j**k Macdough.
Nunca fui o tipo de homem que sonha em casar e ter uma família, fui muito pobre quando criança, nasci no Canadá, mas morava na França desde criança, trabalhei em dois empregos para conseguir pagar a faculdade, além de fazer trabalhos dos colegas da sala para que possa comprar alguma roupa sempre repetia dia sim dia não. Quando entrei na Le Person, a maior empresa de publicidade da Europa. Comecei por baixo, entregando envelopes e as correspondências. Conheci o senhor Renan, dono deste império, em uma dessas noites em que estava tentando adiantar o serviço para tentar trabalhar em uma ideia para uma nova campanha de um sabonete líquido, produto novo no mercado e tentar impressionar meu chefe.
Passei para apagar a luz de uma sala que ainda estava acesa e o dono da empresa ainda estava em sua sala, bebendo whisky e pensando em algo.
- Boa noite, senhor Smith, posso falar com o senhor? - Perguntei parado na porta da sala.
- Quem é você e porque ainda está na empresa? - Perguntou tirando os óculos e encarou-me.
- j**k Macdough. Sou formado em publicidade e propaganda, mas não sou bem usado na empresa, já que a entrega de correspondência, quando poderia ajudar com ideias.
- Ok, j**k, façamos o seguinte, amanhã pode trazer um projeto para este novo cliente, o fazer sabonete líquido e se eu gostar, te dou uma sala e pode trabalhar comigo. Temos um acordo? - Disse estendendo a mão.
Na empresa ouvíamos muitas coisas, um dos funcionários disse certa vez, que o senhor Smith, gostava de homens de atitude, mas não confiava com muita facilidade em ninguém, teria que demonstrar que poderia ser confiável.
— Sim, senhor, temos um acordo — respondi sorrindo e saindo da sala, sentia-me vitorioso por ter uma chance de mostrar meu trabalho.
Quem diria que naquele momento nascia uma grande e verdadeira amizade, não preciso dizer que o impressionei tanto que não me tornei só um funcionário, mas alguém de respeito na empresa e um amigo confidente de Renan Smith, a quem admirava imensamente. Quando Renan descobriu que estava com uma doença cardíaca degenerativa, começou a fazer tratamento e eu precisava cuidar das empresas. Renan havia me elegido vice-presidente geral há pouco tempo e como nada na minha vida vem de graça, precisava trabalhar e fazer por merecer. Mas, mesmo trabalhando muito fazia questão de ir todos os dias à casa de Renan para apoiá-lo e deixá-lo a par de tudo nas empresas, não só por Renan ser dono, mas para me ajudar a enxergar tudo pelos olhos do grande empresário que ele sempre foi. Precisava aprender para não o decepcioná-lo. Em uma dessas noites, depois de um dia desgastante, ele requisitou minha visita no hospital.
— Renan como está hoje meu amigo? — Perguntei, sentando ao lado da cama.
— Sente-se aqui j**k — pediu tossindo — Você sabe que está próximo de minha morte. Preciso de sua ajuda.
— Sempre te ajudarei, do que se trata? – Perguntei solicito e curioso.
— j**k. Tenho uma filha que está agora com 16 anos, mora num internato católico na Suíça. Preciso que cuide dela como seu responsável até que tenha 18 anos. Sei que é novo, quer sua liberdade, mas não tenho mais ninguém. Gostaria que vocês se conhecessem melhor, poderia ter a chance de conquistá-la e casar-se com ela, isso me faria o homem mais feliz do mundo, tenho medo que Staci se perca e acabe com um cara oportunista que acabará com o dinheiro, por isso, vou deixá-lo como tutor dela e quando fizer 18 anos, ela retornará à Paris e mesmo que não queira, será preciso obrigá-la a fazer faculdade de Administração, pois se não fizer perderá a herança. Ensine tudo sobre as empresas.
— Renan, o que está pedindo é muito sério, não posso te garantir que sua filha se apaixone e outra, tenho minha vida.
— Poderá sair com quem quiser, mas não se apaixone por ninguém, a não ser por minha filha, se não se casar com ela em cinco anos, você perde tudo e terá que deixar a empresa.
— Este é o doutor Chad — disse apresentando-me a um senhor baixinho que aguardava sentado próximo a porta — Você não saberá o que exigirei de Staci e o mesmo acontecerá com ela. Não saberá de nenhuma exigência minha para você, o contrato é este, preciso que assine e faça sua parte — fez sinal para que o advogado entregasse os papéis.
Renan é um homem muito exigente, sempre faz as coisas do seu jeito e não admite discussão, sua palavra é sempre a última e quem convive com ele, tem que dançar conforme a música que toca ou está fora.
