A vida me deu uma rasteira, meu pai está morto e o mesmo me vendeu ao Fernando, eu tenho que casar para pagar suas dividas, mas eu vou resistir a isso, eu prometo que vou resistir, ele está achando que eu vou morrer de fome e que isso vai me levar diretamente para ele, mas não é isso que vai acontecer.
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Fernando: Sei que você perdeu a casa, não vai resistir muito, você não tem para onde ir, está sem casa, sem emprego e não tem ninguem que possa te ajudar, você sabe que eu sou sua melhor opção, por mais que corra agora, uma hora você vai voltar para meus braços.
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Guardo meu celular rapidamente e continuo o trabalho, enquanto eu tiver forças para lutar contra eu vou lutar, se eu conseguir esse emprego e ele é capaz de me manter longe do homem que acha ser meu dono eu vou fazer isso, pois eu sei que no dia que eu parar nos braços do Fernando, eu serei sua prisioneira para todo sempre e eu não quero isso, eu prefiro viver aqui nesse lugar, eu prefiro me adaptar a essa vida e é isso que vou fazer. Penso e logo sou surpreendida pela Lili que me chama.
— Ele é meu! Você é uma v***a que vivi querendo da o golpe no chefe, anda para cima e para baixo atrás do KL, mas do meu Monstro não, você fique na sua que no dia que eu pegar você com ele eu vou te dar uma surra que você nunca vai esquecer.
— Eu não estou dando em cima dele, eu não quero ele, eu não quero ninguem, não se preocupe, eu não sou uma ameaça para você. — Digo e saiu de perto dela, eu permaneço ali trabalhando até que uma linda menina de cabelos castanhos se aproxima.
— Oi, sou a Angelina. Minha avó me disse que tinha uma nova funcionária, um prazer te conhecer, mas eu nunca te vir pelo morro. — Ela diz sorridente.
— Eu me mudei a pouco tempo. — Abaixo a cabeça.
— Você está com um olhar perdido, eu não sei, mas parece que tem algo errado, você quer conversar? — Ela pergunta.
— Não acho prudente, esse é nosso horário de trabalho e eu sou novata, eu preciso mostrar serviço. — Digo sorrindo e volto ao serviço, a tarde o movimento ali não é tanto quanto pela manhã, após o almoço as coisas ficam calmas. O tempo passa e a Angélica diz.
— Então, vamos fechar, a minha avô não volta hoje e o horário já deu. — Eu faço que sim com a cabeça e ajudo ela a fechar, assim que terminamos nos despedimos e seguimos cada uma para um lado, mas eu logo sou surpreendida pelo Monstro, ele me leva para um lugar horrível e me ameaça, ele também diz que não posso andar com o KL e até me agride, logo depois ele me leva para casa. Eu entro de cabeça baixa e sou surpreendida por um puxão de cabelo.
— Vagabunda, você não vale nada. — Diz Carolina.
— Do que está falando, você está me machucando.
— Está se fazendo de sonsa? Está dando para o KL e também para o Monstro. Você se dizia a virgenzinha, mas não passa de uma vagabunda, mas eu vou te avisar, pode ficar longe do Monstro, esse homem é meu, eu vir ele primeiro. — Diz e puxa mais meu cabelo, nesse momento a nossa mãe aparece.
— Está louca, Carolina! Solta a sua irmã agora. — Ela ordena.
— Essa garota é uma sonsa, ela é prostituta, ela se vende por dinheiro. A senhora não sabe disso? Por isso ela nos trouxe para essa droga de vida, essa droga de favela. Ela senta para os dois chefe, se bobear ela até faz ménage. — Ela diz e eu lhe dou uma tapa na cara. A mesma toca o rosto.
