A torre, parte IV

584 Words
A escotilha foi aberta como uma luva. Até parecia que queriam ser invadidos. Ou, simplesmente não se importavam mais. Primeiro Shing. Em seguida Jason, Bradley, Bernardo e os outros atrás. Estava tudo escuro, a energia havia ido embora. Desligaram de propósito a parte elétrica para que nenhuma informação vazasse, mas, preparado para tudo, Shing trouxe óculos de visão noturna para todos e seu Tablet estava bem carregado. — O que vamos fazer? — Jason perguntou segurando uma maleta. — Temos que encontrar o reservatório de energia. — Shing respondeu. — Só estou vendo a nossa derrota escondida nessas trevas. — Valentina soou. — Viado, anda logo que esse lugar me dá arrepios. — Kyle alertava. — Por aqui. Ainda tenho a planta do lugar. — Shing os coordenou. — Isso está pesado, Shing. O que tem aqui dentro? — Bernardo perguntava fazendo cara de dor. Ele levava juntamente com Brad, outra mala maior, dividindo o peso. — Pelo peso, no mínimo deve ser os papéis de trouxa que você já fez nessa vida, seu bastardo. — Valentina recitou sem ânimo algum e fez todos rirem. — Eu vou matar essa... — EI! — Brad o puxou de volta. — Não me deixa levando isso aqui sozinho não! Shing deu uma rápida explicação para todos. Quando a energia era apagada, como da última vez, um gerador era acionado em cinco minutos e tudo voltava ao normal. Provavelmente eles haviam destruído esse gerador, além de cortar os fios da energia. Com isso em mente, ele trouxe uma bateria no jipe, que Bradley e Bernardo carregavam em uma mala um pouco pesada. Claro que não teriam energia por muito tempo, porém, conseguiriam o suficiente para recolher informações que poderiam ser usadas contra eles no futuro. Demoraram cerca de meia hora dentre os extensos corredores até chegar no local. Brad e Bernardo se posicionavam e viam que alguns fios estavam cortados e a bateria antiga do gerador havia sido retirada. Shing lhes deu as instruções de onde colocar e depois de bem-posicionados, ele vestiu luvas isolantes, abriu uma caixa de ferramentas que Jason trazia também e começou a trabalhar. — Que haja luz! — Ele disse e acoplou o último fio. Tudo se iluminou. — Já estava na hora! — Kyle se abanava. — Liga o ar-condicionado, viado. — Eu já estou derretendo também... — Becca reclamava. — Não posso. Quanto menos energia usarmos, melhor. Essa bateria tem 1hr de carga. — Shing explicou. — Então vamos logo, antes que fiquemos presos aqui de novo. — Layla o encarou de cima. Aqueles olhos davam medo. A sala de comando não ficava longe dali. Shing os conduziu mais uma vez. — Brad, Bernardo e Jason, fiquem de guarda. — Ele deu a ordem. — Garotas, venham comigo. — Ah tá, sei qual é a sua. — Bernardo apontou com um ar de riso. — Bernardo, não amola. — Layla reclamou. — Até porque ela é sapatão. — Kyle implicou. — EU NÃO SOU SAPATÃO! — Layla quase o jogou ao chão. — É melhor a gente entrar logo... — Becca disse o óbvio. Então, entraram. Assim que se sentou em uma poltrona com várias telas e teclas em sua frente, Shing não demorou em colocar pen drivers, HD's e tudo aquilo que trouxe como armazenamento. Seus dedos brincavam ali como se fossem teclas de piano e ninguém entendia nada o que se passava. Porém, tínhamos que dar esse voto de confiança para ele e deixar com que trabalhasse.
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