Capítulo 2

1003 Words
- Li, eu realmente achei que você tinha morrido, o carro bateu e você caiu dura no meio da rua. Que desespero. Vou dormir aqui com você, só vou até em casa pegar umas roupas. - Não! Eu quero ficar sozinha. - Re, pode ficar em casa, eu estou bem. Vá pra casa, descansa, dorme lá e amanhã você vem me buscar. Juro que ficarei bem. - De jeito nenhum, eu vou dormir aqui, e se você precisar de qualquer coisa? - Regina, eu estou falando sério. Por favor, eu vou dormir a noite toda provavelmente, estou sendo medicada. E nesse momento só quero descansar. Regina ia protestar mais, eu sabia que aquela discussão não teria fim. Alguém bateu na porta, ainda bem. Ela abriu a porta e o Junior entrou. - Fico aliviado de vê-la bem Sra Lisa. - Obrigada, e me chame apenas de Lisa, Não sou casada. - Ele era muito fofo, tadinho, achou que tinha me machucado - Senhorita então. - o outro cara falou interrompendo o que o Junior estava falando. - Junior, por favor, acompanhe a Regina até a recepção para tratar da parte burocrática da estadia da Senhorita Lisa aqui. Acerte qualquer valor que seja necessário para que ela tenha todo o conforto. Agora que estava claro eu pude olhar melhor. Ele não era só lindo. Era arrogante e mandão. Não de um jeito bom. - É, Senhor? Quem exatamente é você? E não precisa pagar por nada, a culpa foi minha. Eu atravessei com o farol aberto para vocês. - Achei melhor esclarecer logo. - Senhorita, não discuta. - Me alertou Junior. - Tudo está encaminhado, você não precisa se preocupar. - Eu comecei a ficar com raiva daquela situação, quem aquele cara pensava que era pra entrar ali, sem pedir, e ir dando ordens e querendo pagar coisas? - Lisa, esclareci com você ainda no local do acidente que seria assim, não entendo sua recusa. Não será um problema arcar com qualquer custo. - Então foi isso que ele falou, eu não lembrava direito mesmo. - Não vou te processar se é essa a preocupação. Foi um acidente e vocês prestaram socorro imediatamente. Estamos empatados. - Eu não estava à vontade. - Eu não empato com ninguém, eu ganho. Essa discussão terminou. Júnior, faça o que eu pedi. Srta Regina, acompanhe ele por favor. - Que palhaçada era essa? Regina saiu quase correndo do quarto, com a maior cara de espanto, e foi atrás do Júnior. E me deixou sozinha com aquele almofadinha arrogante. Eu estava inconformada. Só porque ele tem dinheiro ele acha que pode dar ordens às pessoas. Bufei alto, para ver se ele percebia que estava sendo um incômodo e saia. E eu achando ele lindo e perfeito? Eu sou uma i****a. - Não entendi sua frustração Lisa, estou apenas fazendo o mínimo esperado para alguém ao qual eu atropelei. - Ele veio na minha direção. Suspirei alto. Eu não queria continuar aquela conversa. - A culpa não foi de vocês. E não quero que você desconte um quarto de luxo do Júnior, a culpa foi minha. - Ele me olhou surpreso. Finalmente ele demonstrou alguma emoção. - Esse é o problema então? Está preocupada que ele se prejudique. - Ele afirmou. Claro que era um problema. - Sim, esse é o problema. - Não era o único problema. Eu não quero ficar devendo nada para ele. Olhei feio para ele, encarei com aquela cara que sempre fazia quando discordava de alguma coisa. Cara de insatisfação com o mundo, como a minha mãe sempre falava. - Então não existe um problema. Nada será descontado. Tenho plena confiança no Júnior, ele é meu braço direito e só estava ali na noite de folga dele porque eu pedi. Foi um acidente, eu estava lá quando aconteceu, eu vi que ele não teve culpa. - Certo então. - Cade o rei da arrogância agora? Resolveu virar o mocinho? - Ainda assim, não me sinto confortável com tudo isso. - Abri os braços na intenção de mostrar o quarto. - É o mínimo que posso fazer por atrapalhar qualquer compromisso seu. Ele estava me olhando fixamente nos olhos de novo. A tensão da raiva já estava passando e eu sentir o meu corpo sendo tomado por outra sensação. Algo mais quente. Agora, na luz eu tinha certeza, o cabelo dele era preto como carvão, os olhos de um tom de castanho pouco visto, seu queixo era firme, seu nariz combinava perfeitamente com seus olhos e o desenho da sua boca... Aquela boca era a boca de um devorador. Ele parecia pronto para devorar alguma coisa. Os ombros eram largos, e ele tinha um corpo definido, nada muito bombado, definido nos lugares certos. Desci os olhos pelo corpo dele e me perdi em alguns pensamentos, imaginei ele sem roupa. O calor já começava a subir pelas minhas pernas. Eu senti o meu rosto ficar vermelho, resolvi desviar o olhar, antes que ele percebesse. - Parece que você estava me avaliando. Então, eu atendo suas expectativas? - Droga, ele percebeu. - Claro que não. Eu só me perdi nos pensamentos. Quer pagar, pague. Só fique claro que não te devo nada. Ok? - Preciso mudar de assunto. - Sem problemas. Agora te deixarei descansar. Boa noite. - Boa noite. - Ele foi cedo demais. Ai que raiva, ele é uma delicia, de boca fechada. Quando ele saiu do quarto eu aproveitei para olhar para o resto do corpo dele. Ele era sem dúvida um gostoso. Me deu muito calor, me abanei e ri sozinha. Ele é um i****a dominador. Quer tudo ao jeito dele. Deve ser um riquinho herdeiro que sai pelo mundo dando ordens, se ele fosse um pouco menos grosseiro ela poderia considerar dar uma chance. Só que ele era muito arrogante, frio. Eu saí dessa vida faz tempo, e não vou voltar por conta de uma transa. Ele nem é tudo isso. Procurei dormir, e o meu último pensamento foi: Ele poderia me dominar.
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