Cap.2: A Substituta de Eloah
— filha, minha pequena flor, pode sair por favor? Espere lá fora — Pediu seu pai gentilmente, a expressão de Madson escureceu como se desconfiasse ser algo haver com ela, saiu sem debater e seguiu até o quarto da sua mãe mantendo-se desinteressada em relação ao assunto dos homens.
— Você não vai entregá-la, nenhum de nós dois se casou e você só pode fazer isso quando um de nós fizer — o relembrou Matheus com um ar seguro.
— Vocês estão fazendo de propósito! — Bradou seu pai esmurrando a porta do quarto limitado.
— Vamos apenas seguir o plano, se sairmos agora, não vamos ter que confrontar ninguém
— Vocês podem ir! — ouviu a voz feminina em seguida abrindo a porta entrando no quarto trazendo Madson pela mão.
— Não me diga que você ainda vai trabalhar de c******a? — perguntou Matheus descrente.
— Óbvio que vou! Minha conta foi a única que não foi bloqueada, se não repararam tenho que carregar três marmanjos nas costas e minha princesa que por sinal também não teve sua conta bloqueada — Comentou orgulhosamente.
— Você vai continuar levando ela com você para aquele lugar impuro?
— A única coisa que acontece ali e a designação das garotas, nenhum homem entra ali a não ser os da segurança, e hoje tenho que arrumar 5 garotas para lugares diferentes, preciso do dinheiro já que vamos sair do país — Matilde cortês famosa c******a no mundo da máfia, porém sua vida família é estritamente secreta, sabem somente que ela tem uma filha, já que seu filho Matheus está sempre com a cabeça a venda assim como Caio.
— Deixe Madson em casa! — Ordenou Matheus
— Óbvio que não, e eu sou sua mãe, não se atreva a mandar em mim, não me faça vender você para a máfia das Amazonas.
— Aquelas raparigas nunca terão minha pele como tapete
— Como certeza não é como tapete que elas querem o ogro garanhão — Fez soltando uma gargalhada o fazendo ficar ainda mais irritado.
— theus! — Gritou Madson. — Eu vou com a mãe, eu sempre fui e ajudei nas finanças e com a p*******o das garotas e a maioria nem sabe que somos dessa família de loucos — Disse de forma firme levantando o peito.
— Se eles soubessem com certeza temeriam, vão embora antes que eu desista — findou voltando a pegar os cartuchos.
— Acha mesmo que é seguro elas saírem nessa situação?
— Bom, se você tiver dinheiro debaixo do colchão posso chamar as duas — Disse indiferente, seu irmão apenas silenciou.
— Vamos descer ao submundo, elas sabem onde é — avisou seu pai saindo do quarto então seguiram para a garagem, eles tinham um galpão secreto na cidade onde tem uma parte secreta subterrânea com uma casa, o próprio pai havia planejado aquele lugar e havia câmera de monitoramento em todos os locais para garantir a segurança.
Madson e Matilde seguiram para o bordel, Matilde era bastante respeitada pelas meninas porque apesar de não ser do ramo decidiu entrar apenas para cuidar das meninas, já que o antigo Dono do bordel as fazia viver em situação precária.
— Olá senhora Matilde — A cumprimentou uma protituta chamada Lisaura uma das mais velhas no ramo.
— Olá, daqui a pouco Madson desce com os pegamento e os endereços de onde vocês devem ir hoje
— Sim, senhora — Confirmou dando uma piscadela para Madson que retribuiu silenciosamente, ela e Lisaura haviam se tornado amigas mesmo que sua mãe tivesse proibido.
— Já te disse que você não pode fazer amizade com as garotas daqui, uma garota como você não seria bem vista
— Não me importo
— Mas deveria, um dia vai querer casar, isso não vão acontecer se tiver dezenas de amigas prostitutas
— Mas você é casada com o papai
— E eu era uma assassina da máfia como ele, confesso que nunca quereria isso para você
— Por tanto que eu fique longe de casamento, com certeza não ligo de ficar nesse meio
— Deixe de falar besteira, está ficando sem cérebro?
— Mãe… — resmungou ficando em silêncio.
— Bom, entregue esses envelopes as respectivas garotas e essas são as 5 designadas, elas estão todas aqui em cima, não se atreva a desce ao bordel — avisou sua mãe com seriedade, o bordel era no primeiro andar onde todo o serviço sujo acontecia, Madson nunca havia ido lá, podendo andar apenas pelos outros dois andares.
— Sim, senhora! — Confirmou animada saindo correndo passando entre os quartos, cada quarto era ocupado por duas garotas que dividem espaço, Madson podia ouvir as comemorações com os pagamentos assim que fechavam a porta. — Lisaura… — cantarolou seu nome animada para entregar o envelope e o endereço a Ela e sua amiga.
— Molly — Era como Lisaura gostava de chamar Madson, sempre pelo segundo nome.
— Estava com saudades de conversar com você! — falou entrando sem pedir licença, Madson nunca havia entrado no quarto de Lisaura, e era dividido em dois espaços um lado ficava a cama dela e no outro o espaço da amiga. — uau! — Suspirou com olhar sapeca e dedos curiosos, mas Lisaura a impediu.
— Não mexa em nada, sua mãe me mataria
— Onde está a sua amiga? — perguntou entregando um dos pacotes dos envelopes a ela.
— Ela… Bom… Me dê o envelope dela, está bem? — respondeu nervosa tentando pegar, mas Madson o retirou da sua vista.
