Samuel
Nunca fui um santo. Em toda a minha vida sempre deixei claro que não era de namorar. Eu gostava de se.xo, de fo.der uma noite e depois cada um ir pro seu canto. Sempre gostei de encher a cara quando quisesse e não dá satisfações para ninguém. Porém, de uma coisa eu podia me orgulhar. Eu nunca misturei trabalho com vida pessoal. Bom, não até agora...
Lá estava eu naquela boate, bebendo meu Whisky quando ela entrou. Linda! Metida naquela calça jeans apertadinha que valorizava todas as suas curvas perfeitas. Parecia que o mundo tinha parado no momento em que ela entrou naquele lugar, e todos olhavam para aquela bun.da perfeita balançando enquanto ela desfilava.
Segurei um ge.mido ao olhar aquela deusa dos pés à cabeça. Seus cabelos cor de chocolate caindo como cascata por sua costa, seu rosto de porcelana, nariz arrebitado e aquela boca... Ah, aquela boquinha coberta por um gloss rosinha. Eu conseguia imaginar perfeitamente meu p.au entrando e saindo daquela boquinha mo.lhada.
Encontrava-me babando por ela. Segui-a com os olhos e qual não foi a minha surpresa ao vê-la sentar no colo de Charlie, meu sócio e amigo. Suspirei frustrado. Sortudo era ele que estava pegando aquela deusa. Um sorriso sa.fado nasceu em meus lábios enquanto eu bebericava meu Whisky e os observava. Perguntava-me o porquê aquele "velho" sa.fado não tinha me dito que estava pegando uma nin.fetinha gos.tosa.
Acomodei-me no banco e descaradamente comecei a encarar aquela deusa.
— Olá papai. - engasguei quando ouvi.
Okay, eu não ouvi. Não estava tão perto assim. Porém, me encontrava tão fissurado naquela gos.tosa que consegui entender perfeitamente as palavras que saíram de sua boca.
Po.rra! Então aquela é a tal Isabella que Charlie tanto falava? Aquela é a "bone.quinha" para quem ele só tinha elogios? Pelo jeito ba.bão dele comentar de Isabella eu a imaginava como uma criança. Mas precisava ressaltar que de criança ela não tinha nada. Isabella era uma di.aba deli.ciosa, uma per.dição.
E como se fosse a po.rra do destino fo.dendo com a minha vida, Isabella para de conversar com seu pai e vira seu rosto. Seus lindos olhos recaem diretamente em mim. E pu.ta que pa.riu! Que olhos são aqueles?! Até os olhos da di.aba eram sexys. Olhos indecentes. Talvez fosse a minha mal.dita mente de perve.rtido filho da pu.ta, mas eu jurava que aquele olhar era de quem gostaria de ser fo.dida com força.
E com um único gole eu terminei minha bebida. Como uma mariposa sendo atraída pela luz eu fui em sua direção. Meus olhos nunca saindo do seu.
Sabe aquelas cenas de filmes, onde o galã encontra a mocinha pela primeira vez? Pois é, eu sentia-me numa cena dessas. Parecia que eu caminhava em câmera lenta em sua direção.
— Samuel até que enfim chegou. Deixa eu te apresentar, minha princesa. - era Charlie falando? Eu não conseguia distinguir, pois só tinha olhos para Isabella. A contra gosto encarei- o quando o ouvi pigarrear alto por alguma atenção. — Bom... Er... Isabella, esse é o Samuel. Meu sócio e amigo. Samuel, essa é Isabella. Minha filha. - a parte em que ele frisou a palavra filha não passou despercebida por mim. Então Charlie tinha sacado? — Agora que já estão devidamente apresentados, acho que você já pode ir né bonequinha? - quase ri do seu tom desesperado.
Isabella olhou para seu pai confusa, mas assentiu enquanto levantava-se. Meus olhos inspecionaram seu corpo de cima a baixo e tive que segurar o ge.mido quando Isabella curvou-se para abraçar seu pai e arrebitou sua bun.dinha em minha direção.
Prendi a respiração e os olhos em Charlie, que me fuzi.lava com o olhar, desafiando-me a encarar novamente o ra.binho de sua filha.
Decidi fechar os olhos e me acalmar. A cena que era Isabella com a bu.ndinha arrebitada não saia mais da minha cabeça. E eu sendo um per.vertido de marca maior não consegui evitar de imaginar outras "cenas" onde sua bu.ndinha encontrava-se arrebitada e eu a fo.dia com força.
Minhas mãos foram automaticamente para meus cabelos. Baguncei-os respirando fundo e tentando imaginar qualquer coisa bro.xante que fosse capaz de acalmar meu pa.u que revirava dentro da minha calça. A tentativa foi inútil, é claro, mas eu precisava manter a calma e não dar bandeira com a minha enorme e.reção.
Finalmente mais calmo, pude abrir os olhos e para meu martírio Isabella encarava-me. Seus lindos e curiosos olhos verdes inspecionavam-me atentamente. Tentei olhar diretamente para seus olhos, mas a dia.ba teimava em morder seu lábio inferior e acabava por atrair meu olhar faminto.
— Foi um prazer Sr. Mason. - sua voz aveludada causou-me arrepios pelo corpo. Seus lábios ma.cios encostaram-se em meu rosto, quando Isabella, na ponta dos pés, inclinou-se em minha direção. Minha vontade naquele momento era de segurar em sua cintura, prende-la ao meu corpo e lhe dar um beijo. Porém o olhar atento de Charlie paralisava-me completamente. Então só pude ficar na minha e gaguejar algo enquanto via a dia.ba sorrir de canto e sair rebo.lando sua bun.da gostosa em direção a saída da boate.
– Fique longe da minha filha Mason. - escutar a voz de Charlie foi como um puxão para a realidade.
Era como se um balde de água fria tivesse caído sobre mim.
Sentei-me ao seu lado nos confortáveis bancos da boate e acenei para o garçom pedindo outro Whisky com gelo.
— Nem fiz nada...
— E nem irá fazer. - Seus olhos semicerrados encaravam-me duramente. – Isabella é uma criança ainda. Não é do tipo de mulher que você sai e... E... E você é muito velho para ela. - completou tomando sua bebida e evitando encarar-me.
Quase ri de sua cara. Onde que aquela dia.ba provo.cadora era uma criança? E cá entre nós eu nem era tão velho assim.
Com meus trinta anos bem vividos eu ainda dava um caldo. Ralava na academia para manter a barriguinha sarada, tudo definido. Era dono de um par de olhos azuis e para completar o look tinha os cabelos mais revoltos do mundo, que segundo a mulherada, eram lindos. Deixando totalmente a modéstia de lado, eu arrancava suspiros das mulheres e de alguns homens. Não adiantava me fazer de fingido. Eu era gos.toso e aproveitava-me ao máximo disso.
— Ainda dou um caldo. - murmurei despreocupadamente para Charlie enquanto pegava minha bebida da mão do garçom. – E vai dizer que você não prefere sua linda bonequinha com alguém que você conheça? Que vai respeita-la...
— Respeita-la?! Que mané respeita-la, Samuel. Você acha que engana quem com essa conversinha aí? Eu te conheço desde que você saiu das fraldas. Só me diz quando que uma mulher durou na sua cama e aí eu calarei a minha boca. Me diga quantos relacionamentos sério você teve? - encarei-o por um momento, mas não consegui sustentar seu olhar. Eu nunca tinha ficado envergonhado da vida que eu levava até aquele momento. — Não quero isso para minha filha.
Depois dessa tudo que me restava era colocar meu ra.bo entre as pernas e tomar meu Whisky calado. Charlie tinha razão. Eu era um filho da pu.ta sem vergonha e não compensava estragar uma amizade e sociedade de anos por causa de uma fo.da. Por mais que eu quisesse muito.
Então depois daquele dia decidi não me aproximar mais de Isabella e foi aí que meu inferno começou.
Suas visitas, que eram quase nulas, passaram a ser frequentes na empresa. Sempre que eu ouvia o comentário de que a filha do chefe estava na empresa eu acabava me trancando no escritório como um garotinho vir.gem e saia de lá com o pa.u duro e dolorido.
Os dias passavam-se lentamente e eu enlouquecia cada vez mais. A pu.nheta não resolvia mais a minha situação. Isabella tinha feito morada em minha cabeça e meus pensamentos eram todos dela e para ela. Eu não dormia mais, pois ela aparecia em meus sonhos transformando-os em um filme po.rnô de.pravado.
Em uma atitude desesperada acabei por ir a um pu.teiro onde a muito tempo não aparecia. Um leque de opções foi me oferecido. Era mulheres para todo gosto, magra, carnuda, alta, baixa, morena, loira, ruiva, pei.tuda, sem pe.ito, tinha de tudo. Porém nenhuma me agradava. Não era porque as mulheres eram feias, longe disso, a casa de madame Tina só tinha as mulheres mais belas e selecionadas a dedo.
Mas enquanto eu via as meninas desfilarem com suas roupas provocantes distribuindo sorrisos mali.ciosos eu acabava comparando-as com Isabella. E nenhuma tinha seus indecentes olhos verdes, seus lábios macios ou seu jeito se.xy de andar. Nenhuma era ela. Resumindo: Sai de lá frustrado e com as bo.las azuis.
De volta ao trabalho eu digitava furiosamente em meu computador. Mais uma vez Isabella invadia meus sonhos e eu acordava com o p.au duro e geme.ndo vergonhosamente como a po.rra de um moleque vir.gem. Por mais que eu soubesse que não iria adiantar, bati uma pu.nheta na esperança de acalmar meu p.au. Porém, a tentativa foi totalmente inútil. Sai de casa frustrado e com raiva.
Mal.dita Isabella que me enlouquecia aos poucos. Por que dia.bos aquela bruxa foi cruzar o meu caminho?
Encarei o relógio da parede da minha sala e suspirei cansado. Não adiantava mais prolongar meu horário de trabalho se Isabella dava indícios de que mais uma vez iria invadir minha mente fraca.
Já tinha começado a organizar todas as papeladas para poder guarda-las quando escuto batidas suaves na porta. Por puro reflexo olhei-a e murmurei um entre, mas logo depois voltei para meus afazeres. Esperei que a pessoa se pronunciasse, mas o único som que ecoava era o farfalhar dos papeis que eu organizava. Não era possível que eu estivesse ficando louco ao ponto de imaginar coisas.
Levantei a cabeça pronto para gritar um "Entre", porém a palavra morreu em meus lábios quando dei de cara com Isabella encostada a porta encarando-me.
— Oi. - ela sorriu de lado e eu reprimi um gemido.
Pu.ta merda!