Capítulo 4

1286 Words
Diego Minha mãe me ensinou desde cedo que jamais se ergue a mão pra uma mulher, e se você o fizer, perde a mão, mas antes perde todos os dedos lentamente. Mesmo levando aquele t**a *fudido no rosto eu me controlei, mas mesmo assim me vinguei. Talvez o meu maior defeito seja ser vingativo, não sei porque, mas eu nasci assim. Minha mãe Olivia me contou toda a verdade sobre a minha vida quando eu tinha seis anos, ela jamais escondeu que eu não tenho o mesmo sangue que ela. Ela foi sincera, disse que minha mãe foi morta porque foi uma traidora e tentou prejudicar minha tia Brianna. Poucos sabem que tio Benno também é irmão da minha mãe e que a real herdeira da máfia Colombiana é minha tia, mas isso é um segredo a sete chaves e somente os mais importantes sabem. Os homens da minha mãe são fiéis a ela e duvido que uma coisa tão simples como *sangue fosse fazer diferença em sua liderança, mas mesmo assim prometemos deixar em sigilo absoluto. _ Não precisava ter machucado a menina. Resmungou Emanuel. Meu irmão é risonho como a minha mãe, mas tão sorrateiro e perigoso quanto. Já eu sou a cópia do meu pai, sou mais quieto e mais sério. Markus me criou, me alimentou e me ensinou tudo o que sabe, então sim, ele é meu pai e minha mãe é e sempre será Olivia. _ Ela mereceu, não deveria ter fugido. _ Você sabe que a ideia partiu da branquinha, não sabe ? Deixa de ser *b***a ! _ Você deveria controla-la. _ Ainda não sou marido dela, não posso fazer nada a respeito. Disse ele com simplicidade. _ Vou acorrentar Leana ao pé da cama quando casar, aquela lá é maluca e raivosa. Disse ele rindo. _ É, você se *fudeu! Comentei debochando. _ Pelo menos ela não é chorona. A sua parece uma manteiga derretida. Eu detesto mulheres choronas. Não sou extremamente experiente porque minha mãe sempre ficou no meu pé, ela odeia *bordéis mas meu pai sempre deu um jeitinho de nos ajudar a fugir dela. ele é um ótimo pai e um perfeito cúmplice. Meu tio Benno também já aprontou várias pra nos livrar, inclusive mudando a localização dos nossos celulares para a mamãe não ver onde estávamos. _ Ela vai aprender a ser forte. Falei enquanto me virava pro lado oposto. _ Vai nada, ela é uma princesa cara, tem que tratá-la como tal. Disse Emanuel. Ele consegue entender as mulheres de uma forma inusitada, já eu não tenho tanto tato. _ Princesa que foge de casa, que espia homens tomando banho e que dá bofetadas ? Essa com certeza é uma princesa diferente. Resmunguei. _ Você é chato, deveria aproveitar que está aqui e conhecê-la melhor, dá pra ver que ela gosta de você, ta toda apaixonadinha. _ Não, ela ainda é *virgem e se eu toca-la antes do casamento não haverá santo santo que pare a dona Olivia, ela me castra e eu vou fazer questão de colocar a culpa em você. _ Ué, não precisa tirar a *virgindade da menina, só faz uns carinhos nela. Disse ele risonho. _ Tu é maluco. Ele riu com a minha constatação. Eu não consigo sentir atração pela menina, sinceramente não sei porque nossa mãe fez essa m***a de acordo, e também não entendo porque ela escolheu com quem ficaríamos. Não que eu deseje a mulher do meu irmão, longe disso, acho que eu não conseguiria aturar aquela louca nem por um dia, imagina por uma vida toda. (...) _ Mamãe mandou mensagem, disse que logo estará chegando aqui. Nossa mãe é cheia de mistério. Às vezes ela some e quando volta não nos conta onde foi. Nosso pai também mantém tudo em segredo, mas às vezes desconfio que nem ele sabe onde dona Olivia se enfia. Sei que ela não está traindo