Acordei e percebi que já era noite devido à fresta da porta que estava escura, além de o sereno entrava sem piedade naquele ambiente de tortura, me fazendo tremer de frio e pavor. Os meus machucados latejavam de dor e me mantinham inerte deitada. O Ricardo entrou brusca e repentinamente naquele vão em que eu estava causando-me arrepios de terror. Os olhos verdes dele já não chamavam mais atenção diante do vermelho de ódio que prevalecia. As drogas tinham tomado conta dele e acabado definitivamente com sua juventude e sua beleza. Ao se aproximar de mim, que apenas acompanhava os passos dele com os olhos, ele disse: — Minha morena, você finalmente acordou! Está com fome, não é? Você dormiu por muito tempo! Eu não conseguia responder. Estava paralisada de medo e de dor. Ele se referia ao me