Capítulo 08

906 Words
- Então fala p***a – em um instante de coragem gritei com ele de volta, eu não sabia de onde ela vinha, mas eu ia usar a meu favor, eu não aguentava aquela situação, eu nunca tinha falado assim com ninguém na minha vida, e nunca pensei que o Apolo seria esse alguém! – Fala logo Apolo! Fala logo o que eu fiz? – Ele me pressionou ainda mais contra a parede e aproximou o seu rosto do meu. - Você não vai sair da minha vida nunca! – A voz dele saiu como um rosnado. – Nunca! - Oque você está... – antes que eu pudesse terminar a frase ele me beijou. O beijo era cheio de raiva e ao mesmo tempo desejo, abri minha boca e deixei a língua dele tomar toda a minha boca, as mãos dele que estavam nos meus pulsos desceram até minha cintura e ele me levantou me pegando no colo, passei minhas pernas no corpo molhado dele sem soltar e meus braços passaram pelo seu pescoço. O beijo do Apolo era quente e cheio de urgência, ele caminhou em direção ao sofá sem me soltar, senti os dentes dele mordendo meu lábio e logo em seguida o gosto de sangue, mas isso não nos fez parar! Sem tirar suas mãos de mim ele me deitou no sofá e deitou seu corpo por cima do meu, suas mãos subiram pelas minhas coxas e pousou novamente na minha cintura. De repente ele afastou sua boca da minha e me olhou fixamente, estávamos nos encarando ofegantes, as mãos dele ainda na minha cintura, minhas mãos ainda na sua nuca. - Promete que nunca vai me deixar? – A voz ofegante dele estava rouca como o de costume, mas toda aquela ira tinha indo embora. – Eu não posso mais vive sem você minha pequena. – Por um pequeno instante vi seus olhos se encherem de lagrimas. Não sabia do que ele estava falando, não entendia o motivo da sua raiva e nem o motivo dele estar assim, me segurando como se eu fosse desaparecer em um passe de mágica. - O que está acontecendo Apolo? – Perguntei confusa. – O que está acontecendo? Por que você me tratou daquele jeito? Por que você está me acusando de te abandonar? E por que você me beijou dessa forma? – Eu estava completamente confusa. Apolo ainda estava com o corpo sobre o meu, suas mãos em mim e seus olhos nos meus. - Eu quero você! – Ele respondeu firme. – Você é minha Luiza! – Algo no meu peito apertou com as palavras dele, o meu corpo se arrepiou e meu estomago parecia ter um milhão de borboletas rodopiando ao mesmo tempo. - Lú! – Ouvimos minha mãe gritar da porta! Merda! Mil vezes merda! Não deu tempo de nos mover. – Apolo? O que está acontecendo aqui? Podem me explicar? – Minha mãe estava parada na porta congelada como uma estátua, e pela cara dela vamos ouvir pelo resto de nossas vidas. - Mãe? – Eu estava meio que sem saber o que dizer. - Tia, eu posso te explicar. – Apolo falou se levantando de cima de mim rapidamente. – Deixa eu te explicar tia. - Melhor você ir para casa agora Apolo! – Minha mãe respondeu firme enquanto me encarava enfurecida. – Tenho que ter uma conversinha com a Luíza agora. - Mas tia – ele continuou. – Me deixa explicar, isso tudo é culpa minha... - Eu disse agora Apolo! – Ela o cortou firme. – Aliás tem uma garota chamada Brenda na sua casa te esperando. – A voz da minha mãe demonstrava a raiva e o desgosto dela. – Alias a mesma que tenho visto saindo da sua casa quando chego de madrugada do hospital, e a mesma que tenho visto você se agarrando por aí nas madrugadas no quintal! – p***a essa doeu, então o que ela falou aquele outro dia na casa dele era realmente verdade, ele está mesmo com a Brenda. Eu não consegui esconder a decepção nos meus olhos enquanto eu encarava o Apolo, ele me olhou e notei que ele estava triste, mas isso não me importou nem um pouco. Eu estava me sentindo traída e machucada, e principalmente confusa, afinal, por que ele me agarrou assim se ele está com outra? Abaixei minha cabeça e desviei os olhos dos olhos do Apolo, eu não queria mais vê lo. - Luiza? – Ele me chamou mais eu não respondi. Eu estava com raiva! Muita raiva! - Apolo? Por favor? – Minha mãe estava segurando a porta e fazendo um sinal para que ele saísse. - Me perdoa pequeno pônei. – Senti seus olhos em mim, eu levei minha mão até o colar que ele me deu quando fiz onze anos, e eu nunca tinha o tirado. – Eu vou mais eu volto, eu vou te explicar tudo! Eu te prometo. - Eu não quero que me explique nada, não se preocupe Apolo, não tem necessidade de me explicar nada. – Minha voz estava tremula e eu estava segurando o choro. – Não me interessa sua explicação. – Ele me olhou decepcionado e então saiu, passando pela minha mãe com a cabeça baixa. Assim que ele passou por ela minha mãe bateu a porta atrás dele. Notei que ela estava molhada também, sinal que a chuva não parou. - Agora somos nos duas!
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD