Capitulo 4

1744 Words
Carolina: Hoje é o grande dia, a minha mãe completa os seus belos 45 anos e eu fiquei encarregue de a ir buscar depois do trabalho. Saio às 13:00 horas e por isso tenho tempo de ir a casa comer alguma coisa e mudar de roupa antes de passar no trabalho da minha mãe, visto que ela só sai às 15:00 horas dá tempo suficiente de chegar lá. Passo em casa e como o que sobrou do jantar de ontem, mudo de roupa e vou direto ao condomínio onde fica a mansão onde a minha mãe trabalha.  Já vim até cá algumas vezes mas nunca entrei naquela casa enorme, das outras vezes só fico dentro do carro à espera que a minha mãe saia do trabalho, mas como hoje é um dia especial vou até à porta dos fundos da casa que é por onde os empregados da casa entram e assim que uma das colegas a minha mãe me vê, deixa-me entrar e diz-me para esperar na cozinha. Como ainda faltam 45 minutos para o horário de saída da minha mãe, limito-me a esperar sentada na cozinha enquanto vou roubando algumas uvas que ficam na fruteira. Até as uvas daqui sabem melhor e tenho a certeza que custam mais do que o meu telemóvel, mas se ficam na cozinha é porque os empregados as podem comer, pois eles não misturam a comida deles com a dos empregados. Estou tão ocupada a mexer no meu telemóvel enquanto devoro as uvas que só reparo que não estou sozinha quando vejo dois homens a olhar para mim. E juro por Deus que se não tivesse já engolido a uva que tinha na boca que com certeza me iria engasgar. Quem são estes homens? E acima de tudo, porque são tão atraentes? Meu Deus, quem inventou estes Deuses? Claro que não estou habituada a lidar com homens no meu dia a dia, mas logo os que me aparecem à frente têm que ser assim lindos desta maneira? O mais alto tem quê? 1,90?  Corpo musculado, cabelo castanho escuro e os olhos parecem meio azuis meio cinzentos o que a esta distância não consigo decifrar. Barba por fazer de uns dois ou três dias que fica maravilhosa naquela cara, meu Deus! Mas quem me chamou mesmo à atenção foi o outro... Um pouco mais baixo, mas nada que se note muita diferença. O corpo ainda mais musculado que o outro, cabelo perto e olhos bem verdes, disso tenho a certeza porque assim que os meus olhos encontraram os dele já não conseguiram sair dali. A barba bem arranjada o que lhe fica a matar e dá para ver que é um pouco mais novo. -Precisam de alguma coisa? -Atrevo-me a perguntar, os dois olham um para o outro com uma cara que não consigo decifrar e voltam a olhar para mim -Não... -o bonitão dos olhos verdes responde, e devo admitir que a voz é tão sexy quanto ele -Isso perguntamos nós, precisa de alguma coisa? -Só estou à espera da minha mãe, mas obrigada! -eu respondo e a cara dele torna-se mais confusa ainda, o que não entendo porquê -A dona Maria que trabalha aqui é minha mãe, vim buscá-la porque ela hoje completa 45 anos e queremos fazer-lhe uma surpresa -Sinto-me na obrigação de explicar -Ah sim a dona Maria, não imaginava que ela tivesse filhos... mas como disse "queremos" imagino que não seja filha única! -O bonitão dos olhos cinzentos fala sentando-se à minha frente e o dos olhos verdes senta-se ao lado dele -Pode tratar-me por "tu" por favor! E não, não sou filha única... tenho mais três irmãs -Digo-lhe e desta vez é o de olhos verdes que me responde -Nós fomos a um restaurante na quarta- feira e reparámos em vocês, mas nunca imaginámos que fosse as quatro irmãs e muito menos filhas da dona Maria -fiquei perplexa com aquela confissão, que coincidência não é? -Ah e nem nos apresentámos, sou o Lourenço e este é o meu irmão Alexandre -Ele estica a mão e minha nossa que mão grande e suave, nem quero imaginar aquelas mãos em certos locais... MEU DEUS, CALMA CAROLINA! Grito mentalmente me repreendendo  Cumprimento-o e logo em seguida ao irmão -Eu sou a Carolina, muito prazer! Mas eu nunca vos vi por cá - Confesso -A nossa relação com os nossos pais nunca foi das melhores, por isso raramente cá viemos! -Alexandre explica e as minhas desconfianças de que eles eram os filhos dos patrões confirmam-se De repente o telemóvel do Alexandre toca e ele sai para o jardim para atender e fico só eu e o Lourenço naquela cozinha. Ele não tirava os olhos de mim e é impressão minha ou eu também não consigo tirar os meus olhos dele? -Desculpa se estou a ser precipitado, mas será que podíamos sair um dia destes? -Ele quebra o silêncio que estava entre nós e eu nem sei o que responder -Mas nem nos conhecemos! E acredito que estejas habituado a sair com mulheres com dinheiro e como já pudeste ver eu não chego nem perto delas... -A minha insegurança fala mais alto que eu -Não deixo de sair com alguém por causa do dinheiro que a pessoa tem Carolina! E