— Tudo bem. Posso até tentar, mas se não me apaixonar por ela, ou ela por mim, não caso, prefiro perder tudo, a perder minha liberdade com alguém que me odeie — respondi o colocando a par de minha opinião.
— Pelo pouco que te conheço j**k, não terá problemas em conquistar o amor de minha filha. É galanteador, bonito e ela é linda, determinada, por favor, faça um moribundo feliz?
— Farei o possível para que dê certo, mas não prometo nada.
— Obrigado meu filho.
Depois de assinar os papéis do contrato, fui embora sabendo que ali tinha comprometido meu livre arbítrio.
Estaria preso a uma menina s*******o? Até aquele momento não acreditava que tinha assinado esse contrato, casar por poder, até não é má ideia, mas tinha uma dívida de vida com Renan e não podia desapontá-lo. Após dois dias, Renan morreu e como eu estava na Argentina, cuidando de uma fusão com nossa empresa, não pude comparecer no enterro. Precisava chegar a Paris e visitar Staci antes que voltasse para Suíça. Logo nas primeiras horas da manhã, para telefone tocou. Demorei a atender, afinal uma das gostosas que me satisfaziam, estava entrelaçado ao meu corpo deixando-me mais louco ainda para possuí-la.
— Delícia. Preciso atender — disse ao tentar alcançar o telefone.
-Ah! Precisa mesmo? — disse enquanto masturbava-me com as mãos.
Eu soltei um gemido de quero mais e como se pudesse ler minha mente, caiu de boca, fazendo-me tremer no o*****o. Que homem não pira em começar o dia sendo chupado por uma bela mulher até gozar? Saí do quarto, tomei banho, troquei, peguei a pasta e as chaves do carro e fui em direção a garagem. De repente o celular tocou
— j**k falando — atendi sem dar muita atenção.
— Senhor j**k, aqui é Lia governanta da cada dos Smith.
— Bom dia Lia. Como posso ajudar? — Indaguei com curiosidade.
— A senhorita Staci pediu a passagem para voltar ainda hoje ao internato. O senhor poderia providenciar? — Perguntou de maneira gentil.
— Sim, Lia, avise que eu mesmo levarei e que quero conhecê-la, chegarei a Paris a tarde — respondi com gentileza, retribuindo ao tom cordial que ela havia usado.
— Sim, senhor — respondeu desligando em seguida.
Quando cheguei à casa de Renan, observava tudo, sabendo que logo mais seria obrigado a morar naquela casa. Renan sempre falava de como a filha era revoltada e só aprontava no internato. Quando ouvi passos na escada, vi uma moça que parecia um anjo, rosto sensível, pele rosada, cabelos loiros com o sol, não era estilo mion, mas alta e magra, vestia roupas pretas e roxas com maquiagem pesada nos olhos. Quando abriu a boca com aquele tom arrogante e e******o, quis subir os degraus e fazê-la calar. O jeito dela irritava. Conseguia deixar-me furioso. Não bastava ser assim insuportável, ainda estava sendo pior. Assim cumprimentou-me, pegou a passagem e subiu as escadas e dando as costas. Meu ódio foi imenso naquele momento, tudo que queria era trancá-la no quarto e bater nela. Ainda bem que não teria que conviver com ela por mais dois anos. Saí da casa dos Smith com muita raiva daquela peste. Precisava divertir-me um pouco.
— Dayla, tudo bem? — Perguntei quando atendeu. — É j**k Macdough.
— Oh! *Mon cher. O que o faz ligar? — Perguntou com aquele tom sensual que só ela tinha.
— Liguei no intuito de convidá-la para jantar, o que me diz?
— Claro querido, mas, por favor, não quero nenhum restaurante barato — disse deixando claro que não sairia para qualquer lugar.
— Está bem. Até depois — respondi sorrindo e desligando em seguida.
Não costumava levar as mulheres para lugares sofisticados, nem de expor-me com elas em publico, mas aquela noite precisava de companhia e Dayla faria bem esse papel.
Saí da casa dos Smith, entrei na Z3 conversível prata e segui rumo ao meu apartamento, precisava de um banho quente, mas antes liguei para minha secretária.
— Dona Gertrude é o j**k, por favor, faça reserve para duas pessoas no restaurante Le Noir, para hoje às nove da noite.
— Sim, senhor j**k.
— Qualquer coisa pode ligar no celular — disse despedindo-me.
Três meses depois da morte de meu amigo e sócio Renan, o advogado que tinha conhecido no hospital o Dr. Chad, procurou-me, dizendo que o juiz, já havia me reconhecido como tutor de Staci, agora meu compromisso e falta de livre arbítrio estavam formalizados, o medo tomou conta de mim, esperava que esta menina insolente não me irritasse a ponto de desistir de tudo que havia conquistado.
* Mon Cher - Meu querido, em francês.