Capitulo 3 - Camila

2270 Words
eu lembro do KL afirmando que eu precisava me manter longe do Monstro, pois ele é c***l e agora eu tenho certeza disso, eu ainda estou em choque de saber que ele matou uma pessoa, eu cheguei no trabalho e estava me tremendo, o rosto dele não saia dos meus pensamentos, seus olhos azuis, a forma fria que as suas palavras tomam a sair dos seus lábios, ele matou uma pessoa na minha frente. Ele fez isso! Eu beco um copo de água e a senhora Rebeca se aproxima dizendo. — Menina você parece que viu um fantasma, o que aconteceu? — Ela toca minha mão. — Você esta gelada. — Nada, eu vim correndo para não me atrasar. — Eu digo e ela sorrir para mim. — Fica tranquila o chefe ainda não chegou, mas o filho dele está ai hoje. Ele disse para você ir na sala dele. — Agora não, eu vou me instalar. — Digo e saiu dali. Vou me organizando e como o tempo me acalmo, eu fico ali por um bom tempo e a tarde quando volto do almoço o Fernando se aproxima da minha mesa e diz. — Está fugindo de mim, Camila? — Pergunta sério. — Não, eu estava organizando as coisas aqui! Eu já estou indo. — Digo me levantando e acompanho ele. Assim que entramos na sala dele o mesmo diz. — Fecha a porta! — Eu obedeço e ele logo me diz. — Seu paizinho está morto e você está sozinha no mundo! Agora não tem para onde correr! Só tem uma opção para você, Camila! — O que está querendo dizer? — Pergunto nervosa. — Que você é minha. — Diz sorrindo e eu saiu dali e volto para minha mesa. O tempo passa e o senhor Otávio aparece ali e me chama. — Camila o expediente está acabando e eu tenho uma coisa para falar contigo. — Sim, senhor! — Me levanto e vou na sala dele. — Fecha a porta, Camila! — Ele diz e eu observo o Fernando sentado ali na mesa do meu chefe. — Pode falar, senhor! — Seu pai morreu nos devendo muito dinheiro! Eu acredito que a senhorita não terá condições de pagar esse dinheiro! — Diz irônico. — Não senhor! — Abaixo a cabeça. — Eu quero me aposentar e quero que meu filho assuma essa empresa, eu quero que ele se case, você é a noiva ideal para o meu Fernando, você se casa com ele e eu esqueço a divida do pai de você. — Ele diz e eu fico atordoada. — Pai, vamos logo para o correto. — Pega um papel e joga na mesa me olhando. — Você é minha seu pai assinou esse papel me dando você e eu quero me casar. — Diz e eu começo a me tremer nervosa. — Eu não sou um objeto. — As lágrimas molham meu rosto. — Você é minha, Camila. Isso não tem como mudar, nos dois vamos casar e eu vou assumir essa empresa. Ele diz — Senhor, Otávio! — falo nervosa. — Lamento minha menina, não posso fazer nada. — Ele diz e eu fico mais nervosa ainda, as lagrimas molham meu rosto e eu digo. — Não, eu não aceito. — Me levanto e saiu dali, eu pego minha bolsa e corro, as lagrimas molham meu rosto. Eu pego um ônibus e desço próximo ao morro, eu vou subindo e não consigo conter a tristeza, eu estava em uma situação horrível e totalmente decepcionada com o meu pai. Eu estava com tanta dor no peito e para piorar o mesmo homem de cedo, o tal Morte ele vem até mim e tenta me intimidar, eu fico nervosa e com o tempo o KL aparece pedindo para ele me deixar. — Olha só, veio defender a patricinha ? Tá interessado nela, em? — Diz irônico. — Eu te conheço, pode deixar ela eu resolvo! — kL tenta me ajudar! — Resolve o que? Não tem nada para resolver aqui! Mas eu estou intrigado com essa garota e a família dela! — Ele diz e aperta ainda mais meu braço. — Quem me garante que a história que a outra patricinha lá contou é verdade? — Eu não sei o que ela te contou, mas eu queria nesse momento que você me deixasse em paz, não sabe nada sobre mim e sobre o que eu estou passando, por favor, senhor dono do morro, você pode me soltar e deixar eu ir para o