Júlia Narrando
Acordei mais cedo que todos e fui para a academia fazer meus exercícios e depois fui tomar um banho para ir direto para o escritório do meu pai, comprei um café sem açúcar e fui para meu trabalho. Entro na empresa e os funcionários estavam fofocando e quando me viram ficaram assustados.
— Bom dia! O trabalho de vocês estão em dia? Vejo que q fofoca corre solta aqui. — Eu falo e eles ficam alvoroçados.
Subi para minha sala e hoje tenho outra reunião ir com meu pai deixei tudo ajeitado para a reunião e fui até a sala do meu pai ver como ele está.
— Olá! Papai. — Eu falo e ele fica surpreso ao me ver.
— Bom dia! Achei que não veria você aqui hoje. — Ele fala e eu dou risada.
— Não se preocupe papai! Eu não sou nenhuma menininha mais.
— E muito bom ouvir isso.
A moça da recepção ligou ao meu pai dizendo que tinha um menino esperando para uma entrevista de emprego.
— Vou deixar o senhor a sós. — Eu falo e levanto para sair.
— Fique! Quero que avalie o currículo do menino. — Ele pede.
— Tem certeza? — Pergunto.
— Absoluta.
Quando a porta do escritório abre vejo Samuel entrando pela porta, fiz sinal para ele não dizer que me conhece e ele sentou de frente com meu pai que olhou Samuel todo sorridente.
— Bom dia! Samuel. — Meu pai fala.
Ele me entrega o currículo do Samuel e pede para que eu o avalie e eu pedi permissão para ir até a minha sala.
— Claro! Fique a vontade. — Meu pai fala e não parava de olhar Samuel.
— Vamos? — Chamei Samuel que veio atrás de mim.
Entrei na minha sala e ele sentou no sofá enquanto eu fui sentar na minha cadeira.
— Menina! Você trabalha aqui? — Samuel fala.
— Eu sou filha do dono. — Eu falo e ele fica pasmo.
— Que Mara! Você é dona de tudo isso. — Ele fala e eu confirmo.
Ficamos conversando e no meio da conversa fazia pegadinhas e ele me respondia todas sem perceber do que se tratava, achei ele bem apto para qualquer cargo que meu pai destinar ele aqui na empresa.
— Apto. — Eu falo e ele me olha sem entender.
— Que?
— Eu falei que você está aprovado na entrevista. — Ele grita quando escuta em falar.
— Desculpa. — Ela coloca a mão na boca por ter gritado.
Voltamos para a sala do meu pai que ficou fitando Samuel com os olhos, eu falei que Samuel está aprovado e ele já contratou e deu a documentação que ele irá precisar para ser admitido na empresa.
— Muito obrigado! — Ele agradece meu pai pegando na mão dele.
— Será muito bom ter você em nosso time. — Meu pai pisca pra ele mas logo disfarça.
Se despedi do Samuel e fui pra minha sala, alguma coisa de estranho aconteceu naquela sala pra eles se olhares da maneira que se olharam e eu vou investigar para saber o que foi aquilo. Fui para a reunião com meu pai que não foi muito das boas e depois no fim do expediente fomos para casa, Alexander estava na sala de casa conversando com a minha mãe que parecia está interessada no papo dele.
— O que faz aqui? — Falo.
— Vim te convidar para jantar comigo essa noite. — Alexander propõe.
— Estou…
— Ela vai sim. — Minha mãe fala antes mesmo da minha negação.
— Ótimo! Às oito horas em ponto passo aqui te pegar. — Ele fala e dá um piscadinha e depois vai embora deixando um beijo em meu rosto.
— Porque aceitou por mim mamãe? — Eu falo depois que Alexander vai embora.
— Para de ser boba! Ele é um ótimo partido e é só um jantar. — Ela fala.
— Você só pensa em dinheiro e reputação né mamãe! — Eu falo brava e ela ri.
— Va se arrumar que daqui a pouco ele chega aí e você não está pronta.
Eu subo para meu quarto e vou tomar um banho, demorei horas no banho sem a mínima vontade de sair jantar com o Alexander, escutei minha mãe bater várias vezes na porta dizendo que ele chegou.
— Já vou! Estou me arrumando. — Eu falo.
Visto uma calça jeans boca de sino e um cropped preto e coloco um tênis no pé deixo o cabelo solto e pego minha bolsa.
— Não tinha uma roupa melhor? — Minha mãe me olha com desdém.
— Se ele quiser sair comigo vai ser com essa roupa. — Eu falo e ela vira o olho.
Desço para a sala e saímos indo até o carro dele, ele tenta algumas vezes me beijar mas eu fugo das investidas dele ele parou em frente a um dos restaurantes mais caros da cidade e abre a porta para que eu desça do carro.
— Obrigada! — Agradeço a gentileza dele.
— Espero que goste. — Ele fala pegando na minha mão e me levando para dentro do restaurante.
O garçom nos levou até a mesa que ele reservou e nos entregou o cardápio e eu fiz meu pedido, Alexander pegou em minha mão que tava em cima da mesa e me olhou.
— Você é tão linda! Queria tanto que fosse minha esposa. — Ele fala e eu tiro a mão da dele.
— Não estou procurando casamento! Espero que encontre uma pessoa que te ame.
Ele ficou me olhando triste e o Digão parou em pé na frente da mesa e eu me assustei com ele ali, ele fez eu passar vergonha e o Alexander levantou para ir embora.
— Espere! Vamos conversar. — Corri atrás dele.
— Não tenho mais nada a dizer.
— Não fala isso. — Ele vai embora e me deixa ali.
Eu volto para dentro do restaurante e depois vou embora junto com o Digão e no meio do caminho transamos dentro do carro e foi algo surreal.