Ansiedade

1182 Words
Verena estava encantada com Felipe, algo nela a atraia demais. Nunca se imaginou como uma pessoa s****l se sentia totalmente constrangida quando assistia a alguma cena de s**o na televisão, ou quando assistia um beijo caliente entre dois personagens. Ela era blasé, mas não como se não sentisse nada, ela apenas evitava olhar. Mas não ela não pode ignorar Felipe, ele não era do tipo que aceitava não ser o centro das atenções, e no momento em que a viu notou a sua beleza, mesmo que escondida debaixo de toda aquela roupa em um calor de m***r. - Verena você deveria me dar o seu telefone, você tem cara de quem gosta muito de tomar sorvete, e eu que sou um cara totalmente legal vou te levar para tomar um! - Nossa tenho cara de criança então, ao invés de me chamar para tomar uma cerveja você me chama para tomar um sorvete? - Ah não me leve a m*l, só tentei ser leve. Só achei que se eu dissesse que estou te chamando para sair você poderia se esquivar, e eu teria que usar ainda mais o meu charme para te convencer, por isso iniciei falando de um mero sorvete. Eu tentei mais uma ver ler as intenções daquele rapaz, e simplesmente nada! Não conseguia enxergar nada além do que ele mostrava o que para mim era mistério. Sempre considerei que pudesse ler vocês humanos de forma natural, consigo enxergar se você é bom ou mau. Se merece ou não a sua entrada em algum lugar especial, ou se vai simplesmente pagar pelo que fez. Já li as auras de muitos assassinos, ladrões que só assaltaram a loja para alimentar a suas famílias, ou aqueles que tiveram sua vida encerrada apenas para prazer momentâneo. E eu podia enxergar através de todos eles, suas paixões, suas predileções, podia ver ao final de sua vida tudo o que o levou para que você se tornasse talvez uma moça frágil, ou um rapaz sem esperança, ou até mesmo o porquê aquela moça embarcou naquele casamento sem amor, e principalmente se podem de fato alcançar algum tipo de redenção. E aí é que está o problema, do Felipe eu não via nada. Não se o porquê e não consigo explicar o que levou ele a se tornar o que se tornou.  Ganancia talvez? Eu não podia dizer com certeza, ele era uma incógnita para mim. Verena permaneceu dando corda para o rapaz, tímida não sabia como dizer que queria mesmo sair com ele, que não precisava ser apenas um sorvete... Ela queria que ele adivinhasse que ele insistisse que ele conseguisse enxerga a sua timidez como algo positivo e talvez até sexy. Afinal de contas, Verena já era uma mulher. - E então Verena, você quer ou não sair comigo? Estou sendo direto, eu não gosto muito de dar voltas para chegar ao assunto que interessa. - Eu quero sim, mas não pode ser hoje... Eu tenho muita coisa para fazer. - Que tal no sábado? Eu passo aqui para buscar você. -Horário? - Ah entendi, você vai esperar ansiosamente para se encontrar comigo não é? Preciso saber o horário especifico? - Preciso sim, e se eu tiver algum outro compromisso? – Disse Verena sorrindo - Tem razão! Mas assim, como você está percebendo eu trampo assim, e uma casa depois da outra e não tenho muita certeza de horários. Meu serviço é solto sabe como é né? Então eu vou pegar o seu número, assim a gente se fala e combina um horário legal. - Pode ser então. - Então olha, digita o seu número aqui no meu celular e salva! Preciso começar o serviço gata, se eu não começar seu pai não me pagar e aí eu não consigo pagar o sorvete ou até a cerveja do final de semana. – Disse Felipe sorrindo. Entregou o celular nas mãos de Verena, tinha uma confiança que emanava dele, que a hipnotizava sem que ela percebesse. Ela digitou o número salvou e bloqueou o celular, colocou em cima das coisas de Felipe que estavam em um canto e voltou para dentro da casa. Se serviu de suco de laranja enquanto observava pelo vidro Felipe trabalhar, era como assistir um bom filme para ela. E enquanto ele suava, ela dentro de seu ar condicionado se divertia com a visão que estava tendo. Era sem dúvidas, o homem mais bonito que ela havia visto. E o jeito de falar só ressaltava isso para ela! Muito diferente dos rapazes que conhecia e que se acotovelavam nos corredores da empresa e até em sua faculdade para ter o mínimo de sua atenção. Tudo tinha a ver com legado, como seu pai sempre gostava de dizer grana se casava com grana, e nunca o contrário. Claro que Marcos falava aquilo em tom de piada, mas nunca caiu bem aos ouvidos de Verena que achava aquela fala hipócrita e sem propósito, ainda mais quando sabia da origem humilde de sua mãe. Repreendia o seu pai toda vez que esse assunto vinha à tona, e sabia que sua voz compartilhava do mesmo pensamento escroto. Felipe tinha um gingado, uma forma diferente de agir, um jeito especial de sorrir e de falar. Era menos formal, não ligava para as formalidades.  Enquanto aqueles rapazes que seu pai tentava empurrar para ela, eram tão chatos que ela preferia se trancar em seu quarto e nunca sair.   Verena desistiu de acompanhar Felipe, subiu para o seu quarto e deitou se em sua cama, com o celular na mão como uma colegial em crise. Será que ao menos ele se lembraria do nome dela? Ou passaria batido a sua lembrança? Respirou fundo e pensou “Fique calma Verena, tudo vai dar certo, ele vai mandar mensagem, você acabou de falar com o homem, dê um espaço” Eu assistia tudo aquilo bastante comovida com o drama e a comédia da situação, eu pessoalmente não havia enxergado nada demais em Felipe, realmente a beleza está nos olhos de quem vê, e eu com certeza não havia visto nada demais! Não sei nem por que Verena sofria tanto com essa antecipação, era óbvio que o rapaz notaria o seu rosto perfeito, dentes alinhados e brilhante e cabelos loiros como a luz do sol. Não precisava ser um gênio para notar tudo aquilo, e só não mandaria mensagem se fosse o cara mais trouxa do mundo. E ele podia mesmo ser, já que eu não enxerguei nada dele para pelo menos ter uma prévia sobre tudo. O celular virou na cama, ela correu para ver o que era... Mensagem da operadora. Eu não consegui evitar o meu riso, ainda bem que ela não podia me ver. Deitou se novamente em sua cama tentando não pensar, tentando não se perder em sua ansiedade! Claro que não estava dando certo, era sua natureza. Quando o celular tocou novamente ela agora desbloqueou a tela com um pouco mais de calma. “Oi Verena, sou eu o Felipe... Salva o meu número aí “.   Nossa Verena, todo aquele chilique para receber apenas... Isso? 
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