NICOLLO NARRANDO.
Fui a uma boate que também funciona como um prostíbulo, procurando uma maneira de aliviar a mente. Sabia que o meu pai ainda iria me recriminar por tudo o que fiz. Não tenho ideia do quanto ele vai me cobrar, mas ele está certo: Eu não deveria ter agido assim, mas a situação foi mais forte do que eu.
O que sinto por ela é intenso e inexplicável. Os seus longos cabelos loiros, que caem até a altura de sua cintura, e o seu decote que realça os seus s***s me deixam completamente desnorteado. O seu corpo é irresistivelmente atraente, e o perfume dela marca presença onde quer que ela passe, sempre me fazendo suspirar.
Bebi algumas doses e observei as mulheres dançando. Chamei duas delas para o quarto e tivemos uma noite intensa, mas, mesmo assim, não consegui me satisfazer completamente. Tomei mais algumas doses e decidi voltar para casa. Aproveitei para acelerar o carro pela pista vazia sob a noite escura, tentando aliviar a mente dos pensamentos perturbadores, especialmente sobre ela.
Cheguei ao território da família Caccini e vi a luz do quarto dela acesa à distância. Quantas noites passei ali, observando a luz da janela dela, vendo ela estudar ou dormir em cima dos livros? Foram muitas noites admirando a minha paisagem preferida.
Dentro do terreno, andei devagar, tentando demorar a volta para casa. Fui surpreendido por uma mensagem dela. Lutei contra a tentação, mas quando a vi caminhando em direção ao jardim, com os altos arbustos bem cuidados, não consegui resistir.
Desliguei o carro e fui até onde ela estava, seguindo o seu aroma pelo caminho. Quando a vi passando a mão nas flores e caminhando devagar, ela logo percebeu a minha presença e parou para conversar. Me aproximando, pude sentir ainda mais o seu perfume doce.
Passei a mão na nuca dela, afastando o cabelo e cheirando o seu perfume de perto. A sua pele arrepiava ao toque.
— Isso não é certo, Valentina. — Falei em seu ouvido, sentindo o seu corpo ficar tenso instantaneamente. Ela se virou para mim.
— Eu sei que não é certo, mas quero aproveitar os meus últimos dias aqui sem a companhia do meu futuro marido. — Ela disse, passando as mãos pelos meus ombros. Notei que ela usava uma camisola fina.
— Você não deveria estar aqui assim. — Eu falei, olhando descaradamente para o seu decote.
— Eu sei, mas queria caminhar. — Ela respondeu, subindo as mãos pelo meu peitoral até alcançar a minha nuca.
— Não temos muito tempo. Eles devem voltar logo. Vamos deixar de lado o que não deveria acontecer e o futuro, mesmo que por alguns instantes. — Ela sugeriu, e eu a abracei pela cintura.
Já estava ali mesmo; por que não aproveitar o momento? Me sentei em um banco baixo, com menos chances de sermos vistos, e a puxei para o meu colo.
— Estava bebendo? — Ela perguntou, cheirando o meu pescoço e a boca.
— Está com cheiro forte de bebida.
— Saí com alguns amigos da da corporação. — Eu respondi, e a beijei ardentemente, sem querer dar muitas explicações.
O nosso beijo esquentou rapidamente. Ela rebolava em meu colo enquanto eu a apertava cada vez mais forte. Acariciei o tecido fino da camisola dela, e ela juntou as mãos na minha nuca, me beijando com ainda mais intensidade. Levantei a camisola, tocando a sua b***a, e senti o meu desejo aumentar. Parei o beijo, ofegante.
— Você sabe que não podemos ir além disso, certo? — Perguntei, e ela concordou.
— Eu sei, mas podemos aproveitar o que temos. — Ela disse com um sorriso malicioso.
Agarrei a sua nuca com força e devorei a sua boca com desejo. Manter o controle era cada vez mais difícil. Sabia que o beijo dela me corromperia completamente, e que ela poderia virar a minha cabeça e me deixar perdido. O seu beijo é irresistível e enlouquece qualquer homem.
— Está ficando tarde. É melhor eu ir. — Ela disse, e eu concordei.
— Vá. Amanhã nos vemos no seu treinamento. — Respondi, enquanto ela se levantava do meu colo e se ajeitava.
— Não saia de casa assim. — Eu falei sério, ficando de pé na frente dela.
— Só você me viu, fique tranquilo. — Ela sorriu e eu a puxei para um beijo rápido.
Esperei um tempo até ela chegar em casa e ver a luz do quarto dela acender novamente. Então, fui para a minha casa, caminhando tranquilamente. Fiquei surpreso ao entrar e encontrar o meu pai esperando na poltrona.
— Onde você estava? — Ele perguntou, com uma expressão de quem soubera de todos os meus pecados. Engoli em seco.
— Fui a uma boate me divertir um pouco. Por quê? — Perguntei, e ele se levantou.
— Não coloque anos da minha carreira em risco por uma aventura que você sabe que não tem futuro. — Ele saiu, me deixando atordoado.
Resisti durante todos esses anos, e preciso resistir pelo menos mais uma semana. Não posso acabar com tudo o que o meu pai construiu, especialmente depois do que a minha irmã fez. Se ele perdesse o cargo ou se eu fosse morto por me envolver com Valentina, seria o fim para ele. Preciso parar antes que seja tarde demais para todos nós, por mais que eu a deseje. O que estamos fazendo é muito arriscado.