VALENTINA NARRANDO.
Essa noite foi deliciosa. A adrenalina de beijar Nicollo às escondidas é maravilhosa. m*l posso esperar pelo nosso treinamento amanhã e estou torcendo para que o meu pai não apareça para supervisionar. Estou muito ansiosa por isso.
Entrei em casa e vi que os meus pais estavam no quarto deles, então subi correndo para o meu. Guardei o casaco e me sentei na cama com um livro, sabendo que eles viriam falar comigo, como sempre fazem.
— Filha? — O meu pai bateu na porta e logo entrou.
— Boa noite, como você está? — Ele perguntou, sério.
— Estou bem, papai. Como foi o jantar? — Perguntei, e ele apenas balançou a cabeça em sinal positivo.
— Não durma tarde. Amanhã você treina cedo e, à tarde, terá um compromisso — Ele disse, e eu nem questionei. Ele se despediu e fechou a porta.
Eu queria pensar sobre como a noite havia sido maravilhosa, os beijos, a forma como o meu corpo ainda pulsava. Sentir o m****o rígido de Nicollo abaixo de mim me fez perceber que sou capaz de deixar um homem e******o, e também fiquei excitada com os seus toques.
Já li muito e assisti a vários vídeos sobre o corpo feminino e os seus pontos de prazer, então, quando senti a minha i********e úmida e as outras nuances da excitação, soube exatamente o que o meu corpo queria. Mas não podia ceder a isso, pois Nicollo não era o meu prometido.
Estou muito ansiosa para o meu encontro com Dante. Fico pensando em como ele vai me tratar, se mudou muito desde a última vez que nos vimos, se ele finalmente amadureceu e deixou de lado o hábito de conquistar todas as mulheres que via pela frente. Não consigo parar de pensar nisso.
Quase perdi o sono com tantos pensamentos, mas, na hora determinada, me levantei para me preparar para o treinamento. Queria me arrumar mais, talvez passar um batom, mas não podia chamar a atenção do meu pai em relação ao Nicollo. Então, me preparei como se fosse um dia comum.
Tomei banho, fiz a minha higiene matinal e me vesti, pronta para descer e tomar café da manhã com os meus pais.
Enquanto caminhava pelo corredor, ouvi conversas e risadas que não reconheci. Não fui informada sobre nenhuma visita, o que me deixou intrigada. Apressada, fui até a sala de jantar e engoli em seco ao ver Dante e toda a sua família lá.
— Bom dia, minha filha. Que bom que você já desceu — O meu pai disse, vindo em minha direção. Eu estava congelada, pensando no Nicollo e em como não poderei mais passar tempo com ele agora que Dante está aqui.
— Bom dia a todos — Falei, forçando um sorriso. Dante se aproximou e beijou a minha mão, com o semblante sério e austero.
Ele era lindo, forte, muito mais alto do que eu, com a barba bem feita e os músculos marcando sob o terno. Mas não esboçava nenhum sorriso.
— Bom dia, minha noiva — Ele disse, com a voz grave. Sorri constrangida com o olhar intenso que ele lançava sobre mim.
Cumprimentei os pais dele de forma educada, mas percebi que sua mãe não parecia tão feliz em estar ali. Ela falava sobre dinheiro o tempo todo, enquanto a minha mãe, embora rica, quase nunca menciona dinheiro ou compras. Quando fala, é sobre coisas femininas, conforme os meus pais sempre me ensinaram.
Eu sei conversar sobre negócios, valores e propriedades, mas desde nova aprendi que esses são assuntos para o homem, não para a mulher. Essas são conversas que devo ter em particular com o meu marido, e não na presença de outros homens.
— Está ansiosa para o casamento, querida? — A mãe dele me perguntou.
— Claro, não vejo a hora. Venho me preparando há tempos — Respondi com um sorriso gentil.
— Ótimo, pois no dia do casamento iremos direto para a Rússia. Não precisa se preocupar com malas, se não quiser. Você pode comprar tudo lá — Dante disse, com a voz absurdamente grossa.
— Como achar melhor — Respondi, mesmo não gostando muito da ideia. Sabia que levaria as minhas coisas para lá; não iria de mãos vazias de forma alguma.
— O que vocês acham de acompanhar o treinamento da Valentina hoje? — O meu pai perguntou ao pai de Dante e ao próprio Dante.
— Será o último treinamento dela, não é? Depois disso, ela se focará apenas no casamento, certo? — O pai de Dante respondeu, e o meu pai concordou.
Fiquei arrasada. Não posso questionar a decisão do meu pai, nem me impor. Não posso dizer nada. Parece que nem poderei me despedir de Nicollo. m*l consigo imaginar a reação dele quando me vir acompanhada de Dante no treinamento. Estou morrendo de medo.
— Vamos então ao seu treinamento? — Dante falou, e eu terminei de comer, concordando com ele enquanto me levantava.
— O senhor se importa se ela for comigo para que possamos conversar melhor? — Ele perguntou ao meu pai, que afirmou com um sorriso satisfeito.
— Podem ir, sim. Estaremos logo atrás de vocês — O meu pai respondeu.
Parei ao lado de Dante e seguimos até a porta, com ele apoiando as suas mãos largas nas minhas costas. O meu corpo estava tão tenso que eu não sabia o que dizer, tamanho o nervosismo.
— Não fique nervosa com a minha presença. Em breve estaremos morando sob o mesmo teto, terá de se acostumar — Ele falou com a sua voz grave. Concordei, olhando para ele, e segui ao seu lado, sem saber se podia ao menos tocá-lo ou segurar a sua mão.
Apenas caminhei ao seu lado até o local de treinamento. Quando chegamos, encontramos Nicollo, que mudou drasticamente a expressão ao nos ver juntos.