROLAS QUE SEJAM MAIS GENTIS E MENOS ESCROTAS! — Continuei a dar Show. — Não vai não. Seu macho sou eu! — Ele me prendeu as mãos na parede e afundou a boca no meu pescoço em uma chupada que me revirou os olhos. Estava quase me excitando com aquilo. O cheiro dele era bom. Mas... — Qual... Qual o nome daquele palhaço vermelho e branco que fala com a garotada? — Perguntei quebrando o clima. — Não sei... — Me olhou sem entender. — O Bozo? — AQUELE QUE TE CHUTA NOS ÔVO! — E ajoelhei seu saco e sai correndo. Deixei Bernardo no chão peguei minhas roupas, vesti de qualquer jeito e sai correndo. Ele não me acompanharia nem tão cedo! Muitas coisas esperavam por mim ainda nesse livro. E eu tinha que estar preparado para todas! Amanhã vai ser um grande dia e tenho que preparar a coleção de leques novos e o look cowboy gay para pisar em solo country! Espero que tenham gostado. Ou vão para a boca do meu guabirú!
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