— CHEGA! Isso é demais para mim, desde que o papai morreu a minha vida se tornou um inferno, eu não tenho o direito de sentar e chorar, pois eu preciso dar um jeito em tudo, eu preciso trabalhar e sustentar vocês duas, eu perdi meu emprego e estou lutando, vocês nunca perguntaram como eu me sinto o que estou passando, não tem noção do que está me acontecendo, eu só peço, paz! Eu quero viver em paz, eu preciso viver em paz! — Digo e elas ficam me olhando ali. — Eu vou para o meu quarto. — Subo as escadas e assim que entro no meu quarto eu me jogo no chão e começo a chorar. eu estava segurando as lagrimas a tanto tempo, mas eu sou humana e agora estou me sentindo fraca. Eu abro a janela do meu quarto e olho para o céu. — Meu Deus, o que eu fiz de tão r**m? Eu não quero casar com o Fernando, mas também não posso ficar aqui, o dono desse lugar me odeia, ele invocou comigo e me quer longe daqui, eu sei que ele quer isso. As suas palavras de ódio, a forma como me tratou me mostrou isso! Talvez esse seja meu fim, eu não tenho vida essa é a verdade, eu estou cansada de lutar senhor. — Digo e fico ali mais um tempo chorando, eu me olho no espelho e vejo meu rosto machucado, eu me levanto e começo a tirar minha roupa, eu pego uma toalha e vou para o banheiro eu fecho a porta e ali tomo um banho molhando todo o meu corpo, eu deixo s lagrimas molharem meu rosto e fico ali até que passando um tempo eu saiu dali e me deito na cama, eu sei que amanhã será um novo dia e novas situações para eu enfrentar. Penso e logo pego no sono.
Desperto no dia seguinte, eu tomo meu banho e visto uma calça, eu coloco uma camisa e prendo meu cabelo. Eu desço as escadas e estava tudo em silêncio, eu sair dali fui direto para o restaurante, a dona Marta e a Lili estava ali.
— Bom dia, menina. — Dona Marta me comprimento.
— Bom dia, senhora. — Digo
— Nossa, o que foi isso no seu rosto? — A Lili pergunta.
— Eu cair ontem, eu escorreguei e cair. — Digo tocando o meu rosto.
— Vai atender as mesas, garota! — A Lili diz e eu começo a trabalhar ali, o LK aparece e diz.
— Bom dia, baixinha! — Eu abaixo a cabeça rapidamente.
— Bom dia, Senhor! O que vai querer? — Digo de forma profissional.
— Quero que me olhe nos olhos! — Ele diz
— Esse pedido ai não faz parte dos pratos da casa, eu vou ficar lhe devendo, me der licença. — Digo me afastando, ele fica ali parado e depois de um tempo sai dali. A Lili se aproxima e diz.
— Ficou louca, garota? Você sabe que das normas da casa? — Ela diz e eu balanço a cabeça dizendo que não. — O Monstro e o LK devem ser tratados como rei. Ontem o Monstro saiu sem fazer pedido e hoje o LK e nas duas vezes você estava atendendo eles. Que isso não se repita, você entendeu? — A Lili diz séria.
— Sim, senhora! Me perdoe. — Digo abaixando a cabeça.
— Vamos continuar atendendo, vai lá e faz seu trabalho corretamente. — Ela diz e eu obedeço, o tempo passa e a tarde chega, a Lili vai embora e a Angélica a substitui. Eu continuo ali trabalhando até que o Monstro aparece.
— Garota, venha anotar o meu pedido. — Ele diz e eu começo a me tremer. Eu tento me controlar e me aproximo dele.
— Boa tarde, senhor! O que vai querer? — Eu pergunto.
— Levanta o rosto para falar comigo, p***a! — Ele diz e eu obedeço na hora. — Nossa, você não usou gelo?
— Senhor, o que vai querer? — Eu estava agoniada de está na presença dele.
— Uma cerveja! — Diz e eu me afasto, eu pego a cerveja e dou a ele para beber, eu digo
— Mas alguma coisa, senhor? — Pergunto e ele diz;
— Quero sexo, você paga a santa e não vai me dar, sua praia são os velhos! — Ele diz e eu respiro fundo.
__ Me der licença, senhor! — Digo e saiu dali. O KL chega ali e se senta com o Monstro, eu viro de costa fechando os olhos, eu seguro minhas lágrimas e ele diz.
— Ou baixinha, vem aqui! Eu me viro e o Monstro me olha sério, eu olho para a Angélica e ela diz.
— Eu atendo, vai lá dentro, Camila! — Diz e eu corro para o banheiro, eu me sento no chão e começo a chorar ali. Meu telefone apta.
