Capítulo 11

952 Words
DANTE PETROV NARRANDO. Fiquei enfurecido, o meu sangue ferveu. Quando ela jogou o meu telefone no chão, eu senti uma vontade incontrolável de destruí-la. Não posso agredi-la, mas o desejo de acabar com ela, de ensinar uma lição que ela jamais esqueceria, me corroía por dentro. Quem ela pensa que é para me enfrentar dessa forma? Antes que eu pudesse conferir o que estava na tela, vi uma notificação de uma conversa com Nicollo, o desgraçado. O simples fato de ele aparecer já me bastava para acender uma raiva sem precedentes. Esse merda de funcionário sempre encontra uma forma de cruzar o meu caminho. Já não bastava ter que lidar com a v***a da Louise, as ua irmã, agora ele quer se meter entre mim e a minha noiva? Ele não perde por esperar. Vou dar um sumiço nesse i*****l, e se ele continuar invadindo o meu espaço, as consequências serão fatais. Nicollo acha que é invencível, que é bem treinado. Eu vou confrontá-lo, propor um duelo, e ele vai aprender o que é um verdadeiro combate. Não tem ideia do que o aguarda, e eu m*l posso esperar para vê-lo caído, implorando por misericórdia. Valentina... Ela tem uma beleza incontestável, mas o que tem de linda, tem de afrontosa. Isso não vai durar. Ela vai aprender a dançar conforme a minha música, a me obedecer. Os seus pais não a educaram, mas eu vou. Vai acatar tudo o que eu disser, e jamais vai me desafiar dessa forma novamente. Já estou prevendo os problemas que esse casamento trará. Mas ela vai aprender, nem que seja pela dor. Se não aprender, eu mudo o meu nome. Ela saiu correndo, entrou no carro e acelerou pela fazenda. Eu olhei para o meu celular, agora destruído no chão, com um buraco no meio da tela. A raiva queimava dentro de mim. Eu não posso ficar sem comunicação, e ela também não. Atirou o próprio celular na piscina como uma criança birrenta. Há algo muito errado acontecendo, e ela vai ter que me provar que é virgem. Se tentar me enganar, vai sofrer. Conheço uma virgem só de olhar. Se ela tiver o mínimo de experiência, vai levar uma surra como nunca levou antes, e o seu pai será morto na mesma hora. Eu não tolero traições. Acendi um charuto para acalmar os nervos, e o meu pai apareceu ao meu lado. — Me empresta o seu celular? Preciso pedir outro pra mim — Falei, sério, e ele me olhou desconfiado. — O que houve com o seu? Era novo. Como quebrou? — Ele questionou, irritado. — Deixei cair — Respondi, sabendo que ele não acreditaria, mas ele me entregou o aparelho de qualquer forma. Pedi um celular novo para mim e outro para ela, já configurado para que eu pudesse monitorar todas as suas conversas. Ela não vai me passar a perna. Não mais. Peguei o carro e fui atrás dela. Circulei toda a fazenda até avistar a entrada da vinícola. Sabia que ela estaria lá. E, claro, lá estava o carro dela. Mas o que fez o meu sangue ferver de verdade foi avistar Nicollo com ela. As minhas veias pulsaram de raiva. Já deixei claro que não quero ela falando com ele, e ela insiste em me desafiar. Ela está achando que eu sou um i****a? Saí do carro em disparada, batendo a porta com força. Puxei ela pelo braço, empurrando o seu corpo contra o carro dela. — Você está me desafiando,Valentina? Qual foi a ordem que eu te dei? — Gritei, com os meus olhos fixos nos dela, que permaneciam desafiadores. Ela não respondeu, e isso só fez a minha raiva aumentar. — Fala! Eu disse ou não que não queria você falando com ele? — Berrei. Ela suspirou, com a sua voz baixa. — Esse casamento não vai dar certo... Ri alto, sarcástico. — Essa decisão não é sua, Valentina. Você é minha prometida, e vai se casar comigo, querendo ou não. Olhei para Nicollo, que saía do outro lado da vinícola. A minha paciência se esgotou. — Espero que tenha se despedido dele, porque agora a conversa vai ser entre eu e ele — Falei, e ela arregalou os olhos. — Não quero ouvir a sua voz. Não quero ouvir uma palavra sua, ou você vai se arrepender amargamente — Falei, e ela engoliu em seco, parada à minha frente, assustada. — O que você vai fazer? Matar ele? — Ela perguntou, desafiadora, mas eu apenas a ignorei. — Por que te importa tanto? Ele é só um funcionário de merda. É descartável, como qualquer outro. Essas palavras a feriram profundamente, eu sabia. Mas não me importava. — Você não pode tratar as pessoas assim, Dante! Não é porque você é um mafioso que é melhor que os outros! — Ela tentou argumentar, mas a sua voz era abafada pela minha ira. Ignorei ela novamente e abri a porta do carro dela. — Entra e vai para casa. Não quero ver você na arena hoje. Se insistir em me testar, vai sofrer as consequências, e desta vez, eu não estou brincando — Disse, empurrando ela para dentro do carro. Ela acelerou, desaparecendo pelo caminho. Eu, por outro lado, estava apenas começando. Convoquei o “treinamento”, como gosto de chamar. Hoje, será um embate de homem para homem. Nicollo vai aprender, da pior forma, a não mexer com a mulher dos outros. Se ele e Valentina tiveram ou têm algo, ambos vão se arrepender amargamente. Entrei no meu carro e dirigi de volta à mansão da família, pronto para me preparar para o que estava por vir. Nicollo pagaria caro por cada passo em falso que deu.
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