Capítulo 12

796 Words
NICOLLO NARRANDO. Não vou aceitar ver a Valentina sendo tratada dessa forma. O ódio que sinto por Dante é profundo, e eu não me importo com as consequências. Vou me unir à minha irmã contra esse casamento, e nada vai me parar. Fazia anos que eu não procurava Louise, mas agora as coisas mudaram. Fui atrás de informações, tentando encontrá-la. Conversei com um dos seguranças de Dante, mas ele não quis me dizer nada. Então, tive que buscar outros meios para localizar a minha irmã. Enquanto estava em casa, procurando notícias sobre ela, recebi uma mensagem de Dante me convocando para um treinamento. Sabia muito bem qual era sua intenção, e estava preparado para enfrentar qualquer consequência. Troquei de roupa e fui para o galpão. Me preparei e esperei. Não demorou muito para que ele chegasse, acompanhado do Sr. Tomássio e o seu pai. Os três vieram na minha direção, e Dante falou com firmeza: — Não posso perder muito tempo, preciso de um embate. Ele estava jogando sujo desde o começo, e eu apenas concordei. Afinal, sou responsável por enfrentar esse tipo de situação. Fomos para o centro da arena, e ele veio para cima de mim com tudo. Troquei diversos socos com ele. Bati tanto quanto apanhei, mas quando vi aquele sorriso odioso em seu rosto, soube que as coisas iam piorar. Dante veio com força total. Conseguiu me derrubar, e eu não conseguia sair. Os seus olhos estavam cheios de ira, e eu estava tomado por raiva. A minha emoção me atrapalhou. Eu não fui frio o suficiente. Ele conseguiu me prender em uma chave de braço. — Bate agora, Nicollo! — Gritou Sr. Tomássio, mas eu continuei tentando escapar. Ele começou a forçar o meu braço, e, de repente, ouvi o estalo. O meu braço estava quebrado. O meu rosto estava arrebentado, coberto de sangue. O dele também estava machucado, mas não tanto quanto o meu. No entanto, por ser muito branco, o rosto dele estava completamente vermelho. — Vamos para o hospital — Sr. Tomássio disse, mas eu me levantei, tomado pela raiva. — Pode deixar, senhor. Eu vou sozinho — Falei, encarando Dante, que não mostrava um pingo de remorso. Pelo contrário, ele me olhava com deboche. — Vou chamar o seu pai para te levar. Isso não é discutível — Sr. Tomássio disse, saindo junto com o pai de Dante. Antes de ir, Dante se aproximou e, com uma expressão de puro ódio, sussurrou: — Eu te avisei que, se se aproximasse da minha mulher, sofreria as consequências, não avisei? Você poderia ter batido, mas o seu ego inflado não deixou. Eu sempre serei melhor que você. Ele apontou o dedo na minha cara e completou: — Não vou avisar de novo. Da próxima vez que te vir perto da minha mulher, eu te mato. Ele saiu trombando no meu ombro machucado, e eu fechei os olhos, sentindo a dor intensa. Fui para casa com a raiva queimando dentro de mim. Quando cheguei, peguei o celular e vi uma mensagem de Louise. — Esse casamento vai acontecer. Não temos como lutar contra isso, mas eu vou fazer um inferno na vida deles. Aguarde. Vou precisar de você — Ela escreveu, mas eu estava com tanta dor que nem respondi. O meu pai entrou em casa, furioso. — O que você fez, Nicollo? — Eu? Ele me chamou para o confronto e quebrou o meu braço. Agora a culpa é minha? — Respondi, pegando a chave do meu carro. — Não preciso de você. Eu estava prestes a sair quando ele me puxou do banco do motorista. — Desce daí, eu vou te levar — Ele disse, me forçando a sentar no banco do passageiro. Eu fui, contrariado, segurando o braço que latejava de dor. Enquanto passávamos pela fazenda, avistei Valentina cuidando de Dante. Aquela cena inflamou um ódio em mim que eu nem sabia que podia sentir. Agora, mais do que nunca, estou decidido a acabar com esse casamento. Eles não perdem por esperar. O aniversário de Valentina está se aproximando, e eu sei que Dante vai ter que viajar. Nessa ausência, vou me aproximar ainda mais dela, ferir o ego dele. Vou pedir uma transferência para a Rússia, para fazer parte da equipe de segurança de Valentina. Com o meu histórico, tenho certeza de que o pedido será aceito. E vou conseguir o que quero. Eu sempre consigo. Me envolver com Valentina foi o maior erro da minha vida, mas agora é tarde demais. Estou viciado nos seus beijos. Quero mais daquela mulher, nem que tenha que esperar ela perder a virgindade com aquele i****a. Depois, ela será minha. E como sei que ela sempre foi louca por mim, não resistirá. Ela me usou, e agora será usada.
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