se te sentes tão insegura perto de mim porque não me conheces podes levar uma das tuas irmãs contigo... Eu levo o Alex também se isso te deixar mais confortável -Até que não era uma má proposta, mas tinha que falar com a Valentina primeiro já que ela é a única que está solteira e por isso é a única que me pode acompanhar sem haver problema -Posso pensar? -Claro, toma o meu número e liga-me caso decidas alguma coisa! -Ele entrega-me um cartão e finalmente a minha mãe chega salvando-me daquela situação -Foi um prazer Lourenço! -Despeço-me antes de sair -O prazer foi todo meu... -Saio quase que arrastando a minha mãe daquela cozinha -Porque essa pressa toda Carolina!? O que aconteceu?? -Pergunta a minha mãe quando entramos no carro -Não sei mãe! Só sei que quero sair daqui o mais rápido possível -Liguei o carro e em menos de nada chegámos a minha casa, viemos o caminho todo em silêncio e se querem que vos diga não sei o que senti perto do Lourenço, só sei que é demasiado intenso Graças a Deus assim que entrámos pela porta de minha casa já lá estavam a Daniela e a Valentina, pois só assim me livro de qualquer pergunta da minha mãe. Preparamo-nos e a minha mãe nem conseguia tirar o sorriso da cara por nos ter a todas ali juntas a cuidar dela, depois de prontas chamamos um táxi para ir até ao restaurante... num dia como este nem nos íamos atrever a pegar no carro porque com todas as certezas iriamos beber , e quando nós nos juntamos as cinco ninguém nos para. O jantar foi maravilhoso e a minha mãe teve a excelente ideia de irmos a um bar novo que abriu aqui perto, para bebermos e dançarmos bastante... e depois quando eu digo que é a nossa mãe que nos puxa para estas coisas ninguém acredita. Acho que só ainda se passou uma hora desde que chegámos ao bar mas olhando à minha volta dá para ver que já estamos todas bem tocadas pela bebida. -Mana, já liguei ao Miguel (marido dela)... ele estava com o Guilherme (namorado da Sandra) e eles vêm-nos buscar -Daniela avisa-me -Tudo bem, mas que tal uma última bebida? -Pergunto e todas concordam Eu e a Sandra fomos até ao balcão para pedir as bebidas e vocês nem acreditam quem lá estava... Exatamente, o Lourenço e o Alexandre, meu Deus! Não sei se a bebida me está a afetar assim tanto, mas fiquei quente só do olhar do Lourenço sobre mim. -Carolina que surpresa boa! -O Alexandre cumprimenta-me -Olá ... esta é a minha irmã Sandra... -Eles cumprimentam-na e o Lourenço dá-me dois beijos na cara, eu sinto que fiquei vermelha que nem um tomate e já nem sei se estou tonta só da bebida ou se foi efeito do toque dele -Essa rodada fica por nossa conta! -O Lourenço diz ainda próximo de mim e eu agradeço, como demoramos para levar a bebida todas vê até nós e eu apresento-os -Bem com já conhecem, esta é a minha mãe... Esta é a Daniela e esta é a Valentina... meninas, estes são o Lourenço e o Alexandre! -Depois de todos devidamente apresentados reparei que o Alex não tira os olhos das Valentina e que por incrível que pareça ela também não tira os olhos dele, efeito da bebida de certeza porque ela noutras ocasiões nem olha para os homens. Acabámos a nossa bebida e o Miguel e o Guilherme vem até nós, despedimo-nos dos irmãos sensação (apelido que as minhas irmãs lhe deram) e seguimos até casa. A Valentina vai ficar aqui por casa mesmo e então amanhã pergunto-lhe se ela aceita o encontro com o Lourenço e o Alex, já que ela ficou tão impressionada com o Alexandre pode ser que me acompanhe no encontro com o Lourenço...  Bem nem sei se lhe posso chamar "encontro", mas pronto... O mais provável é que eles saiam connosco e não passe disso, apenas uma saída e nada mais! E afinal nem sei porque me estou a preocupar tanto se eles só querem sair uma única vez ou não... eu nem quero compromissos! Então não custa nada arriscar e sair com ele, ao menos vou aproveitar a saída com ele e no dia seguinte logo se vê no que vai dar... Vou para a cama e sem dar por isso perco-me em pensamento sobre o Lourenço! O homem foi feito com muito carinho só pode, não consigo ver um único defeito nele... pelo menos por fora, não o conheço ainda bem para fazer julgamentos da personalidade dele, mas se o interior for como o exterior ele é perfeito. Carolina Carolina, ou está muito bêbada ou então não sei! Não me lembro quando foi a última vez que pensei num homem, sinceramente acho que nunca pensei em ninguém desta maneira! Há algo nele que me atraí e me faz querer conhecê-lo melhor, e não... não é só a beleza que ele tem, é algo mais profundo! Adormeço perdida em pensamentos e super ansiosa por falar com a Val quando acordar para a convencer a sair com o Alex e o Lourenço.
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