meu quarto chorar? Pergunto e ele permanece me olhando, o KL fica em silêncio e ele logo diz. — Eu estou de olho na sua família, você procure andar na linha, pois um passo errado e eu coloco para fuder! — Diz sério. — Não se preocupe, eu vou cuidar para que ela ande na linha. — KL diz e logo ele tira a mão do meu braço. O KL toma a minha frente e diz no meu ouvido. — Não se preocupa, ele não vai te fazer nada, vem comigo. Eu concordo e ele me ajuda a subir na moto, eu seguro nele e seguimos para um lugar, ele tinha uma pedra grande e dava para ver todo o morro dali. Eu sair da moto e disse. — Essa não é minha casa. — Digo e ele logo toca meu rosto. — Está triste, isso significa que algo aconteceu, você quer me contar? — Ele me pergunta. — Eu acho que o mundo está caindo na minha cabeça e eu não sei o que fazer! — Eu digo com lágrimas nos olhos. — Eu sei que me contar não vai resolver seu problema, mas pelo menos você coloca para fora. — Ele diz enxugando minhas lágrimas e eu começo. — Meu pai morreu, ele estava se afundando em dividas de jogos, ele era um homem bom, mas não sabia parar, ele não sabia e em uma mesa de jogo ele perdeu tudo, ele não resistiu e perdeu a vida, eu amava tanto o meu pai e essa mudança radical na minha vida, por pouco eu iria para de baixo da ponte, na verdade, agora eu acho mesmo que vou morar debaixo da ponte, já que nem emprego eu tenho mais. — Digo soluçando e ele enxuga novamente as minhas lagrimas e diz. — Calma, você precisa se acalmar! — Como eu vou me acalmar? Meu pai assinou um documento e me prometeu em casamento ao Fernando o filho do meu patrão! Ele acha que é meu dono e eu não suporto ele. O que vou fazer da minha vida? Eu estou perdida! Seu amigo, ele não presta, eu vir, aliais eu não vir nada! Só que se eu ficar devendo o aluguel ele vai me matar, então eu não tenho jeito! — Digo nervosa! — p***a, você está fudida mesmo! Deixa eu analisar a situação! Todos são uns filhos da p**a com você! Até mesmo sua mãe perua e sua irmã v***a! Pois elas duas não vão te ajudar, na verdade, pelo que eu percebi elas gostam de dinheiro e se esse tal Playba for rico elas vão te dar a ele. Aqui no morro eu garanto sua segurança! Mas lá fora você não está segura! Fiquei sabendo que a dona Marta tá contratando garçonete, eu posso desembolar esse rolo para você! — Você faria isso para me ajudar? Eu não sei nem como te agradecer! — Digo sorrindo. — Ver esse seu sorriso lindo não tem preço! Vou desenrolar essa fita para você, agora acho bom te deixar em casa. — Obrigada, LK! — Digo e ele me leva para casa. Assim que chegamos na porta de casa ele diz. — Se cuida, baixinha. — Se cuida também. Digo e ele sai dali, eu entro em casa e encontro a Caroline toda arrumada, ela estava com um shortinho curto. Ela estava bem arrumada. — Demorou para chegar. — Diz a minha mãe. — Eu já disse a senhora que a Camila é sonsa. —Ela fala sorrindo. Eu nem me dou ao luxo de responder, eu apenas subo as escadas e vou até o meu quarto, lá eu tiro toda a minha roupa e pego minha toalha, eu me enrolo nela pegando uma roupa para eu tomar banho e saiu dali indo na direção do banheiro. Eu tomo um banho de pé e cabeça e em seguida me visto e volto para minha casa, eu estava tão exausta que nem pensei muito, eu apenas me deitei e dormi. No dia seguinte desperto arrumo minha cama e desço as escadas, eu olho no relógio e percebo que dormi demais já que a Carolina e a minha mãe já estavam acordadas. — Alguém perdeu o horário. — Carolina diz irônica. — Não perdi o horário, eu não trabalho mais para o senhor Octávio! — Não trabalha? E como vamos pagar o aluguel dessa casa? — Minha mãe pergunta nervosa. — Vou dar um jeito, eu prometo que vou dar um jeito! Viu arranjar outro emprego e para variar a