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Fernando: Eu sei que está morando em um morro! Vamos ver até quando vai sobreviver minha vida.
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— Meu Deus, eu quero morrer, eu quero morrer! — Digo chorando e a Angélica aparece ali e se senta perto de mim, eu logo enxugo minhas lágrimas.
— Divide comigo essa dor, vem aqui!
— Você deixou o restaurante sozinho? — Digo. — Vamos voltar ao trabalho! — Me levanto e ela puxa minha mão.
— Nada vai acontecer, os chefes estão lá fora. — Ela diz me olhando.
— Mas a gente precisa voltar! — Digo sorrindo e me levanto.
— Eu perdi minha mãe quando tinha 12 anos, meu padrasto era drogado, ele me estuprava, tudo era tão horrível e todas as noites eu tenho um pesadelo, eu pensei que não ia ficar bem, só quando completei 16 anos a minha avó conseguiu me tirar das mãos dele. Só agora estou mais recuperará, não sei o que você está passando, mas você precisa ser forte! ... — Ela diz se levantando quando a mesma abre a porta do banheiro para sair eu digo.
— Meu pai, meu pai morreu! Nós tínhamos uma linda família feliz! Mas bastou ele morrer pra eu descobrir que ele era um bêbado, viciado em jogos! A gente perdeu toda a nossa riqueza, não tenho mais nada, eu vir pra esse morro para refazer minha vida, mas aí tudo piorou, o meu pai assinou um documento no qual eu devo casar com o Fernando, mas eu não amo ele, eu não quero casar, ele é o filho do meu chefe e eu perdi o emprego. O LK estava me auxiliando, mas o Monstro disse que não posso encostar nele, ele me bateu. Eu não posso falar isso para ninguém. — Digo chorando e ela me abraça.
— Vai dar tudo certo, não desista de lutar, eu estou aqui e quero ser sua amiga. Deixa eu te ajudar?
— Obrigada, mas eu acho que você não tem muito o que fazer!
— Ter uma amiga para contar, mesmo que seja só pra abraçar, isso já é muita coisa! Quer ser minha amiga, Camila? — Ela diz e eu abro um sorriso.
— Quero muito! — Digo sorrindo e ela me abraça.
— Vamos lá fora, já está quase na hora de sair. Ela diz e seguimos, assim que eu chego no salão o Monstro já não estava ali mais o KL estava. Ele se aproximou de mim e disse.
— O que está acontecendo? Você está me evitando, Camila! O que eu fiz?
— Nada, eu só quero ficar longe de problemas!
— Camila eu sou um problema para você? Nós dois somos amigos, não?O que mudou? — Ele pergunta e eu levanto o rosto.
— Eu quero paz, eu estou nesse lugar! A vida me jogou nesse morro, mas tudo que eu quero agora é paz e estar perto de você não me trás paz! — Digo e ele toca meu rosto.
— Quem fez isso com você? Quem te machucou?
— Ninguém, isso não foi nada! Digo me afastando.
— Ou KL, me perdoe, mas vamos fechar aqui, você pode sair? — Diz me salvando.
— Posso sim, mas essa conversa vai acontecer, você entendeu, Camila? — Diz e logo sai dali.
— Obrigada! — Digo e ela sorrir!
— Acho que temos um problema aqui! O KL tá gostando de você e eu só não entendo os motivos do amigo dele não querer vocês dois juntos, será que ele está com ciúmes e te quer também? — Diz sorrindo.
— Está louca, o Monstro não tem coração. — Digo desconversando.
— Tá, mas ele quer você, eu acredito nisso! — Diz sorrindo.
— Ele quer destruir minha vida, isso ele quer com toda a certeza do mundo, mas agora eu não quero pensar nisso, eu só quero ir pra casa, eu quero tomar um banho e depois eu quero me deitar e dormi, eu estou cansada. Digo e ela concorda, a mesma me passa o celular dela e diz.
— Me passa seu numero. — Eu concordo e passo meu número para ela. Eu sigo andando, eu apreço os passos para entrar na minha casa e assim que faço isso a minha irmã me olha e sorrir.
