Capítulo 7

1021 Words
Cicatriz Narrando... -Dominic Gonzalez aqui,31 anos nas costas,hoje sou um dos caras de confiança do Comando , negocio armamento. -Agora porque e como se eu contar tenho que te matar, a única coisa que vou falar é que sou Colombiano, tenho muitos contatos, consigo a melhor mercadoria. -Sem contar que não tem um Hijo de p**a com coragem pra me passar a perna, me chamam de psicopata pelas costas, acham que não sei. -Bom é assim, sem brincadeirinha, nada de dar espaço pra malandro se criar, entro na briga pra sair depois de tirar sangue do abusado. -Quando tinha 16 anos fui levado à força pela Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), uma guerrilha colombiana que de início tinha como objetivo a reforma agrária e a implementação de um governo socialista na Colômbia. -Mas passou a atuar no narcotráfico e a adotar práticas como sequestros e extorsão. Eles chegavam principalmente nas casas de gente humilde e levavam o adolescente a força e se alguém reagisse morria. -Foi isso que o i****a do meu pai alcoólatra fez, ficou furioso que iam me levar embora e não ia mais ter ninguém pra trabalhar,pagar a cachaça dele. -Essa foi minha primeira lição, me fizeram passar um facão afiado no pescoço dele,era no dele ou no meu, pra entender que apartir daquele momento minha única família seria as Farc. -Se chorasse apanhava, eu não era o maior fã do meu pai mas p***a matar ele é outro bagulho, no final corri e vomitei num canto. -Aí tu pergunta cadê tua mãe? Ela cansou de apanhar, passar necessidade,ser humilhada, abusada, meteu o pé e me deixou sem olhar pra trás. -Na época meu pai disse que ela tava num puteiro na capital, nunca mais vi. Ela era uma mulher linda, sempre foi boa pra mim, dizem que me pareço com ela,então por esse fato de lembrar ela eu sofri na mão dele. -Um dia ela fez meu prato favorito, Tamales, fiquei felizão, mandou eu sentar e comer a vontade que ia entregar umas roupas que lavava pra fora e já voltava, nunca mais voltou. -Todo ano no dia que ela foi embora eu piro, impossível não pensar se ela tivesse ficado ou me levado junto minha vida teria outro rumo. -No dia que pedi os Tamales pra Niara era uma tentativa de encarar esse trauma, mas eu surtei, a mina me ajudou e depois meti serinho o esculacho nela. -O orgulho impede de pedir desculpas de novo, apronto toda hora com essa mina e nem sei porque, ela me faz sentir uma paz que irrita. -Sem contar que parece não ter medo de mim, peita mesmo, gosto disso,a abusada não precisa saber. -Tô ligado na história dela, caiu no papo do maluco lá e se ferrou bonito, mas admiro pra c*****o a força dela pra se reerguer, até porque a doida quase morreu. -Aí tu pensa que eu quero pegar ela, pegaria, preta linda pra p***a, mas é mais que isso, uma sensação de calmaria com caos que me amarro. -Ela sofreu pra caraca mas tá sempre por ali disposta a ajudar quem precisar, sorrisão no rosto, achando que a vida vale a pena e todo mundo merece uma segunda chance. -Niara é o sol tendeu? Chega iluminando a escuridão, e os raios aquecem a gente, mas às vezes esquenta demais também. -O dia que mandei o cachorro lá pra ela foi de coração, eu li que ajuda quando a pessoa passa por um trauma ou têm depressão,eu ia precisar do canil inteiro. -Não acredito em amor, o exemplo que tive em casa foi uma merda, no final minha mãe preferiu ir ganhar uma grana do que ficar comigo. -Aí n**o começa a ganhar dinheiro vem logo o quê? Uma pá de interesseira te chamando de amor e pedindo malote, tmnc. -Nenhuma vontade de relacionamento, nem teria como,ninguém ia aguentar,sou caótico, surtado, cheio de traumas, tenho pesadelo até hoje. -Se bobear não existe mais humanidade em mim, as coisas que tive de fazer matam o cara por dentro,te fazem frio e alheio a tudo. -Quando cheguei no tal acampamento tinha muito moleque da minha idade, algumas minas também,logo o treinamento começou. -Papo de sobrevivência na selva, privação de sono, simulação de afogamento, torturas, aprender a atirar, os fracos não têm vez! -O Comandante dizia ver potencial em mim, depois de uns anos virei seu braço direito, lá a gente não tinha escolhas,cumpria ordens. -Nunca concordei com aquele monte de merda que eles faziam, mas não tinha poder pra impedir. -Quando tinha 21 anos consegui fugir de lá, ter a confiança dele ajudou, fui viver na rua, lá conheci o Gibi que fechou no 10/10,nunca mais a gente se afastou. -Comecei meus corres, já fiz de tudo, até de segurança já trampei, mas eu já tava ligado em como funcionava o tráfico, a grana que entrava e tinha uns conhecidos. -Meti a cara e deu bom, faço bons negócios, sempre fui determindado, sou respeitado, todos sabem que minha palavra não faz curva e que sou r**m pra castigar. -Maguila teve que se afastar do Comando da Favela e deixou o irmão Capoeira de frente, mas o que aconteceu foi que o faturamento despencou e o cara deixou virar bagunça. -A gente tá no crime mas é o certo pelo certo sem essa de esculachar morador, regra ta aí pra cumprir. -Sou conhecido como pulso firme, por isso me mandaram pra cá, trouxe meu irmão Gibi, esse tá sempre junto. -Tô só palmeando o tal Capoeira, se garante muito no irmão, apronta todas,tá afundando na droga e já vi que ele folga com a Niara,diz que vai ser dele e os caraio. -Na real? Não curti isso, mina nem moral da pra ele, és loco! Vou me manter afastado porque é o melhor pra mim e pra ela mas não aceito maluco fazendo m*l. -Nem me pergunta o motivo mas sinto uma necessidade de proteger ela, sou amarradão no rango dela também e gosto do seu jeito. E p***a mina já sofreu pra c*****o, Capoeira que fique na dele se não é comigo que vai bater de frente.
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