SEMENTE DA DÚVIDA

1209 Words
GREGÓRIO SENNAPO (POLÍCIAL , GREGO) NARRANDO......... ENQUANTO ISSO NO JANTAR....... No salão de um restaurante elegante, o ambiente esta repleto de conversas abafadas e o som ocasional de talheres tilintando contra os pratos de porcelana. A mesa longa e sofisticada exibe pratos refinados, vinhos caros e uma atmosfera de negócios camuflada sob a cortesia social. G "Grego", como sou chamado entre os mais próximos, mantenho minha postura firme, apesar de estar em um ambiente distante da ação policial. Ao meu lado , minha esposa Marlene e minha filha Rafaella, ambas perfeitamente vestidas para a ocasião, sorriem educadamente enquanto trocamos amenidades com os convidados. A esposa do meu superior , Ronaldo Fischer, E uma mulher elegante e de sorriso afiado, quebrou o fluxo das conversas triviais ao me dirigir a palavra. — E a Manu? ela pergunta, com um tom casual. — Não vejo ela por aqui hoje! ela fala enquanto toma um gole de vinho em sua taça de cristal me inclinou levemente para frente, mantendo o olhar sereno, mas direto. — Manu teve uma cólica de última hora! wu respondo com uma voz calma, porém segura. — Coisas de mulher, sabe como é. Mas com certeza estará no próximo jantar! A senhora Fischer sorri de volta, satisfeita com a resposta, enquanto Marlene e Rafaella mantinham a postura discreta, reforçando o ar de respeito e tradição familiar que eu gosto de exibir. Após alguns minutos de conversas formais, o comandante Ronaldo Fischer sinalizou discretamente para mim. Nós dois se levantamos, se afastando da mesa para um canto mais reservado do restaurante, onde a conversa poderia fluir com menos interferências. — E então, Grego? começou Fischer, ajeitando a gravata enquanto olha ao redor para garantir a privacidade —, o que você tem a me dizer sobre o Murilo? Tenho ouvido algumas coisas...ele me pergunta firme Eu sou sempre direto,e não hesito. — Murilo não está à altura do cargo, senhor digo, com meu tom de voz grave e seguro. — Ele tem falhado em manter a disciplina e não consegue controlar a equipe do jeito que deveria. Já vi problemas suficientes pra saber que ele não tem firmeza para lidar com o trabalho que a nossa delegacia exige! eu respondo direto Fischer me ouve em silêncio, seus olhos atentos observando cada palavra minha. — Se me permite falar com franqueza, comandante, O Leonardo está muito mais preparado para assumir essa função. Ele tem o respeito da equipe, conhece as ruas e sabe como seguir ordens sem questionar. Seria a melhor escolha para a delegacia nesse momento! e além do mais o rapaz é abilidoso e já sabe desvendar o caso antes mesmo de estar de corpo presente no local! eu digo firme Preciso ser estratégico. Eu estou aqui não apenas para expor as falhas de Murilo, mas para garantir que Leonardo, meu aliado de longa data, assumisse o cargo. Sabia que com Leonardo no comando, eu teria um controle mais amplo sobre as operações, e isso é essencial para os meus planos que eu estou traçando. Fischer, após uma breve pausa, assentiu lentamente, embora seus pensamentos fossem difíceis de ler. — Bom... vou levar isso em consideração, Grego. É bom saber que posso contar com sua opinião direta sobre esses assuntos do DP! ele responde com uma expressão superior - Só acho que o senhor tem que ficar a par da situação senhor! eu respondo sereno - Vou ficar de olhos mais atentos nele e mais uma mancada ele está fora! já o Leonardo vou fazer alguns testes com ele , se ele passar tá dentro! senhor Ficher fala piscando pra mim com um sorriso leve Após a conversa com senhor Fischer, voltamos para a mesa, tentando deixar de lado a seriedade do que havia sido discutido momentos antes. Fischer fez o mesmo, retomando o ar cordial enquanto se senta ao lado da esposa. Nossas esposas estavam imersas em conversas sobre amenidades, trocando comentários sobre moda, viagens e as últimas notícias dos conhecidos. Eu e Fischer, ainda com a mente nos assuntos da delegacia, trocamos algumas palavras sobre tópicos mais leves — eventos sociais futuros e situações casuais no trabalho. A noite avançou com tranquilidade, até que decidimos encerrar o jantar. Nos despedimos dos demais com um aperto de mão firme, um sorriso controlado e a promessa de um novo encontro em breve. Já do lado de fora, o ar da noite é fresco, e o trajeto de volta para casa foi silencioso, como de costume. Marlene, sentada ao meu lado no carro, parecia pensativa, mas nada disse, e Rafaella, no banco de trás, estava distraída com o celular. Quando finalmente chegamos na nossa casa, o primeiro detalhe que me chama a atenção foi a ausência do Porsche vermelho da Manu na garagem. Estacionei o carro e franzi o cenho, sentindo uma irritação crescente no peito. Marlene percebeu meu desconforto instantaneamente, mas ficou quieta, talvez tentando evitar o inevitável. Entramos na casa, o ambiente familiar parece abafado e silencioso demais. Foi então que, sem conseguir segurar, eu rompi o silêncio: — Onde está o carro da Manu? Ela mentiu sobre a cólica, não foi? A irritação me atinge cada palavra. — Só inventou isso pra não ir ao jantar! se eu souber que ela está de volta nos rachas eu mando ela pros estados Unidos! digo furioso Marlene suspira profundamente, como se estivesse esperando por esse momento. — Grego, não começa. A Manu é uma menina, não precisa controlar tudo o que ela faz. Você precisa confiar nela! Marlene diz, cruzando os braços em uma postura defensiva. — Confiar? Ela nem aqui está! E eu não vou permitir que ela comece com essas mentiras pra se esquivar das responsabilidades! ela sabe muito bem.dos perigos que ela corre enfiada em favela no meio de bandido! e das vergonhas que já me fez passar! respondo mais furioso Antes que a discussão pudesse escalar ainda mais, Rafaella, que tinha subido discretamente para o quarto, reapareceu na porta do corredor, com o olhar calmo, mas um tanto quanto desconfiado. — A Manu tá lá em cima, pai... Ela tá dormindo! Rafaella diz, com um tom contido, como se não quisesse alimentar a tensão no ar. Eu a encarei por um momento, incerto. A ausência do carro e o comportamento estranho de Marlene tinham acendido meus alarmes, mas se Rafaella está dizendo a verdade, qual seria o motivo de toda essa situação? Decidi, então, não prolongar a discussão. Marlene também ficou em silêncio, como se esse fosse um terreno que ela preferisse não pisar. O silêncio que se seguiu na nossa briga pairou como uma sombra sobre nós. A atmosfera da casa ficou pesada, densa, e mesmo que ninguém dissesse mais nada, a tensão está clara. Fui para o meu escritório, tentando esfriar a cabeça, enquanto Marlene e Rafaella se recolhiam. O som suave dos passos de Rafaella subindo as escadas foi o último ruído antes que o completo silêncio dominasse a casa. Ainda assim, o desconforto continuava a latejar. Algo não se encaixa na minha cabeça, se ela não saiu então cadê a porsh? amanhã de manhã ela vai me explicar direitinho. ela sempre usa mais o áudio do que a porsh e agora a porsh some? fico tomando uma vodka enquanto penso.
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