— ah!… Sua pirralha apenas me dê, eu e Eloah nós somos melhores amigas
— O que aconteceu?
— Do que está falando?
— das outras três vezes você quem pegou o envelope da sua amiga, você pega os endereços e os pagamentos, o que está acontecendo? — perguntou sendo direta.
— Nossa, você é muito esperto — fez coçando a cabeça. — você vai me dar o envelope e o endereço? — tentou negociar
— Só se me contar ou caso contrário eu digo a minha mãe que ela não está vindo mais
— Como não? Sua mãe recebe os pagamentos dela
— Eu sei! Mas… É você que pega as designações
— O que quer dizer?
— que você anda fazendo o trabalho duplo aqui, onde está a sua amiga? — perguntou enquanto xereta a parte do quarto e Eloah, olhando fascinada para a peruca rosa na cabeça do manequim.
— Então… Se eu te contar, você promete que não vai contar para sua mãe? — Perguntou receosa se sentando na cama da amiga próxima a Madson.
— Ok! Quero saber a fofoca
— Então… Na verdade, faz dois meses que Eloah não vem para o trabalho — Contou com nervosismo sem conseguir encarar Madson.
— Você não contou a minha mãe? — fez pasma se sentando do lado dela.
— Não posso, ela precisa do dinheiro…
— Mas é só vir trabalhar
— Não é tão fácil, a história é o seguinte… Aloah estava feliz que arrumou um namorado, pensava ela ser bom e gentil, então deixou a vida de acompanhante de luxo
— Então ela tem ajuda do namorado, você não precisa se sacrificar
— Somos melhores amigas, e ela precisa — contou desviando o olhar com vergonha de contar.
— Como pode, e o namorado dela?
— Ele é soropositivo… Já sabe o que aconteceu, não é?
— Isso é triste…
— Ela se contaminou Não tem como ela trabalhar desse jeito, mas o pior que a doença evolui mais rápido nela e ela está internada fazendo tratamento, então eu faço o seu serviço e te dou o dinheiro… — contou segurando as lágrimas enquanto Madson ficou de queixo caído.
— Então ela está morrendo?
— Sim! Não conte a sua mãe, por favor… — implorou se ajoelhando.
— Não vou contar, aqui está o endereço para onde sua amiga iria — Disse lhe entregando o envelope e papel assim que ela leu o endereço fez cara de Pânico que foi difícil de se ignorar fazendo Madson correr os olhos sobre o pequeno papel
— O que há de errado?
— esqueci que a cada três meses esse homem… Nossa, eu ainda não fui a esse encontro… — naquele momento parece que o mundo de Lisaura desabou.
— Esse é… — fez tentando ler o nome
— O lobo farejador, o mais temido assassino de máscara — assim que falou ambas ficaram pensativas se encarando "Então… Uma das prostitutas escolhida por ele é daqui"
— Mas, porque você está com medo?
— Porque só Eloah se deita com esse homem — contou petrificada.
— Então é só você se disfarçar dela — comentou pegando sua peruca
— Não é tão fácil, esse homem é um pouco peculiar — contou enquanto parecia estar em um transe hipnótico sem conseguir piscar.
— Espera! Esse homem é o mesmo que tem o anel… Aquele…
— Selo de tráfego — contou indiferente. — Eloah falava muito sobre esse anel, já que ela havia ganhado o selo dele, só assim ela consegue entrar lá
— E onde está?
— Na gaveta dela, está tudo aqui
— Deixa eu ver? — Pediu com curiosidade, mas ela só apontou para a penteadeira na gaveta, Madson então correu até a gaveta pegando uma pequena caixa de madeira a única a abrindo viu uma espécie de embrulho feito com um tecido super delicado e quando o desdobrou com cuidado viu o pequeno objeto de metal com a marca do brasão cravado. — É tão precioso assim? — Perguntou deslumbrada.
— Sim, normalmente no mundo da máfia isso te torna intocável, mas apenas o Dono pode usar esse objeto
— Por quê?
— Atrás tem cravado o nome da pessoa e da família, ele é válido somente para Eloah — "Então eu realmente precisaria do anel" pensou Madson enquanto sua cabeça enchia de pensamentos obscuros.
— E o anel? Qualquer pessoa pode ir e vir com o anel?
— Dizem que existe três desse anel, é uma joia de família dividida entre pai e os dois filhos, normalmente se alguém mais tiver supostamente é um m****o da família
— então mesmo se a pessoa estiver jurada de morte se ela tiver um desses ela se livra?
— sim, máfia da cidade leste tem firmou uma aliança com todas as outras organizações, então sendo a mais poderosa, ela não se envolve no conflito das tais
— Entendo… Mas qual a peculiaridade desse lobo farejador
— É como Eloah o chama, porque ele identifica por cheiro, porém ela fazia questão de trocar de perfume a cada encontro, e torcia para que ele não a desprezasse
— Como assim?
— Porque pergunta tanto sobre esse homem?
— Só estou curiosa
— É devido ao anel? Eu sei o que está acontecendo com sua família
— Estou pensando em mandar alguém roubar esse anel — Disse sem delongas
— Está louca? Seja quem for, morreria, você teria coragem de fazer isso?
— Não… Só estava pensando demais
— Além disso, eu tenho uma semana para me preparar para esse homem
— Por quê?
— Vou te contar…
— Madson Molly — Gritou sua mãe quase arrombando a porta.