LC Narrando
Pô... tava de boa na boca trocando um lero com meu parceiro BN e de repente o Vitor me chama dizendo que tem um bando de pivete no meu morro dizendo que querem falar com a minha coroa.
— Que p***a é essa mano? Minha coroa não me falou nada sobre isso. Ela ir na igreja até aceitei, contra minha vontade mas, deixei né!? Agora vir aqui na minha quebrada pra atrapalhar meus negócios com esses papos de igreja e espiritual já tá f**a. — logo pensei
Terminei o back e falei já todo puto pro Vitor deixar eles subir.
— Coe Vitor, passa logo a visão nessa p***a que hoje tô com paciência zero.
— Pô patrão tem um grupo aqui da igreja central querendo subir pra casa da Sra. sua Mãe. Pode liberar?
— Que merda viu! Manda logo subir, vamô ver o que vai dar essa p***a.
— Tá ligado patrão. Há, teve maior tumulto aqui com uma patricinha. A mina é f**a patrão, cheia de marra. Quase que o menor dá uns tiros nos córneos dela tá ligado. Já passei a visão pra ela, mas é melhor o Sr. conhecer a mina.
— Tô ligado. Pode deixar comigo que vou mostrar pra essa v***a quem manda aqui nessa p***a. E que no meu morro nenhuma filha da p**a vai falar mais alto que os meus menor e que v***a aqui não tem vez.
— Valeu patrão. Vou dar o salve aqui.
Vitor Off
— BN vou dá um chego lá no meu barraco, pra ver essa história de perto que o Vitor falou. E vê o que a minha coroa tá aprontando dessa vez. — disse levantando
— Vai com calma LC, sabe que a tua coroa não gosta que maltrata ninguém na casa dela heim. Vai arrumar treta não véi.
— Relaxa p***a, só vou ver o que tá acontecendo c*****o. Sei o que faço nessa merda. Tu tá um cuzão mermo fio, desde que conheceu essa mina aí. Tá louco irmão. Se liga véi. — falei dando um tapa na cabeça dele.
— Só tô te mandando a real. E arrumar treta com a tua coroa não é a melhor solução pra resolver nada véi. Vai com calma.
— Deixa comigo! Conta vinte que tô de volta. Cuida de tudo aí irmão.
Fizemos toque e sai da boca subindo na minha moto voando pro meu barraco. Dei um empurrão na porta e quando olhei tinha uma morena logo de frente.
Caralho que mulher era aquela p***a? Fiquei parado olhando ela de cima a baixo. Ela era linda, a mulher mais bonita e gostosa que já tinha visto. Fiquei parasilado por um tempo, minha mente voou na hora cara, não conseguia parar de olhar pra ela, só voltei ao normal quando ouvi a voz da minha coroa.
— Boa Tarde Sr. Lucas Andrade! Não comprimenta as pessoas mais não? Cadê a educação que te dei meu filho?
— Coé mãe, sabe que não tenho essas frescuras. Quero saber o que tá acontecendo aqui no meu barraco? E esse povo fazendo tumulto na minha comunidade mãe? Tô sabendo de tudo já. O Vitor me passou a visão que tem uma mina enfrentando meus soldados na subida do morro. Sabe que NÃO gosto de bagunça na minha área coroa. — disse dando ênfase na palavra não
— Não estou sabendo de nada Lucas. Marquei uma visita aqui em casa e recebo quem eu quiser na nossa casa meu filho. Desde quando tenho que dar satisfações a você?
— Desde quando virei o dono dessa p***a toda aqui, desde quando sustento tudo aqui mãe e desde que o filho da p**a do meu pai te abandonou de barriga e desde então cresci tendo que te ajudar em tudo aqui coroa. Já esqueceu é?
— Claro que não meu filho. Você sempre foi um excelente menino. Mas, desde que teu tio te levou pra essa vida você mudou muito. Ficou frio, grosseiro e sem coração meu filho. Por isso, chamei esses jovens aqui para orar por nós. Porque só Deus é capaz de fazer voltar em você aquele menino lindo que coloquei nesse mundo e que sempre me trouxe muitas alegrias. — ela falou com olhos cheios de lágrimas.
— Coe coroa, sabe que não gosto de te ver chorar, principalmente na frente dos outros. Falei dando um abraço nela.
E outra coisa, quero saber quem foi a patricinha quem fez tumulto no meu morro????
Quando perguntei, no mesmo instante aquela garota que me enfeitiçou se levantou.
— Essa patricinha tem nome e sobrenome, Lara. Boa Tarde Lucas! — falou estendendo a mão
— Tu acha que vou apertar tua mão depois de tu te armado o maior barraco no meu morro? Coe garota? Se liga!
— Já te disse que tenho nome. Aliás, nome e sobrenome Lara Albuquerque para você. E segundo não sou rádio para ser ligada. E terceiro pelo que percebi, vocês amam ostentar que são os donos de tudo aqui. Vou te dizer o mesmo que disse pros teus amigos ou empregados, de que não tenho medo de vocês. Vim aqui para uma missão de Deus e vou até o fim. Queiram vocês ou não. — Disse encarando aqueles lindos olhos claros que me calsavam sensações inexplicáveis
— Tu é cheia de marra mermo heim patricinha. Vou te passar a visão gata, aqui na MINHA FAVELA quem manda sou EU, TÁ LIGADA? Tu é gostosa e linda pra c*****o, mas isso não é o suficiente pra eu deixar esse teu abuso passar em branco tá ligado. Agora tu vai aprender o que significa respeitar um traficante dono do morro. Bora vê se essa tua marra vai continuar gata... Tu vem comigo agora. — disse a segurando pelo braço e arrastando até o lado de fora da casa
— Não vou pra lugar nenhum contigo Lucas. Não te conheço. Me solta. — ela dizia com os olhos cheios de lágrimas porque a apertava com força
— Cadê a tua marra agora fia? — Falei puxando ela pelo braço e encarando seus olhos cor de mel
E minha mãe gritou :
— Larga ela Lucas!
Continuei puxando ela pra fora da casa, e jogando ela com tudo em cima da moto. Quando eu ia subir um p*u no cu mauricinho do c*****o me puxou pelo braço e eu tropecei caindo no chão. No mesmo momento levantei e apontei a minha pistola destravada na cara dele.
— Coe p*u no cu, quer ver eu te derrubar aqui agora mermo? Tu quer ver teu Deus mais cedo p***a?
— Deixa a Lara em paz cara. Isso não vai ficar assim. Tu vai se dar muito m*l. Tu não conhece o pai dela, não sabe do que ele é capaz pra defender a filha.
— Cala tua boca c*****o, ou tu quer que eu cale p***a?
— Me solta Lucas. Me deixa em paz. Eu não vou a lugar nenhum contigo.
Ela começou a me bater, mas subi na moto e sai cantando pneu. Levei ela direto pra um barraco no pico do morro, perto do mirante. Só o BN conhecia aquele lugar. Vinha muito aqui quando era pequeno e queria me esconder de tudo e de todos.
Parei a moto, desci e dei a mão pra ela descer. Mas, a mina é marrenta pra c*****o. Cuspiu na minha cara, e disse que nunca tocaria nas minhas mãos nojentas.
Naquele momento senti uma raiva dentro de mim sem igual. Como aquela vagabunda poderia me humilhar desse jeito? E o pior, o que estava acontecendo comigo que não conseguia reagir? Se fosse as outras putas já teria dado uma lição, mas essa morena não consigo fazer nada.
Caralho que p***a é essa?
O que tá acontecendo comigo?
O que tá acontecendo com o dono do morro?