nosso pai, eles se amam de uma maneira insana, mas igualmente é estranho. _ Ótimo, vamos descer para o café antes que o tio venha nos buscar. Falei enquanto abria a porta. Andei na frente e Emanuel logo atrás. Descemos a escadas e sentamos na sala de jantar. _ Bom dia meninos, dormiram bem? Perguntou tia Alba. _ Sim, perfeitamente bem tia. Estávamos com saudades. Disse Emanuel todo cheio de sorrisos. _ Pois é, faz tempo que vocês não vem aqui pra posar. Muito ocupados? _ Um pouco tia, estamos assumindo os negócios do papai. Emanuel e tia Alba continuaram conversando. Leana e Laena não tiravam os olhos de mim. Uma estava com raiva e a outra visivelmente envergonhada. _ Onde está o tio ? Perguntei notando a cadeira vazia. Geralmente quando estamos aqui ele sempre fica na volta marcando território como um lobo feroz. _ Teve um imprevisto, acho que foi para o galpão. Respondeu ela tranquilamente. _ Bom então provavelmente a mamãe vai passar lá antes de vir pra cá, ela adora um show. Respondeu Emanuel. _ Mamãe, quando vamos conhecer o galpão? Perguntou Leana, a mais terrível. Olhei para Emanuel que fixou os olhos nela. Ele nem disfarça o interesse. _ No dia de São nunca. _ Por que?Lev é menor que nós e já foi lá! Disse ela indignada. Alba olhou irritada para o menino e depois para as meninas. Laena olhou para a irmã a advertindo e só então ela se ligou no que tinha dito. _ Eu vou conversar com o pai de vocês ! Disse a tia irritada. _ Não há necessidade mamãe, eu fui escondido. Papai me viu e me trouxe de volta pra casa. Disse o moleque. Ele é muito inteligente e ardiloso, mas minha tia é um detector de mentiras masculinas. _ Seu pai não perde por esperar. Resmungou ela. Emanuel apenas ria e as meninas estavam quietas. _ Filha, o que houve com a sua mão? _ Ah, nada mamãe. Eu me esborrachei no chão, só isso. Alba levantou e sumiu pela cozinha. _ Você é um *m***a ! Resmungou Leana pra mim. Apenas sorri e voltei a tomar meu café. A tia apareceu logo em seguida com um kit de primeiros socorros, enfaixou a mão da menina e sentou novamente na cadeira. _ Quando eu tinha a sua idade também acabava com as mãos raladas. Disse ela meio nostálgica. Notei um pouco de tristeza em sua voz ao lembrar disso, mas logo ela disfarçou. _ Ah, *d***a, esqueci que tenho uma reunião. Meninos e meninas, se comportem ! Disse tia Alba. Ela depositou um beijo na cabeça de cada um e saiu correndo. Ela é uma mulher empreendedora e extremamente influente. O garoto levantou e subiu novamente pro quarto, ele é viciado em jogos eletrônicos. Leana aproveitou meu momento de distração e jogou um presunto na minha cara. _ Você é infantil. Resmunguei enquanto tirava o alimento gelado do meu rosto. _ E você um bossal! Respondeu ela. _ Ih, vão começar? Tô fora! Emanuel e Laena levantaram e saíram juntos. Encarei a mulher branca nos olhos mas ela não recuou, no fim ela tem bastante sangue russo correndo nas veias. _ Foi o primeiro beijo dela, sabia seu *i****a? _ E daí? _ E daí? Como você pode ser tão insensível? Você é filho da Olivia! _ Exatamente por isso. Não vou me deixar levar por sentimentos mesquinhos. Agora, cuide da sua vida, em breve ela será bagunçada o suficiente pra você não saber como administrá-la. _ Que? Você sabe de alguma coisa? Perguntou ela preocupada. Levantei e caminhei para a sala onde os dois estavam sentados um ao lado do outro. Senti um leve desconforto ao ver Laena chorando, mas *p***a, preciso me acostumar, essa mulher só chora !
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