Carol dever-me-ia trabalhar também. — Meu bem, eu estou me envolvendo com o chefe, com o chefe do seu amiguinho! — Ela diz e eu arregalo os olhos. — Com o Monstro? Você está louca? Ele não tem piedade, ele não presta e pode piorar nossa situação! — Ele gosta de mim, ele está de quatro pela patricinha, também nessa favela não tem uma mulher como eu! — Diz sorrindo. — Isso filhinha, ele te dar dinheiro e isso é bom para gente! Dar para manter nossa vida de luxo, além disso, ninguém precisa saber que moramos aqui e que você se envolve com um bandido. — minha mãe apoia ela. — Vocês só podem está brincando! — Digo seria. — Irma, ele é gato e tem dinheiro. Eu sou um peixão, olha pra mim! — Diz sorridente. — Você que sabe, já é uma mulher. — Digo e o rosto do Monstro vem na minha mente, nos dois já nos encontramos duas vezes e não foi muito legal, eu prefiro manter distância dele. Fico ali me alimentando e com o tempo escuto uma buzina de moto e logo a voz do KL. — CAMILA! — Me chama — Parece que eu não sou a única v***a que prende os bandidos, a santinha está se revelando, nem sabemos se o caso é antigo, já que ela decidiu essa casa aqui. — Diz irônica. — Não me compare a você, Carolina. — Digo e me levanto, eu abro a porta e vou até o portão. _ Oi, KL! — Eu conseguir uma vaga na dona, Marta! Vamos, lá? — Ai que ótimo, eu te agradeço muito. — Digo sorrindo e abraço ele. O mesmo fecha os olhos e cheira meus cabelos e só ai me dou conta do que está acontecendo. — Me desculpa! Eu me empolguei. — Digo vermelha. — Tudo bem. — Ele olha meu corpo e morde os lábios. — Troca a roupa, se sair assim vai causar tumulto no morro, muito gata! — Diz cheio de graça e só ai percebo que estava com roupa de dormi. — Ai meu Deus, eu não havia percebido. — Digo sem jeito e logo corro para entrar em casa, — Não sai dai que já volto. — Digo e subo correndo sem dar nenhuma satisfação a minha mãe ou a minha irmã. Eu corro para tomar um banho e logo visto uma calça e uma camisa, eu faço um c**k e desço as escadas correndo. Eu saiu de casa e encontro ele sentado na moto do outro lado da rua, — Vamos? — Sim! — Digo sorrindo e ele liga a moto, eu subo e ele me leva até o local, era um bar, eu entro e observo o local, ele se afasta e diz. — Não sai dai que volto. — Ta, eu espero. — Fico ali observando até que ele aparece com uma senhora. Os dois se aproximam e ele diz. — Camila essa é a dona Marta, ela é a dona desse restaurante e será sua chefa. — Ele apresenta nos duas. — Muito prazer em te conhecer menina, nos aqui temos muito trabalho, além de você, as minhas netas Lili e Angelina, elas me ajudam e agora terá você. Com o tempo eu vou te explicar as coisas aqui, agora eu preciso que vista aquele avental e comece a atender as mesas, você anota os pedidos e passa para a Lili, aquela linda morena no balcão. Você trabalha todos os dias, sem direito a descanso, sua folga é aos domingos, ta bom? — Tudo bem! — Pode começa, ela disse. — Eu peguei o avental e logo coloquei na frente, eu comecei a atender as pessoas, o LK saiu dali e com o tempo escuto a voz que me deixa morta de medo. — Vem aqui, garota! — Eu me viro e ele o Monstro estava ali, um boné enterrado até as sobrancelhas, uma camisa e uma bermuda. As tatuagens no braço, eu fiquei observando paralisada até ele dizer. — Está surda, garota? Vem de uma vez! — Ele ordena e vejo que não tem jeito. Eu vou caminhando e assim que chego perto dele digo. — Bom dia, o que o senhor vai querer hoje? — Ele fica parado me encarando até que a Lili aparece ali. — Pode sair garota, eu atendo ele. — Me viro para sair, mas ele logo diz. — Sai você, Lili. Quem vai me atender hoje é ela! me sigam no i********: marisoluz-escritora
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