— Chegou a santinha! Olha só diz se eu não estou gostosa para c*****o? O patrão tá babando em mim, ele me deu esse vestido e eu vou com ele para uma festa hoje. — Diz saindo dali. Eu não dou importância e subo, eu fecho a porta do meu quarto. Eu me deito ali na cama e a minha mãe aparece ali.
— O que está acontecendo? Eu sei que não sou tão próxima a você, mas eu sei que tem algo errado! — Ela diz sentando. — Quer falar comigo, Camila?
— Não tenho nada para falar, eu só quero ficar em paz, você pode me deixar em paz.
— Filha, eu sou sua mãe, eu me preocupo com você e sei que você está m*l! — Ela diz. — Quem foi que te machucou, a Carolina disse que você está trabalhando aqui no morro, o que aconteceu com o seu emprego, me diga minha menina!
— Não quero falar, eu quero paz. — Digo chorando mais.
— O Fernando me ligou, ele queria saber de você, ele disse quer casar com você, já pensou que esse é o melhor para as nossas vidas. Ela diz e logo na minha mente vem cenas do passado.
Flashback ON
Eu tinha 16 anos de idade quando o meu pai me levou na casa do senhor Otavio, lá eu conheci seu filho mais velho o Fernando, ele me olhava com desejo e quando ficamos sozinhos ele disse.
— Você é minha, pode tirar essa roupa, eu vou fazer amor contigo.
— Não faz isso!
— Abaixa a blusa e deixa eu tocar no seu peito.
— Eu não quero. Digo chorando
— Você é minha eu já disse. Se você não fizer o que eu estou te pedindo eu vou mandar meu pai parar de ajudar seu pai, ele é um beberão. Ele deve ao meu pai, acho bom você ficar quieta pelo bem da sua família. Ele diz e eu levanto minha camisa deixando meus s***s de fora, ele começa a tocar neles e eu começo a chorar ali, eu me sentia humilhada por aquilo. — Esses seus s***s me deixam louco. Diz e eu continuo a chorar.
Flashback OFF
— Não, isso nunca mais vai acontecer. — Eu me levanto ali e saiu correndo de casa. Eu vou caminhando pelo morro e as lagrimas molham meu rosto, eu quero morrer, eu preciso morrer, eu não posso continuar viva, eu não posso. Penso caminhando e as lagrimas molham meu rosto a chuva começa a cair e eu continuo ali chorando, eu estava mão estava em mim, tudo o que eu queria era que essa dor saísse daqui de dentro, eu queria muito ficar em paz eu queria ser feliz, mas parece que isso nunca vai ser possível, eu sou humana, as pessoas vivem para me ferir e todos os dias parece que estou longe do fim desse tormento. Eu queria ser forte, mas não o suficiente, eu sou humana e as coisas me ferrem, me machuca, eu não aguento mais, eu estava tão desesperada e com tanta vontade de sumir que não observei um carro se aproximando de mim, eu parrei na frente dele e pensei que ali séria meu fim, eu fiquei de frente e fechei os olhos, o carro era preto, ele era grande, o motorista começou a buzinar e eu não sair da frente, ele freio em cima de mim, o motorista desceu do carro e só ali eu percebi que era o Monstro.
— Ficou maluca? O que pensa que está fazendo?
— Eu quero morrer, você pega essa arma que eu sei que você tem e dar um tiro na minha cabeça, me ajuda por favor, me mata, Monstro. — Digo chorando e ele me olha.
— Esta louca?
— Acaba com essa dor, me mata, aperta o gatilho, Monstro! Me ajuda com isso, ninguem vai sentir minha falta eu te garanto. — Digo e ele me dar a mão.
— Vem comigo, você vai acabar ficando doente tomando essa chuva na cabeça.
— Não vou! — Digo séria. — Me mata, por favor cumpra as suas promessas e me mata. — Digo e ele me carrega me surpreendendo.
— Não me diga o que fazer. — Ele abre a porta do carro dele e me coloca dentro, ele se senta no banco do carona e dirige saindo do morro, eu não sei o que vai me acontecer, mas a essa altura do campeonato a morte seria algo bom para mim.
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