Capítulo III

650 Words
O internato era um lugar imenso, trinta quartos, sendo todos com duas camas, sempre ficávamos em duplas, mas o prédio todo era bem movimentado, éramos muitas. Quase um convento, levantávamos às seis da manhã, rezávamos e tomávamos café, como oito, tínhamos aula de latim e em seguida geometria. As dez era nosso intervalo somente vinte minutos. Juntávamo-nos no pátio e, claro, como todo lugar, como panelinhas era coisa natural. Havia vários grupos de estudantes no convento e eu sempre vista vista como uma das menos ajuizadas e elas comentavam entre si, como uma riquinha mimada podia querer ser rebelde, só querer podia atenção atenção, elas tinham razão, era mesmo um modo de aparecer, afinal, tivo de tudo, menos atenção, mas não deixava barato, meu grupo era pequeno, mas muito unido, nos divertíamos fazendo da vida delas um inferno, - Jéssica, está pronta? - Perguntei fazendo sinal. - Sim, Staci, manda ver - respondeu sorrindo. Estávamos tentando surpreender como santinhas do p*u oco. Colocamos no computador delas um vídeo pornô e travamos a tela para que não conseguissem sair. Deixamos o volume bem alto, Jéssica era gênio quando se tratava de computador. - Staci, acho que alguém, vai se dar m*l hoje - Jéssica sorriu. - Vai, Jéssica, chame a madre, agora - a voz era baixa para não chamar atenção. Ela foi rapidamente, enquanto as meninas tentavam sair da tela, a madre chegou logo e colocou a mão na boca. - Meu Deus, Tiffany! O que é isso? - A madre perguntou olhando perplexa. - Madre. Não sei, chegamos e estava assim - Tiffany respondeu nervosa, tentando desligar o computador sem sucesso. - Escute aqui, meninas, não acho que este computador entrou sozinho num site pornográfico, vocês devem um castigo. Amanhã não haverá intervalo, vocês farão vinte minutos na capela rezando sob minha supervisão. - É isso ai! - Jéssica gesticulou exaltada. - Jéssica fale baixo - chamei sua atenção - Vamos sair daqui, rápido. Adorávamos fazer essas traquinagens, era tão bom, nos sentíamos invencíveis. Faltavam apenas alguns meses para voltar à Paris. Sentiria falta de Jéssica que voltaria para a Dinamarca, a diferença é que ela voltaria para junto de seus pais, enquanto eu iria tentar sobreviver com um desconhecido de quem não gostava. - Staci promete que manteremos contato? - Perguntou Jéssica triste. - Sim, Jéssica, iremos sempre nos falar e quando quiser poderá ir me visitar em Paris. - Você também será bem-vinda na Dinamarca. Já decidiu que faculdade fará? - Questionou curiosa. - Sim farei administração, assim como meu pai. - Respondi dobrando a roupa e colocando na mala. - Mas tinha dito que queria publicidade - disse levantando a sobrancelha. - É queria, mas, nas coisas de Administração também terei marketing, então já está valendo. Agora preciso preocupar em graduar-me logo, tenho algumas empresas pra tomar conta, somos líder no mercado de máquinas pesadas. Construímos navios, submarinos e máquinas para grandes empresas de diversos seguimentos, tudo muito caro, além da grande paixão de meu pai, a empresa de publicidade. Temos mais de três mil empresas espalhadas pela Europa, além de exportarmos para o mundo todo. - Nunca falamos sobre isso, realmente terá muito trabalho - constatou. - Sim e até um tempo atrás nem sabia de tudo que tínhamos, além disso, preciso livrar-me de um emprego insolente de meu pai e que hoje é o responsável por minha guarda. - Como assim? É velho? Vai ter que morar com ele e a família? - Perguntou confusa. - Na verdade ele tem trinta e um ou dois anos, não tenho certeza e é até bonito, mas um i****a. Não gosto dele. - Com certeza vou rezar por ele - disse olhando de um jeito divertido, me levando a sorrir. - Não ria, estou falando sério? Rezarei por essa pobre alma. - Brincou Jéssica me fazendo sorrir.   - Boba. - Falei jogando o travesseiro nela e começando uma guerrinha de travesseiros. 
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